admiro pessoas que, mesmo com tantas marcas, ainda conseguem ser pessoas apaixonantes. mesmo com as decepções, mesmo com os términos, mesmo com todos os joguinhos que as pessoas fazem hoje em dia, mesmo quando o mundo capota. admiro quem se entrega como se nunca tivesse quebrado a cara, como se o peito não tivesse uma marca sequer. admiro pessoas que, mesmo com tanta bagunça que outras causaram, ainda insistem em ser boas. pessoas que respeitam sua intensidade e reconhecem que viver é se entregar, e que fugir por medo de sentir pode até poupá-las de alguns machucados, mas as poupa também da vida, de vivê-la como tem que ser vivida. admiro quem tem coragem de tentar, ainda que não tenha certeza de nada, ainda que não saiba se amanhã o outro vai responder a sua mensagem, se vai continuar querendo ficar, ainda que saiba que amanhã pode acabar. mesmo assim consegue ser alguém apaixonante.
Páginas: 176 páginas; Editora: Outro Planeta; Edição: 1 (11 de abril de 2020); ISBN-10: 8542219104; ISBN-13: 978-8542219104; ASIN: B085NFDYXM
Leia trecho do livro
você percebe o quanto amadureceu quando a sua prioridade é: estar bem. e isso às vezes requer abrir mão de algumas pessoas. estar leve. e saber que pra isso será preciso fechar alguns ciclos.
PARA TODAS AS PESSOAS APAIXONANTES.
admiro pessoas que, mesmo com tantas marcas, ainda conseguem ser pessoas apaixonantes. mesmo com as decepções, mesmo com os términos, mesmo com todos os joguinhos que as pessoas fazem hoje em dia, mesmo quando o mundo capota.
admiro quem se entrega como se nunca tivesse quebrado a cara, como se o peito não tivesse uma marca sequer.
admiro pessoas que, mesmo com tanta bagunça que outras causaram, ainda insistem em ser boas. pessoas que respeitam sua intensidade e reconhecem que viver é se entregar, e que fugir por medo de sentir pode até poupá-las de alguns machucados, mas as poupa também da vida, de vivê-la como tem que ser vivida.
admiro quem coloca o coração ao sol, quem estende sua alma no varal numa tarde de domingo, quem brota o sorriso do rosto ainda que carregue algumas marcas, como uma rosa que desabrocha, mesmo que precise conviver com os espinhos de seu corpo.
admiro quem transforma os momentos em que foi passado pra trás em maneiras de olhar pra si mesmo com mais cuidado, com mais respeito, mais afeto e mais consciência.
admiro pessoas que mesmo tendo amado pessoas pequenas demais não tenham se transformado em pessoas assim. mesmo que tenham acreditado demais nos outros, se jogado de alturas e colecionado decepções gigantescas, não se tornaram cruéis e covardes.
admiro quem tem coragem de tentar, ainda que não tenha certeza de nada, ainda que não saiba se amanhã o outro vai responder a sua mensagem, se vai continuar querendo ficar, ainda que saiba que amanhã pode acabar.
mesmo assim consegue ser alguém apaixonante.
e se você entendeu que, apesar de todas as catástrofes em que o seu corpo se envolveu, o amor não tem culpa, você aprendeu a senti-lo, a viver e a arcar com as consequências de se entregar. se você percebeu que sangrar não é perder e que as marcas que você carrega não significam que você caiu muitas vezes, mas, sim, que você continuou apesar de tudo, você é uma pessoa apaixonante.
e eu admiro você.
A GENTE SABE QUANDO NÃO É MAIS AMOR, QUANDO É OUTRA COISA.
a gente sabe que não pode ser tão bom quanto a gente imagina que é se começa a apertar o peito e, mesmo assim, a gente tem medo de partir. porque a gente se sente inseguro, acha que o pouco afeto já está de bom tamanho.
não tá! e a gente sabe disso.
a gente só não consegue dar o primeiro passo porque aquilo parece que fez a gente desaprender a andar só. a gente tem medo de errar sozinho sem perceber que permanecer já é um erro.
você sabe quando não é mais amor, quando é outra coisa.
quando você se questiona sobre o dia em que vai ter coragem pra parar de implorar que te caibam em vez de se caber, pra perceber que o tempo que a gente tem é precioso demais, e que o nosso amor importa.
quando você se enxerga trancando as coisas dentro de você pra tentar transformar um sentimento que perdeu o sentido em algo que não doa. mas dói, sempre dói. porque o outro devastou tudo com a falta de atenção, com a indelicadeza de não te notar, com a ignorância de achar que nunca poderia te perder.
a gente sabe quando não é mais amor, quando é outra coisa.
quando a gente começa a pensar na possibilidade de empurrar tudo porta afora, mesmo que um pedaço da gente vá embora junto também.
a gente recupera.
recompõe.
se transforma.
e talvez aquele pedaço que se foi não sirva mesmo pra quem você vai se tornar.
a gente sabe quando não é mais amor, quando é outra coisa.
a gente sempre sabe.
COMO QUE A GENTE ESQUECE ALGUÉM?
acho que a primeira coisa é saber que não tem como esquecer. depois, é parar de querer arrumar espaço pra quem já nem deveria mais ocupar um pedaço da tua vida.
é admitir quando você ainda sentir algo.
eu, por exemplo, ainda sentia falta. eu morria de saudade. eu ainda olhava pros lugares e desejava que o outro estivesse ali, comigo. mas eu sabia que não precisava mais estar.
durante o processo, eu vivi pra mim e por mim.
viajei.
saí com os amigos.
corri atrás dos meus sonhos.
o tempo ajudou também.
mas esquecer mesmo, nada!
um dia, você vai olhar pra si mesmo e não vai mais doer, porque não vai mais fazer sentido. não vai doer, porque você já não será mais a mesma pessoa. suas prioridades e seus planos não serão mais os mesmos. e logo a tua pele irá se desfazer do toque de quem já passou por você. teu interior será tão grande que não haverá mais espaço pra quem foi pequeno contigo.
um dia, você vai entender que não tem como esquecer alguém que marcou sua vida. então o que resta é aprender a conviver com a dor do fim, é se acostumar com a partida até que pare de doer. não tem como esquecer.
a gente só segue porque é a única escolha que a vida nos dá. esquecer mesmo, não tem como.
mas tem como superar.
e superar já é o suficiente.
O SEU AMOR VALE MAIS DO QUE O AMOR QUE VOCÊ SENTE POR ALGUÉM.
eu não consigo.
sinceramente, eu não consigo mais te manter aqui dentro, quando eu sei que não há espaço pra mim em você.
o que existe é o teu medo de ficar sozinho e achar que ficar comigo é preencher o teu vazio. o que existe são as tuas mentiras, quando você tenta me convencer de que o melhor pra mim é você.
quando, na verdade,
você sempre soube,
eu serei melhor lá fora.
não sei em você, mas dói em mim
perceber que não há escolhas.
ou eu fico por você
ou eu vou por mim.
e me parece burrice ficar.
quando você diz que me quer, eu não consigo mais acreditar. porque a maneira como você trata o que sinto por você não parece ser de alguém que me ama. o modo como você não repara em mim, o jeito como você me machuca e consegue dormir bem, mesmo sabendo que alguém que te ama foi dormir mal.
não dá pra acreditar.
e por mais que eu tente ouvir, por mais que eu tente reconsiderar todo o tempo que você passou aqui, só consigo pensar no tempo que eu perderia permitindo que você ficasse por mais um verão.
a facilidade como você fala em amor pra mim me assusta. pra você, parece simples demais ficar, porque não sou eu quem te machuca e ao mesmo tempo implora a sua presença. não sou eu quem te diminui pra se sentir melhor. não sou eu quem te faz perder o sono ou quem some quando você precisa.
é você!
e por isso é banal demais dizer que me quer, porque você tem medo de eu mesmo me querer mais do que você e te esquecer.
porque não é mais sobre o amor que eu sinto por você, que sempre me faz pensar na possibilidade de te deixar entrar de novo. agora, é sobre o amor que eu tenho que sentir por mim. que eu preciso reerguer. como muros bem altos.
pra que você não entre nunca mais.
a gente precisa parar de romantizar a insistência.
às vezes a gente persiste em levar alguém com a gente, quando, na verdade, tudo que precisa é seguir sozinho.
a gente acha que é errado amar e deixar ir. mas não, não é!
é necessário deixar ir pra que você mesmo não vá de si.
eu fui com medo.
eu fui com peso.
fui sentindo saudade.
fui me sentindo incompleto.
mas fui.
e foi no meio do caminho que eu aprendi que, pra passar, precisava doer primeiro.
que sentir falta não é querer de volta.
e que o que me faltava não era o outro, era mais de mim.
A META É FICAR BEM.
este é o mantra: você vai ficar com você até o final. não importa por quantos momentos ruins você vai passar. não interessa quantas vezes você vai amar e ter o seu peito fodido por alguém. não importa quantas vezes você vai quebrar a cara e se decepcionar.
você retoma.
você renasce.
você compreende que a merda que alguém fez na tua vida
vai se organizar, e você vai ficar bem.
pra isso você precisa ficar com você.
então, prometa pra si mesmo que você será a sua maior prioridade. prometa pra si mesmo que você vai estar com você mesmo quando alguém que você queria que estivesse escolha não estar mais. prometa que você não vai se maltratar ou mendigar a presença de alguém só pra ter a falsa impressão de que você está completo. prometa que você buscará em si mesmo a sua própria parte, que vai preencher os vazios quando sentir que algo falta, que vai se colocar em primeiro lugar.
você vai ficar com você até o final.
não importam os dias de bad. os momentos em que você vai se olhar no espelho e vai se culpar, ou os dias em que você vai deitar pra dormir e algo na tua mente vai castelar tentando te fazer acreditar que você não é o suficiente. mas você é. e você vai ficar com você até o final.
não importam os dias de bad. os momentos em que você vai se olhar no espelho e vai se culpar, ou os dias em que você vai deitar pra dormir e algo na tua mente vai castelar tentando te fazer acreditar que você não é o suficiente. mas você é. e você vai ficar com você até o final.
as noites de sono, as suas dores, a saudade que te aperta, tudo isso vai passar e você vai se transformar. é só se enxergar. porque quando a gente se enxerga, a gente começa a observar os nossos erros sem se culpar, onde colocamos expectativas demais, o que dói. porque tem muita coisa indiferente, sem importância, irrelevante. e a gente precisa colocar isso pra fora.
a meta é ficar bem.
é cuidar do teu próprio amor, regar o teu afeto, zelar por tua saúde e proteger o teu emocional. se no meio do caminho alguém tiver a fim de provar isso contigo, tudo bem. se não, tá tudo bem também.
Sobre o Autor: Iandê Albuquerque – Tenho 28 e sou recifense. Estudei Rádio e TV, mas nem sempre soube o que queria da vida. Quase cursei Direito, pensei em ser médico, me formei em Artes Visuais no IFPE, até decidir escrever sobre relações humanas. Pra quem tem dúvidas, sim, sou escorpiano! Um dos signos mais intensos de todos. E sempre me perguntam se ser intenso é um problema. Não, não é! Eu só tenho aprendido a me respeitar e dedicar o que sinto somente a quem merece. Só fico no espaço que me caiba confortavelmente. Só ando do lado de quem me quer do lado, e não atrás. Só aceito aquilo que acho que mereço e ainda bem, eu sei que não mereço qualquer coisa. Eu não me contento com pouco porque já provei o que o pouco é capaz de fazer com a gente. A gente se acostuma a receber só aquilo, até perder a essência de si mesmo. E a minha essência eu não troco nem perco por ninguém nesse mundo. Existe muito de mim aqui neste livro, e acho que muito de você também. Sou autor dos livros Onde não existir reciprocidade, não se demore e Para todas as pessoas intensas.