Livro ‘Para Todas as Pessoas Intensas’ por Iandê Albuquerque

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Um dia alguém vai sumir da sua vida, só porque você é intenso demais, ou porque você é simplesmente amor demais. E algumas pessoas têm medo do amor. ser intenso é ser profundo demais, imenso demais, vivo demais, e hoje em dia, as pessoas têm um medo danado disso. ser intenso é sentir o gosto, o cheiro, o toque, a textura da pele de um jeito diferente. o coração é grande demais, e às vezes isso dói também, é que ao mesmo tempo que há espaço de sobra há muita gente pequena no mundo. tenho uma mania absurda de achar que o outro vai agir da mesma maneira transparente que eu, que o outro vai se preocupar comigo do mesmo modo que me preocupo, que o outro vai querer na mesma intensidade que quero, e isso é uma droga. não sei ser pouco, não sei gostar um pouquinho e guardar pra mim o que sinto. sou intenso, sinto muito, sinto grande. sinto tanto que sempre acho que o problema está em mim por sentir demais, quando, na verdade, as pessoas que não estão prontas pra tamanha imensidão.”

Páginas: 224 páginas; Editora: Outro Planeta; Edição: 1 (22 de fevereiro de 2019); ISBN-10: 8542215540; ISBN-13: 978-8542215540; ASIN: B07N97WQ49

Biografia do autor: Sou Iandê Albuquerque, tenho 27 anos e sou recifense. Estudei Rádio e TV, mas nem sempre soube o que queria da vida. Quase cursei Direito, pensei em ser médico, me formei em Artes Visuais na UFPE, até decidir criar um blog e escrever sobre as relações humanas. Sou apaixonado por todas as coisas que me movem. Detesto monotonia e, talvez por isso, você me veja por aí com mochila nas costas, sempre em busca de algum lugar que me traga paz. Um pouco viciado em signos, filmes e séries, sou escorpiano extremamente intenso e intuitivo. Vai ver é por esta razão que não sei ser metade, não sei gostar um pouquinho e guardar pra mim o que sinto. Sinto muito, sinto tanto que às vezes acho que o problema está em mim por sentir demais, quando, na verdade, as pessoas que às vezes não estão prontas pra viver algo de tamanha imensidão. Sou autor de Onde não existir reciprocidade, não se demore.

Leia trecho do livro

Um dia alguém vai sumir da sua vida,

só porque você é intenso demais,

ou porque você é simplesmente amor demais.

E algumas pessoas têm medo do amor.

Livro 'Para Todas as Pessoas Intensas' por Iandê Albuquerque

PARA TODAS AS PESSOAS QUE JÁ AMEI

sabe qual é a minha maior força
e, ao mesmo tempo, a minha maior fraqueza?
ser intenso.
ser intenso te faz querer viver
ao máximo os momentos,
e às vezes você não entende que são só instantes.
ser intenso te faz se importar demais, não que se importar seja ruim,
mas às vezes eu me importo tanto,
me importo mais do que devia,
e isso acaba comigo.
ser intenso é ser forte,
e, ao mesmo tempo,
perder as forças porque, uma vez ou outra,
as expectativas extrapolam os limites.
e por mais que eu tente dizer pra mim mesmo:
está tudo bem, a tempestade vai passar.
às vezes, eu quem sou a tempestade.
ser intenso é ser profundo demais,
imenso demais, vivo demais,
e hoje em dia, as pessoas têm um medo danado disso.
ser intenso é sentir o gosto,
o cheiro, o toque, a textura da pele
de um jeito diferente.
o coração é grande demais,
e às vezes isso dói também,
é que ao mesmo tempo que há espaço de sobra
há muita gente pequena no mundo.
tenho uma mania absurda de achar
que o outro vai agir da mesma maneira
transparente que eu,
que o outro vai se preocupar comigo
do mesmo modo que me preocupo,
que o outro vai querer
na mesma intensidade que quero,
e isso é uma droga.
não sei ser pouco, não sei gostar um pouquinho e guardar pra
mim o que sinto.
sou intenso, sinto muito, sinto grande.
sinto tanto que sempre acho que o problema
está em mim por sentir demais, quando, na verdade,
as pessoas que não estão prontas
pra tamanha imensidão.

UM TEXTO SOBRE TER CORAGEM DE PARTIR, INDEPENDENTEMENTE DO AMOR QUE AINDA SINTA.

aos 17, no meu primeiro amor, eu pensava que amar era insistir até quando eu mesmo duvidasse, achava que amor era persistir apesar de tudo e nunca desistir mesmo que doesse. aos 26, declaro que amor é deixar ir, e acredito que a gente também precisa partir por amor (próprio).

algumas pessoas aprenderam bem mais cedo. aos 15, aos 16, aos 20. enfim, essa relação abusiva à qual me refiro durou sete anos, talvez por isso tanto tempo pra cair a ficha e ter coragem de partir. aos 20, ainda que soubesse disso, faltava coragem pra ir. mas cada pessoa tem o seu tempo. e não importa o tempo que passe, o que importa mesmo é a coragem de ir embora.

ainda bem que o tempo passa
e a gente se transforma.
a maturidade faz a gente enxergar
além das nossas vontades,
e então a gente passa a perceber
o quão importante é saber separar
aquilo que queremos do que precisamos realmente.
e às vezes a gente quer tanto manter algo a ponto de não enxergar que não precisa mais manter e que, talvez, a escolha mais sincera seja ir.
você pode não entender agora a razão de alguém amar muito outra pessoa
e, ainda assim, ir embora. talvez você veja o amor como um ato de permanência,
mas, na verdade, essa é a parte mais conveniente dele;
a difícil, aquela em que não sabemos decifrar a magnitude da dor,
aquela de que todo inundo tem medo,
e com a qual muitos de nós não sabe lidar, é a partida.
e partir é um ato revolucionário do amor.
e amor é sim estadia, concordo.
mas é também retirada.
e tudo bem você achar isso absurdo,
eu também achava, mas aqui escrevo,
sobre mim,
sobre um cara que amou
a ponto de imaginar que jamais iria ter coragem de deixar
alguém pra trás.
que amou a ponto de usar todas as forças que tinha
pra manter uma relação de pé,
mas percebeu que amor não é sustentar tudo sozinho.
esse texto é sobre finais, sim, de fato.
mas também é sobre aceitar e seguir os seus próprios passos, é sobre compreender que nem sempre amar é permanecer, é sobre ter a capacidade de enxergar o momento de ir embora, não porque você deixou de amar o outro, mas sim porque você precisa se amar mais.
e tudo bem,
você vai entender o significado do amor quando quiser ficar por amar o outro, e ainda assim precisar ir por amor a si mesmo.

DÓI, MAS PASSA.

dizer que dói mas passa é como dizer: a água é molhada.
é simples demais.
é óbvio demais.
o que ninguém diz pra gente é como a gente diminui a dor,
o que fazemos para suportá-la a cada dia e aprender a lidar com ela.
a verdade é que a gente não vai esquecer.
a gente supera a dor da falta, mas não esquece quem nos proporcionou sensações bonitas e reais.
a gente supera a dor da perda, mas não esquece quem esteve ao nosso lado.
a gente supera a dor do fim, mas não esquece quem partiu, porque o que vivemos faz parte da nossa história, e isso não tem como apagar da memória.
todas as partidas, independentemente da dor que nos causam, nos transformam em pessoas mais resilientes.
provavelmente a pessoa que você se tornou hoje, a personalidade que você construiu e que possivelmente te custou alguns términos e lágrimas, deve-se a quem você já foi um dia, a tudo aquilo que você se submeteu aceitar, a todos os lugares insanos que você insistiu em ocupar e a todas as pessoas que não te acolheram.
tudo isso faz parte de você, entende? você não vai esquecer. você só aprende a lidar com o fim, porque essa é a única maneira de amenizar suas dores e superá-las. mas até lá, pode doer muito.
você só precisa respeitar as estações que o teu peito vai passar, porque isso faz parte da vida. não menospreze a tua dor, mesmo que as pessoas te digam:
você não precisa chorar por ele.
de fato você não precisa, mas se sentir que precisa chorar, chore! chore pra caramba! chore pra afogar o mundo, chore por você. é importante colocar os sentimentos que não te fazem bem pro lado de fora, você precisa expressar a tua dor porque trancá-la dentro de você só tornará o teu interior mais frio e abarrotado e você sabe, não precisa manter o que não te faz bem.
se não conseguir chorar, ouça uma música que te toca de alguma maneira, que tira os teus pés do chão e te faz querer alcançar o equilíbrio das suas emoções. eu sei, o equilíbrio não virá tão rápido. mas lembre-se de que você precisa respeitar o caminho que você percorre, não tropece nos próprios passos. escreva, vá assistir a um filme, corra uni pouco, vai ficar tudo bem.
você precisa colocar essas coisas pra fora.
por fora você tenta ser forte, por dentro você sabe que existem fraquezas por todo o lado. por fora os teus olhos parecem tranquilos, por dentro existem conflitos que só você conhece. Então, tá tudo bem chorar, desmoronar, você não precisa fingir. sinta, expresse, enfrente e aprenda com as suas dores.
aos poucos.
talvez hoje você não consiga respirar direito, amanhã o teu corpo e o teu peito ainda estejam bem cansados. talvez semana que vem você já acorde um pouco melhor. um dia, um passo de cada vez. a dor vai diminuindo.
aprenda a reconhecer o que merece e o que não precisa manter na sua vida. enxergue-se com mais respeito e seriedade. saiba preencher as lacunas da sua vida com seus planos, vá em busca de realizá-los. faça alguma coisa que te faça feliz, por você e pra você.
tenha amor-próprio, acolha-se mais nesses momentos e se culpe menos. por mais defeitos e erros que você tenha (todo inundo tem) saiba gostar de si mesmo da maneira que você é.
você precisa ir embora. o outro também. as relações são um tanto imprevisíveis, entenda isso. e não estou te dizendo que você não deve criar laços. é óbvio que você precisa criar laços, mas entenda que esses laços não precisam se transformar em correntes. porque uma hora o outro vai precisar partir.
não estou te dizendo pra viver as relações sempre preocupado com o término; quero que você saiba amar tanto a si mesmo a ponto de não se maltratar quando alguém, por acaso, razão ou escolha própria, precisar ir embora.
seja autossuficiente para lidar com o fim e seguir em frente. porque as pessoas vão embora, da mesma maneira que você, algum dia, precisará ir embora de alguém também. é isso que resta.
entende?

Livro 'Para Todas as Pessoas Intensas' por Iandê Albuquerque

ENTENDA, DESISTIR NÃO É SINÔNIMO DE FRACASSO. ÀS VEZES É SOBRE SER LEAL A VOCÊ, AO QUE VOCÊ SENTE.

Eu sinto falta daquela pessoa disposta
a se apaixonar que eu era.
Não é que não queira mais me apaixonar.
Até quero, mas as pessoas me despertaram o cansaço.
Esse tempo todo sozinho,
aproveitei pra ouvir coisas de mim,
coisas que há tanto tempo
eu não prestava atenção.
E agora parece que o lugar que estou
me acomoda muito melhor que os peitos que ocupei
ou tentei ocupar.
Minha alma pedia paz,
meu corpo pedia calma,
todo o conjunto de quem sou
precisava de mim como nunca precisou antes.
E foi então que eu decidi me abrir
pra me abraçar,
me perdoar
e, o mais importante de tudo,
aprender a me respeitar,
entender os meus limites
porque às vezes insisto em pessoas que não mereço,
e eu preciso saber discernir
o que quero do que realmente preciso.
Hoje,
talvez a maturidade se confunda um pouco com a exigência,
passei a desistir mais das pessoas,
e insistir menos nas relações.
Não é do meu interesse entrar em qualquer
vínculo que me canse.
Porque agora, ter a minha companhia
já é suficiente pra caralho,
e eu só dividiria com outra pessoa
se fosse pra confortar, entende?
Eu não aceito mesmo,
não vou aceitar jogos,
exigências que me afastem de mim mesmo.
Não quero, não quero nada
que me tire a paz que tenho agora,
que me roube o afeto tamanho que construí por mim.
Não desejo, nem mereço
ter algo que sequestre o meu sono
que me traga desequilíbrio emocional
e me faça duvidar da minha capacidade.
Eu não permito, não aceito
não quero, nem à força!,
qualquer sentimento que beire
o apego ou dependência.
Podem me chamar de egoísta,
do que quiserem!
Eu só saio do meu limbo
por alguém que tenha aprendido a amar na vida,
por alguém que, mesmo com os machucados,
saiba sentir sem necessidade alguma de fingir.
Só divido minha companhia com alguém
capaz de apreciar a sua própria.
Só abro esse peito surrado
por alguém tão intenso quanto eu.
Caso contrário, melhor me deixar na minha.

AINDA QUE VOCÊ AME, ÀS VEZES VOCÊ PRECISARÁ PARTIR.

Olha, eu também já amei alguém a ponto de planejar um futuro e, no final das contas, ver esses planos serem jogados no lixo por alguém que dizia me amar também. Eu já amei alguém a ponto de não acreditar no que minhas intuições tentavam me alertar, a ponto de desconsiderar a minha estabilidade emocional em troca de viver ao lado de alguém, só por acreditar que o pouco que me davam era o suficiente pra eu manter aquilo de pé.

Já amei alguém a ponto de perder as minhas noites de sono,
de esquecer que os meus sonhos
independem de quem esteja ao meu lado,
e que eu precisava segurá-los
mas larguei de lado pra viver
o que eu acreditava ser verdadeiro e recíproco.
Já amei alguém
a ponto de sair de casa de madrugada
porque eu não conseguia lidar com a saudade,
com a falta, sendo que a falta que sentia era de mim mesmo.
Até que o “amor” se transformou num pesadelo,
desses que a gente só quer acordar
e ficar em posição fetal esperando
que a sensação de insegurança passe logo.
Eu já amei alguém
a ponto de perder o controle e respeito por mim mesmo.
E quanto mais coisas ruins o outro fazia,
mais eu acreditava nas poucas coisas boas
que ele tinha me feito. E não conseguia partir.
Mas eu já amei alguém
que precisei deixar partir.
Porque percebi que insistir
machucaria mais.
Já amei alguém que me fez
desacreditar no amor,
desconfiar das pessoas,
e, por uni momento,
pensar que eu seria incapaz
e reconstruir tudo e redescobrir o amor por mim.
E eu não me arrependo de ter amado
essa pessoa, eu só me arrependo de ter
persistido
tanto em um amor que não me cabia.
Eu só posso dizer pra você que vai passar.
Por mais clichê que possa parecer:
preste mais atenção em você,
veja o quão incrível pode ser se perceber.
Você pode amar ainda,
porque você possui a capacidade de amar
e não necessariamente precisa estar
acompanhado,
porque se você é suficiente pra amar outra pessoa
por que não a si mesmo?
Quando descobrir que pode sentir por você
o amor que sempre quis dar pra alguém,
você vai perceber o quão mais leve as coisas vão se tornar.

Às vezes a vida te exige muita coragem e maturidade para sair de certas pessoas e seguir sozinho. Não porque você deixou de querer, mas sim porque você precisou partir.

Não tem muito o que fazer, sabe?

Ou você fica e aceita o pouco que te dão,

ou você vai procurar o que te transborda.

Livro 'Para Todas as Pessoas Intensas' por Iandê Albuquerque

PARA QUANDO VOCÊ SE SENTIR SÓ.

Eu não sei o que você está fazendo
neste momento,
talvez esteja presa no trânsito
em alguma parte da cidade,
talvez esteja prestes a dormir,
porém alguns pensamentos tardaram o teu sono.
Talvez você esteja no intervalo do seu trabalho,
do curso, sei lá.
Mas pare um pouco,
qual foi a última vez em que você se ouviu?
Quando foi que você abraçou você
sem sentir vergonha de quem você é?
Quando agradeceu por quem você se tornou?
A vida tem sido corrida, eu sei.
Mas me diz,
qual foi a última vez em que você
conversou consigo mesmo
e enxergou que as suas dores
precisam de você pra se curar?
Quero te dizer que
às vezes você vai se sentir só,
ninguém vai ouvir ou perguntar
o que você sente aí dentro,
ninguém vai se interessar
em organizar a tua bagunça,
em te acolher e te abraçar
se você mesmo não consegue fazer isso.
Você tem sido cruel com o teu peito,
você precisa perdoar
todas as vezes em que se
culpou e se colocou pra baixo
por algo que você tentou que desse certo
mas não deu.
Não deu porque não dependia só
da tua vontade.
Não se autossabote
por ter ficado tempo demais
em algo que não merecia sequer
um segundo da sua dedicação.
Você foi você.
E eu sei que você faria novamente,
então, não precisa se culpar, caramba,
por sentir tanto a ponto de assustar
quem sente tão pouco.
Desprende essas dores pregadas
na parede do teu peito
porque você sabe, isso só te coloca medo
de sentir novamente.
E você não é assim, nunca foi.
Chora o que tiver que chorar,
coloca pra fora o que tiver pra botar,
só não esquece que você é sua casa
e você precisa se cuidar,
cuidar do teu corpo, da tua alma.
Perceba que, ainda que você não saiba pra onde está indo,
só vá, porque apenas estar consigo
faz essa viagem valer a pena.

SOBRE ALGUNS CONSELHOS QUE VOCÊ PRECISA LEVAR PRA VIDA.

1. Nunca, jamais, em hipótese alguma dê ao outro o poder de sair da sua vida quando quiser e voltar quando bem entender. Você não encontrou o seu coração no lixo e a sua vida, obviamente, vale bem mais do que alguém que não te considera.

2. Um dia eu quis tanto alguém a ponto de deixar de me querer. E é aí que a gente sempre erra, achar que precisa mais do outro do que de nós mesmos.

3. Pare de investir o seu tempo, o seu dinheiro, a sua estabilidade emocional em relacionamentos meio bosta. Invista em você! Naquela viagem que você sonha, no curso de línguas que você deseja fazer, na sua própria companhia.

4. Quando algo acabar, ainda que doa, agradeça! Algumas pessoas vão embora pra que melhores cheguem. E você não precisa lamentar por isso.

5. É um erro achar que o outro vai mudar por nós, e assim ficar em uma relação se iludindo, esperando pela mudança que nunca chega. A verdade é que as pessoas mudam sim, mas mudam quando querem mudar. E você não tem o poder nem a responsabilidade de mudar ninguém.

6. Que você jamais duvide do tamanho de si, que não esqueça de tudo que enfrentou e da pessoa incrível que se tornou. Que você se lembre disso tudo com frequência para que jamais insista no que dói, ou implore por atenção, ou mendigue por amor de ninguém deste mundo.

7. Você é uma pessoa incrível, você é capaz de vencer os seus conflitos internos. Você é bem maior do que suas inseguranças, você é capaz de enfrentar e vencer as batalhas.

EU ME FODO SEMPRE.

sempre que resolvo me entregar.

sempre que assumo a intensidade que sou, porque eu sou assim mesmo, se não for pra transbordar do meu jeito, eu nem vou. me fodo sempre que abro o meu peito pra alguém conhecer porque eu não enxergo razão pra me trancar pro próximo, mesmo que o peito esteja meio marcado e o corpo bem exausto pelas pessoas que já passaram por mim.

eu sempre me fodo. sempre que digo o que sinto, sempre que faço de tudo pra deixar as coisas bem claras pro outro. sempre que faço valer a pena o momento, sempre que vivo os instantes como precisam ser vividos.

IN-TEN-SA-MEN-TE.

gosto de perceber que algo faz sentido, ainda que seja passageiro, ainda que não fique pelo tempo que eu esperava que ficasse, ainda que me queira hoje e amanhã já não queira mais.

eu não toco em ninguém por acaso.

mas é incrível como eu sempre me fodo.

Livro 'Para Todas as Pessoas Intensas' por Iandê Albuquerque

sempre que volto pra casa com alguns detalhes sutis do outro em mente.

me fodo tanto que já comecei a acreditar que a vivência tem a sua consequência, e mesmo que eu não esteja preparado pra aguentar algumas despedidas, eu preciso aprender a lidar com o fato de que toda chegada vem com uma partida de brinde e, no final das contas, ninguém vai ficar. a única pessoa que vai ficar comigo pela eternidade sou eu mesmo. sempre tem um jeito de seguir em frente, de se resolver, de se curar, amadurecer, sei lá.

eu me fodo sempre que me aventuro a mergulhar demais, porque nem sempre o outro tem a profundidade que me cabe, às vezes é imenso demais e, ao mesmo tempo, frio demais. às vezes é só garoa, como ondas fracas nas pontas dos dedos, sabe? e a minha intensidade às vezes não consegue perceber que às vezes é assim, vai ser assim. mesmo que eu queira mergulhar e desbravar o mar que o outro é, algumas pessoas são só pra sentir nas pontas dos dedos.

e, sinceramente, não acho que a culpa seja do outro. na verdade acho que a culpa não é de ninguém. nem de quem foi incapaz de sentir por mim o mesmo que senti, nem de mim por ter sentido demais. por mais que eu me culpe como forma de justificar o fim de alguma coisa, eu sei, a culpa não pode ser de quem sente demais.

eu me fodo porque percebo o outro não somente como mais um, mas como um ser único que passou por mim e eu preciso senti-lo da melhor maneira.

mas tudo bem,
eu sei que querer sentir o outro não vai ser o suficiente.
o outro precisa querer igualmente.

Seja honesto com os seus sentimentos, você não precisa permanecer só porque não consegue dizer “não”. Você não deve aceitar posições que não são confortáveis para você só pelo medo de decepcionar alguém.

Você vai precisar partir quando não mais sentir nada.

E tudo bem.


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