Livro ‘Onde não existir reciprocidade, não se demore’ por Iande Albuquerque

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FINAIS MACHUCAM, RECOMEÇOS CURAM. Certa vez ouvi alguém dizer que “quem realmente ama não desiste nunca’’, e essa frase causou um turbilhão de conflitos dentro de mim. Por que tentamos o tempo todo nos convencer de que o amor é de fato permanecer? Ficar, somente por não termos coragem de partir? Às vezes ir embora se torna necessário: você se envolve em uma relação abusiva, que só consegue te fazer mal. Você se vê insatisfeito em uma relação, mas ainda assim insiste em acreditar que tudo vai melhorar. Ou quando você ama tanto alguém que não consegue aceitar o fato de que a maior prova de amor que podemos ter é deixando o outro ir. Eu já desisti algumas vezes, mesmo querendo tanto ficar, porque aprendi que não adianta um só querer. É preciso ter muita coragem pra desistir de alguém que você ama pra caramba só porque não faz mais sentido. É preciso acreditar que onde não existir reciprocidade, a gente não deve demorar.

Páginas: 240 páginas; Editora: Outro Planeta; Edição: 1 (26 de março de 2018); ISBN-10: 8542212320; ISBN-13: 978-8542212327; ASIN: B07B9K225Y

Leia trecho do livro

SUMÁRIO

Onde não existir amor, não se demore,
Às vezes, finais precisam acontecer para que a gente possa aprender a recomeçar,
Talvez a gente tenha se perdido um do outro no meio do caminho e continuado nisso tentando se encontrar,
Quando a dor passa a gente percebe que o fim foi a melhor coisa que aconteceu,
Eu precisava te jogar fora. Assim mesmo, como um saco de coisas de que não precisamos mais,
Às vezes ir embora é a melhor decisão que podemos tomar,
Eu não queria desistir da gente, mas…,
Por mais que doam, alguns finais nos fazem melhores,
Toda dor que você me trouxe serviu pra que eu me curasse de você,
Obrigado por ter saído da minha vida,
A vida segue, com ou sem você,
A vida é feita de escolhas e, às vezes, a gente precisa escolher entre continuar se machucando ou se desfazer do motivo das nossas dores,
Finais doem, mas recomeços curam,
Eu me apaixonei pelo que inventei de você,
Foi difícil aceitar o fato de você ter superado o nosso fim enquanto eu sequer pensava nisso,
Quando você quer ficar, mas lá no fundo sabe que não vale mais a pena,
Nem sempre o amor é sobre ficar, e está tudo bem,
Ainda bem que a gente se transforma,
A gente precisa urgentemente desapegar dessa ideia de que amar significa permanecer,
A gente não desiste do que quer. A gente desiste do que dói, do que machuca, do que já desistiu da gente.
Talvez hoje, talvez amanhã, mas no fim das contas a gente sempre fica bem, Depois de uma decepção não existe sensação melhor do que o reencontro consigo mesmo,
Não se cobre tanto, você deu o seu melhor,
Há sempre um recomeço te esperando de braços abertos,
Não tenha medo de ficar sozinho,
Nunca se envolva com alguém que ainda está enrolado com o ex, você não merece entrar nessa confusão,
Talvez a beleza da vida seja a impermanência,
A melhor coisa que me aconteceu foi ter me livrado de você,
Quando pedimos para que nos amem, é porque falta amor dentro de nós,
Não se acostume com o que te machuca,
Você não pode e nem deve viver insistindo em ser a metade de alguém,
O término não é o fim do mundo,
Um dia alguém vai entrar no seu peito, vai te dizer pra deixar rolar e, de uma hora pra outra, vai sumir da sua Vida,
Cresci, evolui e amadureci, por isso não existe mais espaço pra você dentro de mim,
Ninguém vale o seu desequilíbrio emocional, suas lágrimas e sua insônia,
Você não precisa ter medo de ficar sozinho,
O amor não é aquilo que te faz perder o controle de si mesmo, o que te faz perder o controle é a falta dele,
Você vai entender o significado do amor-próprio quando tiver que se afastar de alguém que tanto ama porque, na realidade, essa pessoa só te faz mal,
Carta a quem já perdeu um amor,
Ninguém é obrigado a gostar da gente,
Nem sempre ficamos com o amor das nossas vidas,
Te amo, mas não dá mais,
Um dia você vai rir de tudo isso,
Amor também é ter que abrir mão de alguém que você gosta pra caramba, porque você, por mais que tente, não consegue enxergar mais razões pra permanecer ali,
O amor não é sobre insistir, às vezes também é preciso desistir,
Amar é querer a felicidade do outro, mesmo que você não seja mais o motivo dela,
Eu fui embora porque você não me deu nenhum motivo para ficar,
Desisti de você pra não desistir de mim,
Alguém ainda vai gostar de você como você é,
Não é porque não te procura que não sente sua falta,
Amava porra nenhuma!,
Às vezes você perde seu tempo e gasta sua energia pegando ônibus à toa pra ver alguém que sequer atravessaria a rua por você,
Não aceite menos do que você merece,
Você não perdeu nada,
A gente tinha tudo pra dar certo,
Bloquear uma pessoa no Facebook não significa bloquear da vida,
Aceite que as pessoas mudam por elas mesmas, quando querem mudar, e não porque alguém tentou mudá-las,
Sobre aquela mensagem: “É melhor pararmos por aqui. Fica bem”,
Não nasci pra ser contatinho, nasci pra ser mozão,
Quando a gente começa a se envolver…,
Sobre relacionamentos abusivos,
Se for pra conhecer alguém, então que seja alguém que valha a pena,
A saudade não vai me fazer voltar,
Quem quer arruma um jeito, quem não quer arruma uma desculpa,
Era só você se permitir,
A pessoa certa é aquela que te prova, todos os dias, que te quer na vida dela,
Quem se ama, se cuida,
O amor não mantém ninguém junto se não houver vontade, reciprocidade e outras coisas mais,
Nem tudo que vai embora é azar, às vezes pode ser uma sorte grande,
Toda decepção por mais dolorida que seja te toma mais forte,
Quer mesmo saber se estou bem?,
Provavelmente você vai esbarrar em algum embuste nessa vida,
Se você ama alguém, antes de tudo, saiba que você não precisa dessa pessoa,
Não devemos,
Nunca sofra por um amor meio bosta,

Livro 'Onde não existir reciprocidade, não se demore' por Iande Albuquerque

ÀS VEZES, FINAIS PRECISAM
ACONTECER PARA QUE
A GENTE POSSA APRENDER
A RECOMEÇAR

Você lembra que eu falei que iria seguir em frente? Pois é, confesso que não foi fácil. Mas dessa vez eu prometi pra mim mesmo que não iria voltar atrás como fiz tantas outras vezes. Não iria considerar as suas desculpas, muito menos todo aquele seu show me pedindo pra ficar. Desse seu teatro, eu escolhi não participar por nem mais um dia.

Não adianta mais falarmos sobre o nosso amor, porque acho que ele já não existe mais. Acho que a gente não deve usar um suposto amor como justificativa para insistirmos em algo que não dá mais certo. Se não faz mais bem pra nenhum de nós não adianta continuar, sabe? A insistência só faz machucar, e os machucados geram receio, e o receio nos transforma em pessoas que têm medo de amar. Eu não quero ser alguém covarde no que diz respeito ao amor. Não quero machucar outra pessoa só porque alguém me machucou. Chegamos a um ponto em que é melhor enxergarmos que não faz mais sentido continuarmos essa história com reticências, um ponto final talvez seja mais digno.

Os finais são doloridos. No entanto, aceitar um fim dói menos do que persistir em algo que a gente não merece. E foi isso que fiz, aceitei o fim e toda a dor que veio junto com ele. Aceitei que eu estava sozinho nesse barco, que você pulou fora na primeira tempestade que tivemos e me deixou remando contra a correnteza enquanto observava tudo da areia. Ao perceber que estava sozinho, comecei a aceitar que eu precisava aprender a enfrentar as ondas de saudade, de autossabotagem e de descrença no amor. Eu precisava superar tudo isso pra provar para mim mesmo que eu conseguiria chegar ao meu destino sem você, que eu encontraria dentro de mim todo o amor que você não foi capaz de me dar e que eu finalmente entenderia que a falta que pensei que você me faria nada mais era que um engano, uma insegurança por não saber como avançar sem você.

Acontece que eu avancei e cheguei até aqui, e todo esse caminho me transformou em alguém mais forte. E, acredite, essa pessoa em quem eu me transformei jamais permitiria que alguém como você permanecesse tanto tempo na minha vida. Essa é a vantagem dos finais, a gente sempre consegue superar o que um dia a gente acreditou que não conseguiria suportar. As vezes, o fim precisa acontecer para que a gente possa aprender a recomeçar. E eu recomecei.

Leia 'Onde não existir reciprocidade, não se demore' por Iande Albuquerque

INSISTIR EM ALGO
OU ALGUÉM QUE VOCÊ SABE
QUE NÃO VAI TE LEVAR A
LUGAR ALGUM É JOGAR O
SEU TEMPO, O SEU AMOR
E VOCÊ MESMO FORA.

TALVEZ A GENTE TENHA
SE PERDIDO UM DO OUTRO
NO MEIO DO CAMINHO
E CONTINUADO NISSO
TENTANDO SE ENCONTRAR

As pessoas ainda me perguntam sobre você. E quando digo que acabou, algumas me olham assustadas como se me perguntassem: “Como assim acabaram? Vocês se amavam muito!”. Mas desde quando amor tem de ser eterno? Inclusive, acho que se a gente tivesse terminado enquanto ainda existia amor, talvez não tivéssemos o transformado em algo tão ruim e danoso pra gente.

A gente realmente se amava muito. A gente se amava pra caralho. Não tem como medir o tanto que gente se amava, mas as coisas terminam, as relações acabam e o amor chega ao fim. Talvez a gente tenha facilitado o processo, talvez a gente tenha se perdido um do outro no meio do caminho e tenha continuado nisso tentando nos encontrar. Mas acontece que a gente nunca ia conseguir se encontrar de novo porque a gente estava acostumado a fazer tudo errado, a gente fazia exatamente o contrário do que tinha de ser feito. Às vezes a distância machuca, às vezes a gente precisa da distância pra parar de se machucar.

Algumas pessoas não conseguem amar por muito tempo e outras não conseguem aceitar o fato de que não existem mais motivos pra continuar. A gente fazia parte do segundo grupo. Mesmo que ainda existisse amor dentro de nós, nunca iria fazer sentido se não soubéssemos e nem fizéssemos o mínimo de esforço pra usá-lo. A gente tinha desaprendido a amar. A gente tinha se acostumado com o vazio que acabamos causando um ao outro. Nós tínhamos tudo em nossas mãos, o amor também estava ali, mas o que fizemos com ele? Brincamos, fizemos da nossa relação um jogo, sem perceber que ninguém sairia vencedor.

Acontece que, por pura insistência, a gente conseguiu a façanha de transformar nosso amor em um fardo. E é aí que está o erro, às vezes vale a pena insistir, outras vezes insistimos por puro egoísmo, por medo de perder o outro, pelo simples fato de não sabermos como lidar com o fim. E a gente nunca vai saber lidar com o fim sem antes aceitá-lo. A gente precisa entender que, enquanto houver amor, respeito, lealdade, transparência, sinceridade e força de vontade vale a pena continuar, mas quando houver apenas amor e faltar todo o resto, a melhor coisa a fazer é aceitar o fim.

QUANDO A DOR PASSA, A GENTE

PERCEBE QUE O FIM FOI A MELHOR

COISA QUE ACONTECEU

Acabou. Já era. Fim. Estranho começar uma história pelo fim, não é? Mas pra mim, o fim foi a parte mais inspiradora depois que eu consegui terminar um relacionamento abusivo. Já não dói mais dizer que deixei alguém que eu amei pelo caminho, que segui sozinho quando na verdade, por muito tempo, a minha vontade era ter podido continuar com ele. Já não dói mais dizer que ele simplesmente não faz mais parte da minha vida, muito pelo contrário, eu sinto gratidão por isso, por finalmente ter aceitado o fim.

Ouvir ele dizer “eu te odeio” foi muito dolorido. Eu me perguntei como o nosso amor poderia ter se transformado em ódio, em nojo e em repulsa. Foi então que comecei a perceber que sentia o mesmo por ele e, finalmente, entendi que o nosso amor só existia em nossas palavras, da boca pra fora. No peito, só vestígios de um amor que virou poeira e não tinha mais como ser consertado, não dava mais para colarmos todos os pedaços e voltarmos a amar, sabe? As vezes bate um desespero na gente, é difícil enxergar ali, bem na sua frente, que acabou e não serve mais, que você não precisa mais daquilo que achou por tanto tempo que te era fundamental. É difícil enxergar tão claramente que alguém que você acreditava ser o amor da sua vida se transformou em só mais uma pessoa qualquer.

Insisti em não acreditar que realmente tinha acabado porque foi tanta doação, tanto esforço, sabe? Foram tantas horas sem sono, tantas madrugadas desperdiçadas, tantas preocupações e conversas em vão. Foram muitas ligações perdidas e não atendidas, mensagens visualizadas e não respondidas. Foram muitas lágrimas. E pensar que tudo tinha acabado fazia todo aquele tempo parecer inútil.

Doeu, mas já não dói mais. E quando a dor passa a gente percebe que o fim foi a melhor coisa que aconteceu. E eu nunca pensei que pudesse dizer que ir embora de alguém que eu amei pra caramba fosse a melhor coisa que me aconteceu. Talvez pareça estranho dizer isso, não é? Se você ama alguém por que é que vai embora? Por que é que vai desistir? Por que é que vai abrir mão? Mas eu posso responder com toda certeza do mundo que a gente precisa desistir de algumas pessoas, que amar não é somente permanecer. O amor também é sobre as despedidas, é sobre deixar ir ou decidir ir embora, principalmente quando algumas pessoas desistem de nós antes mesmo de a gente saber.

EU PRECISAVA TE JOGAR FORA.

ASSIM MESMO, COMO UM SACO

DE COISAS DE QUE NÃO

PRECISAMOS MAIS

Os amigos são sempre OS primeiros a perceberem a nossa mudança de comportamento. Quando a gente se envolve com alguém que não faz bem pra gente, nossa energia muda, nossa maneira de enxergar a vida lá fora se transforma totalmente.

A gente começa a achar que o outro é mesmo a nossa melhor escolha e que não existirá ninguém no mundo melhor do que ele. Nós mentimos pra nós mesmos, acreditando que ninguém vai ser capaz de aguentar nossas manias, nossos chiliques e nossos medos bobos. A gente vai se autossabotando aos pouquinhos, sem nem perceber porque o outro nos faz acreditar que não somos incríveis e que somos totalmente dependentes dele. E o fato de acreditar que você precisa de alguém pra ser feliz significa depositar todas as suas fichas de felicidade em uni único alguém, significa entregar todos os seus sentimentos nas mãos de uma pessoa e permitir que ela faça com você aquilo que bem entender, inclusive brincar, manipular ou simplesmente jogar fora. E a gente começa a achar que ficar com alguém raso é algo profundo demais e então a gente quase se transforma em alguém raso também.

Mas o mais foda disso tudo é que, quando estamos envolvidos, não conseguimos enxergar a armadilha. Quando acontece com a gente, simplesmente não conseguimos perceber com tamanha clareza o quanto aquela pessoa nos faz mal, mas as pessoas à nossa volta percebem. E isso tudo é lamentável, porque a gente não costuma aceitar, muito menos concordar com o que as pessoas dizem pra gente.

Meus amigos me pediam pra parar. Diziam pra eu cair fora porque eu merecia muito mais. E por mais que eu soubesse que eu merecia muito, eu achava que aquele pouco que você me dava era o suficiente pra mim. Meus amigos me aconselhavam, insistiam que eu parasse de atender suas ligações e diziam pra que eu começasse a esquecer você. Mas eu precisava, primeiro, colocar na minha cabeça que te esquecer era a minha prioridade. Eu realmente precisava não responder mais a suas mensagens. E, em vez de te deixar no fundo do baú, eu tinha como obrigação me desfazer de tudo que acumulava espaço e que não fazia mais o mínimo de sentido.

Eu precisava te jogar fora. Assim mesmo, como um saco de coisas de que não precisamos mais.


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