Reunião de dois livros de uma das poetas mais comoventes do século XX, em edição de bolso. Sophia de Mello Breyner Andresen combinou de forma única a observação da natureza e a dimensão humana. Em sua poesia, a descrição detalhada das paisagens, especialmente o mar, central em sua obra, se mescla a reflexões sobre amor, morte, dor, injustiça e solidão. Este volume reúne duas obras da década de 1960. O Cristo Cigano (1961) revela a influência de João Cabral de Melo Neto, enquanto Geografia (1967) reflete temas como infância, Grécia e a admiração por Manuel Bandeira: “Estes poemas caminharam comigo e com a brisa/ Nos passeados campos da minha juventude”. Com lirismo, beleza e estilo lapidar, Sophia, vencedora do Prêmio Camões (1999), continua a inspirar gerações.
Editora: Companhia das Letras; 1ª edição (3 dezembro 2024); Páginas: 112 páginas; ISBN-13: 978-8535938845; ASIN: B0DD1LDWTJ
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Biografia do autor: Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) foi uma proeminente poetisa e escritora portuguesa, reconhecida como uma das vozes mais importantes da literatura do século XX. Nascida no Porto, destacou-se pela sua poesia lírica e engajada, abordando temas como a natureza e a justiça social. Recebeu o Prémio Camões em 1999, sendo a primeira mulher a conquistá-lo. Sua obra inclui contos infantis e traduções de clássicos. Faleceu em Lisboa e está sepultada no Panteão Nacional.
Resenha: O Cristo Cigano e Geografia – Sophia de Mello Breyner Andresen
Uma imersão na poesia da paisagem e da alma
“O Cristo Cigano e Geografia” reúne duas obras importantes da poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen, revelando a profundidade de sua escrita e a riqueza de seus temas. Neste livro, a autora convida o leitor a uma jornada poética singular, onde a paisagem natural se entrelaça com as emoções humanas, criando um universo lírico intenso e memorável.
A força da natureza e a fragilidade humana
A obra de Sophia se destaca pela habilidade de descrever a natureza de forma vívida e sensorial. O mar, em particular, surge como um personagem central, com suas diversas faces: calmo e sereno, agitado e tempestuoso. A autora utiliza a paisagem como um espelho para refletir sobre a condição humana, explorando temas como o amor, a morte, a solidão e a passagem do tempo.
Influências e originalidade
“O Cristo Cigano” revela a influência da poesia de João Cabral de Melo Neto na escrita de Sophia, com um olhar mais atento para a paisagem e uma linguagem mais objetiva. No entanto, a autora imprime sua própria marca, com uma sensibilidade única e uma capacidade de criar imagens poéticas que tocam o leitor profundamente.
Um clássico da poesia portuguesa
“O Cristo Cigano e Geografia” é uma obra essencial para quem busca conhecer a poesia portuguesa do século XX. A obra de Sophia de Mello Breyner Andresen transcende as fronteiras geográficas e temporais, falando diretamente ao coração de qualquer leitor que se permita ser tocado pela beleza da palavra e pela profundidade dos sentimentos humanos.
Pontos fortes do livro:
- Linguagem poética rica e envolvente: A autora utiliza um vocabulário preciso e imagens vívidas para criar um universo poético único.
- Exploração profunda de temas universais: A obra aborda questões existenciais que ressoam com o leitor em diferentes momentos da vida.
- Relação íntima entre homem e natureza: A paisagem natural é retratada como um personagem ativo, influenciando e sendo influenciada pelos seres humanos.
Para quem este livro é indicado:
- Amantes da poesia e da literatura portuguesa.
- Leitores interessados em explorar a relação entre homem e natureza.
- Aqueles que buscam uma leitura profunda e reflexiva.
Em resumo:
“O Cristo Cigano e Geografia” é uma obra-prima da poesia portuguesa que convida o leitor a uma jornada poética inesquecível. Através de uma linguagem poética rica e envolvente, Sophia de Mello Breyner Andresen explora temas universais, como o amor, a morte e a solidão, utilizando a paisagem natural como um espelho para refletir sobre a condição humana.
Palavras-chave: Sophia de Mello Breyner Andresen, poesia portuguesa, paisagem, natureza, amor, morte, solidão, resenha, literatura.
Observação: Esta resenha é uma análise geral do livro e pode não abranger todos os aspectos da obra.