Brasil, século XIX. Aqui, na terra dos Barões do Café e dos traficantes de escravos, no paraíso dos brancos e inferno dos negros, o leitor seguirá uma jornada arriscada acompanhando três improváveis investigadores: um jogador viciado, um filósofo africano trazido como escravo e uma enfermeira austríaca assombrada pelo passado. Três destinos que se encontram no Brasil Império para desvendar crimes cometidos por vingança, mas também em nome da religião e do racismo. Amparado por uma profunda pesquisa de época, Max Velati se lança no gênero policial conduzindo o leitor com mão firme nesta trepidante viagem no tempo.
Páginas: 224 páginas; Editora: Editora Contexto; Edição: 1 (30 de maio de 2020); ISBN-10: 6555410299; ISBN-13: 978-6555410297; ASIN: B088KTRZ17
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Biografia do autor: Max Velati é um escritor multifacetado com uma vasta experiência em publicidade, jornalismo e diversas outras profissões criativas. Suas obras juvenis são amplamente reconhecidas e adotadas em currículos escolares, explorando temas de Filosofia e História. Com uma vida marcada por aventuras ao redor do mundo, incluindo passagens pelos EUA e Europa, sua jornada incluiu experiências diversas, desde garçom a chargista da Folha de S.Paulo. Atualmente, reside no interior de Minas Gerais, onde continua a explorar sua paixão pela escrita e trabalha na área editorial para clientes nacionais e internacionais.
Resenha: “O filósofo, a enfermeira e o trapaceiro” – Um trio improvável no Brasil Império
Max Velati nos presenteia com uma obra que foge do lugar-comum, transportando-nos para o Brasil Império em “O filósofo, a enfermeira e o trapaceiro”. A narrativa se desenrola em torno de um trio peculiar: Isoba, um filósofo africano escravizado, Agnes, uma enfermeira austríaca em busca de redenção, e César, um trapaceiro inglês com um passado nebuloso.
A trama se inicia com o assassinato de um importante senador, levando o trio a se unir para desvendar o crime. A investigação os conduz por becos sombrios e salões luxuosos, revelando segredos obscuros e injustiças sociais da época.
A escrita de Velati é envolvente e fluida, com descrições vívidas que nos transportam para as ruas do Rio de Janeiro do século XIX. Os personagens são complexos e cativantes, cada um com seus próprios dilemas e motivações. Isoba, com sua sabedoria ancestral, Agnes, com sua inteligência e compaixão, e César, com sua astúcia e humor ácido, formam um trio improvável, mas que funciona de forma surpreendente.
O livro aborda temas como escravidão, racismo, desigualdade social e de gênero, corrupção e a busca por justiça, convidando o leitor a refletir sobre questões ainda relevantes nos dias atuais. A trama policial é bem construída, com reviravoltas e suspense que nos mantêm presos à leitura até o final.
No entanto, a obra não se limita a ser um romance policial. É também um retrato da sociedade brasileira da época, com seus contrastes e contradições. A narrativa nos mostra a força da amizade e da solidariedade em meio à adversidade, e como a busca pela verdade pode ser um caminho para a redenção.
“O filósofo, a enfermeira e o trapaceiro” é uma leitura recomendada para os amantes de romances históricos e policiais, mas também para aqueles que buscam uma história envolvente e reflexiva sobre a natureza humana e as injustiças sociais.