Livro ‘DESTROYER’ por T M Kechichian

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“Um dia, fui destruído, mas, hoje, eu sou o destruidor. Destruo meus obstáculos, minhas frustrações, e, às vezes, pessoas. Destruo qualquer um que tente me diminuir e me reduzir a nada. Nem que no processo, eu me autodestrua.” (Matt Stevens). “Já sou quebrada o suficiente e não vou deixar que um playboyzinho metido a bad boy destrua o que me restou de bom. Não vou!” (Liz Pérez). LIZ PÉREZ, uma americana de 18 anos com sangue latino, acaba de realizar seu maior sonho: ingressar na Universidade Yale. Liz precisou aprender a se virar sozinha desde cedo, o que fez com que se tornasse uma garota madura para a sua idade. Ela está focada em estudar e não quer saber de distrações, isso até o bad boy mais desejado da Universidade aparecer na jogada com suas provocações e uma fama que vai além de destruir calcinhas. O intenso MATT STEVENS tem 23 anos e está no último período da faculdade…

ASIN: B094P1LF74; Número de páginas: 556 páginas; Data da publicação: 10 maio 2021

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Biografia do autor: Talitha Kechichian ou T M Kechichian, como é conhecida no mundo literário se intitula como uma paulista carioca. Formada em Direito, atuou na área por dez anos, mas seu coração bate mais forte pela escrita de seus romances. É uma romântica incurável, apaixonada pela leitura, língua portuguesa e música. Em 2017, não mais satisfeita com sua vocação apenas nas leis, se permitiu dar vazão aos rascunhos das aulas de redação. Sua estreia como autora foi na plataforma Wattpad, com seu primeiro romance da Série Enigmas, Misteriosa Essência, onde conquistou diversos leitores, seguidores, amigos e admiradores de sua escrita. Talitha Kechichian ou T.M. Kechichian, como é conhecida no mundo literário, intitula-se como uma “paulista carioca”. Sua formação é no Direito, e atuou na área por dez anos, mas seu coração bate mais forte pela escrita de seus romances. Iniciou na escrita em 2017, no Wattpad, com o livro Misteriosa Essência, tendo mais de 300 mil visualizações. Em 2018, estreou na Amazon com o mesmo livro e chegou ao Top 8 dos mais vendidos. Desde então, vem lançando histórias com personagens femininas fortes, sempre mantendo suas características particulares. Em 2021, atingiu uma de suas metas pessoais ao chegar no Top 1 da Amazon com o livro DESTROYER, um New Adult que conquistou muitos leitores. Hoje, possui dez livros publicados, três deles na versão física, e segue escrevendo.

Trecho do livro

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Escrever este livro foi um desafio para mim.

Como leitora, é uma das temáticas que mais amo (universidade x bad boy), e quando decidi que gostaria de ter uma história nesse mundo, não foi nada fácil.

Fui exigente, pesquisei muito, me cobrei como nunca e aqui está o resultado.

Matt Stevens e Liz Pérez me surpreenderam. Apesar de se-rem os personagens mais jovens que já escrevi, ambos possuem uma intensa carga emocional, o que os levou a amadurecerem cedo demais.

Por vezes, quis carregar o Matt no colo (passo pano mexmo haha), mas Liz não fica para trás. A garota é forte, viu? (quem conhece minha escrita, sabe que amo criar mulheres poderosas).

Bem, não vou me estender, mas só gostaria de expressar aqui o meu carinho por esta obra e pela mensagem necessária que eu quis passar com ela. Lembre-se sempre que é mais fácil julgar a aparência de alguém do que conhecer a sua verdadeira essência.

A você que já foi julgado.
A você que já julgou.

“Não havia forma mais significativa de dar o coração para outra pessoa do que com a permissão para destruí-lo.”
TRECHO DO LIVRO “IMORAL” ESCOLHIDO PELA AUTORA E AMIGA ZOE X


“Talvez, mesmo as almas mais sombrias possam amar. Talvez estejam danificadas demais para tocar algo sem que destruam tudo. Talvez o amor vença. Talvez seja tarde demais. Talvez.”
FRASE EXCLUSIVA PARA DESTROYER, FEITA PELA AUTORA E AMIGA NANA SIMONS

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TREZE ANOS ATRÁS
01 DE SETEMBRO DE 2008
NEW JERSEY, EUA

O único som que escuto assim que acordo é a voz de Elvis, o cantor preferido da mamãe. Não tem um dia que ela não coloque suas músicas e cada uma demonstra seu estado de espírito.

Hoje, as canções estão mais lentas, então sei que não está em um bom dia. Eu odeio quando ela fica triste. Ela é doce, me trata bem, faz o melhor café da manhã — panquecas com mel, ovos e bacon —, deita-se na minha cama quando tenho pesadelos, me dá o abraço mais gostoso do mundo. Eu amo minha mãe e ela sempre diz que me ama muito.

Fico triste porque ainda não tenho força suficiente para enfrentar o homem ruim, nem para salvar minha mãe como gostaria.

Ele é maior e mais forte do que eu, e quando começa a gritar com ela, tenho muita vontade de bater nele. Eu sei que é errado, é o que minha mãe sempre diz, mas não consigo controlar. Isso piora quando a vejo com marcas feias no rosto e nas pernas. Ainda assim, é a pessoa mais bonita que já vi na vida.

Os cabelos compridos e loiros como uma linda manhã de sol estão sempre arrumados, não importa se o dia é bom ou ruim. Os olhos azuis como os meus eram mais brilhantes, ultimamente estão apagados, tristes. Seu corpo antes saudável está cada vez mais magro, os ossos dos ombros aparentes, os braços finos, ela parece tão frágil que às vezes penso que pode quebrar. Como ele tem coragem de fazer mal a ela?

Na escola sempre dizem que é errado os meninos baterem nas meninas, então por que o homem ruim bate na minha mãe? Quando fiz esta pergunta para a professora, todos os meus colegas ficaram me olhando, até que fui levado para a sala da diretora.

Já estou acostumado a ser chamado de estranho e esquisito pelos meus colegas só porque não gosto das mesmas brincadeiras que eles, e apesar de ser criança, às vezes me sinto como se tivesse mais do que meus dez anos.

— Bom dia, mãe! — cumprimento, assim que entro na cozinha. O cheiro de bacon faz meu estômago roncar.

— Bom dia, meu pequeno herói! — responde, de costas para mim, e sua voz fraca chama a minha atenção.

Eu a conheço e sei que tem algo errado.

— Está tudo bem? — pergunto, chegando mais perto.

— Sim, filho. Está tudo bem — responde, ainda sem olhar em minha direção.

Dou a volta na cozinha para ficar de frente para ela, pois tenho certeza de que não está nada bem. Ela é especialista em fingir, na verdade.

Quando vejo seu rosto, cerro minhas mãos involuntariamente. Se meu estômago roncou de fome antes, agora está revirando de um jeito que não sei explicar. Meu sangue parece borbulhar e uma vontade de quebrar alguma coisa me toma. Minha respiração acelera ao perguntar:

— Mãe, você deixou aquele homem fazer isso com você? —pergunto, com raiva, e só então ela olha para mim.

Seu olho esquerdo está tão inchado e roxo que está fechado, como se tivesse levado um soco forte, se é que não levou.

Como ele pôde fazer isso com ela? Como pôde?

— Aquele homem é seu pai, Matt.

— Ele não é meu pai, ele é um homem horrível, um monstro! — grito.

Ela chega perto de mim e se abaixa, deixando o machucado na altura dos meus olhos. Está muito feio e os pelos do meu braço se arrepiam. — Filho, preciso que você mantenha a calma. Pode fazer isso por mim?

—Mas…

— Não fale nada. Eu sei que você está assustado, mas daqui a pouco ele vai chegar em casa e não podemos deixar que fique bravo com você também. Tudo bem?

Eu queria tanto ser grande e forte. Ele nunca encostaria suas mãos em mim e na minha mãe. Eu não deixaria.
Penso em não aceitar seu pedido, em fazer um monte de perguntas, mas ela parece tão cansada, que deixo para lá. Afinal, ela é a pessoa que eu mais amo no mundo. A única.

— Tudo bem — respondo. — Não está doendo? — Passo meus dedos em sua bochecha esquerda com medo de tocar a pele inchada perto dos olhos e ela estremece sob meu toque.

Não consigo segurar o choro e lágrimas molham meu rosto. Nem faço questão de limpar.

— Um pouco, mas vai melhorar. Tudo vai ficar bem, querido.

— Como? — pergunto, num sussurro, fungando. — Eu não quero mais te ver assim, mãe.

— E não vai, Matt. Não vai.

Não sei por que, mas sinto um frio na barriga com sua fala.

— Vamos embora daqui.

Soltando um longo suspiro, ela se levanta e pega minha mão.

— Vamos comer antes que esfrie — diz, ignorando meu pedido e eu a acompanho.

Após comermos, Love Me Tender começa a tocar. Quando eu era menor não entendia o motivo da minha mãe escutá-la quase todos os dias, mas com o tempo se tornou minha música preferida, porque é quando ela mais sorri.

Ela se levanta de repente e puxa minha mão.

— Venha, querido. Vamos dançar.

Nossos dedos se unem e ela me gira no meio da sala, o que me faz soltar uma gargalhada. Às vezes fazemos isso, dançamos e rimos como se fôssemos realmente felizes. Momentos assim me ajudam a esquecer um pouco da realidade, das noites de gritos e coisas quebrando, dos tapas, dos chutes e dos socos que me fazem ficar dias sem ir para a escola.

Os olhos dela não abandonam os meus quando canta, junto com a voz profunda de Elvis:

Me ame com ternura, me ame por muito tempo
Leve-me ao seu coração
Poís é lá que eu pertenço
E nós nunca nos separaremos

Ela se curva e diz:

— Eu te amo, meu pequeno. Sempre te amarei. Nunca se esqueça disso.

— Eu também te amo muito, mãe.

— Mesmo quando eu não estiver por aqui, estarei em seu coração, te acompanhando em cada passo. Você compreende isso, Matt?

Franzo o cenho, achando a conversa estranha, mas assinto com a cabeça. Ela beija minha testa e continua dançando comigo, até a música acabar.

—Meu amor, vou descansar um pouco.

bom.

É manhã de sábado, não tenho escola e geralmente ficamos sozinhos até o homem ruim chegar do trabalho. Minha mãe diz que ele é segurança e protege uma família rica. Vivo me perguntando o motivo de ele proteger a família dos outros e não a nossa.

Antes de ir para o quarto, ela se vira e diz:

— Eu te amo, Matt. Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Me desculpe por não ter te dado uma boa família, mas eu tenho certeza de que você escolherá melhor, querido. Uma mulher que te respeite e, acima de tudo, que te ame como você é.

— Ai, mãe! Eu não quero saber de mulher nenhuma. Eca! —Faço cara de nojo.

Ela ri.

— Eu sei, filho. Só estou falando para você nunca esquecer. Seu pai pode ser muito duro, mas ele também te ama.

Como ela pode defender aquele homem? Depois de tudo o que passamos em suas mãos… não consigo entender.

— A minha professora disse um dia desses que quem ama não machuca o outro, mãe. Por que ele vive nos machucando? Por que vive nos batendo? Batendo em você? A senhora é boa, faz tudo pra nós, é a melhor mãe do mundo, e…

Não termino de falar, porque ela volta a falar:

— Querido! — Seus olhos caem para o chão, antes de continuar: — Infelizmente, seu pai não consegue se controlar depois que bebe, mas tenho certeza de que ele te ama.

— Não! Ele já disse que não me ama, que sou um fraco e que nunca vou ser alguém.

— Hey, não fale assim. Ele falou essas coisas quando estava com raiva, não representa a verdade. Nunca acredite nisso, você está me ouvindo?

Fico sem responder e ela repete a pergunta:

— Você está me ouvindo?

— Sim.

— Repita comigo, então: eu serei alguém e ninguém tem o poder de me dizer o contrário.

Suspirando, digo:

— Eu serei alguém e ninguém tem o poder de me dizer o contrário.

— E não tem mesmo! Você precisa acreditar, Matt. Eu não estarei aqui para sempre e preciso que você saiba que é mais forte do que pensa.

Mais uma vez, essa conversa esquisita.

— Para de falar assim, mãe. Vamos ficar juntos por muito tempo. Pra sempre!

Ela sorri e acaricia meus cabelos curtos, passando seus dedos em minhas sobrancelhas, bochechas, queixo, com um olhar que nunca vi.

— Eu estarei sempre com você. Aqui. — Sua mão espalmada toca meu peito, bem do lado do coração, e tenho certeza de que ela percebe o quanto ele está acelerado.

Só de pensar em perder minha mãe fico nervoso e com muito medo.

— Eu nunca vou deixar você ir embora. Vou cuidar de você.

— Ah, meu filhinho amado. Quem dera se tivéssemos o poder de manter todas as pessoas que amamos aqui, neste mundo…

— Sou seu herói, não sou? Eu vou te proteger. Posso não ser muito forte, mas não vou deixar você ir embora.

Ela se ajoelha e me dá um abraço inesperado. Eu a aperto forte, mostrando que a amo muito e que nunca poderei viver sem ela. Seu cheiro de flores me invade e aquece meu coração.

— Meu pequeno herói, você me salva todos os dias.

Beijando meu rosto, ela se levanta e finalmente vai descansar. O machucado no olho deve estar doendo, então a deixo ir para o quarto.


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