A Obsessão do Grego – Livro de Lady Night13

Apollo Amazzotty é um bilionário grego conhecido por sua mente sagaz nos negócios e por ser um devasso quente na cama. Sempre tem um harém de belas mulheres ao seu dispor. Todavia, como um típico grego, em certo momento da vida, terá que ter uma família e continuar sua linhagem. Mas ele não está disposto a abrir mão da sua liberdade e traz uma convicção dentro de si de que um acordo de casamento será o ideal. Desse modo, continuará desfrutando da sua vida de libertinagem enquanto terá uma família perfeita aos olhos da sociedade. Porém, em um único encontro com uma bela jovem de olhos verdes e sorriso encantador, ela se tornará sua obsessão. Uma noite de decepção amorosa levará a bela herdeira Kristen Courtney diretamente aos braços de quem ela mais se esquiva: um belo grego de olhos escuros e intensos. Uma proposta audaciosa e um fim de semana regado a muita luxúria e sexo…

Trecho do livro

PROLOGO

KRISTEN COURTNEY

2 anos atrás

É uma tarde ensolarada quando eu chego ao Green Paradise Club, o maior clube de lazer de San Diego que oferece uma vasta variedade de opções para os seus sócios, desde um restaurante requintado a um amplo campo de golfe para se divertir aos finais de semana e desopilar da longa semana de trabalho duro.

Em todos os fins de semana, meu pai comparece ao seu costumeiro jogo de golfe com alguns sócios desde que a mamãe partiu. Essa foi uma fase bastante difícil, tanto para mim quanto para ele. Então, ultimamente, eu tenho me dedicado aos meus croquis ainda mais para amenizar a dor que ainda sinto. Mesmo sendo uma das minhas maiores paixões, geralmente evito ir ao clube, já que esse é o lugar que a mamãe mais gostava de frequentar com suas amigas. Ir para lá me traz lembranças dolorosas. Contudo, gradualmente, estou retornando à minha rotina. É menos doloroso lidar com sua perda agora.

Estou morrendo de saudade da minha égua de equitação, a Lunar. Eu a ganhei dos meus pais quando tinha 13 anos. Desde então, adoro cavalgar, sentir o trote suave e o vento batendo no meu rosto. Já sinto meu coração acelerar em expectativa e a adrenalina de revê-la, mas hoje não irei montar nela.

Caminho pela ala onde ficam as baias. Assim que chego, avisto sua pelagem negra e lustrosa. Ela está mais linda. Assim que me vê, Lunar relincha como se estivesse me reconhecendo. Isso enche o meu coração de alegria. Não sei como passei tanto tempo sem vir vê-la.

— Oi, Lunar. Como a minha bebê está grande e linda! — murmurei com toda a saudade que sinto no peito.

Passo alguns minutos ali, conversando com ela e acariciando sua pelagem. Assim que o tratador me informa sobre a saúde de Lunar e eu comprovo que está tudo bem, decido procurar meu pai, que, provavelmente, está no campo de golfe. Despeço-me da minha égua e sigo para lá. Quando chego, já posso avistar meu pai com um casal ao seu lado. A bela mulher aparenta estar bastante entediada.

— Uau, Apollo! Essa foi uma tacada perfeita. Um hole-in-one. Já faz muito tempo que não realizo uma dessas. — Ouço meu pai falar animado.

O homem alto e moreno sorri confiante.

— Que nada, Josh! É sorte de principiante. Agora é a sua vez.

Papai parece bem entusiasmado com a jogada do seu oponente e não para de elogiá-lo. Logo eu interrompo a comemoração ao chamá-lo.

— Papai! Ele me encara surpreso por me ver no clube após tanto tempo, mas logo me recepciona com um beijo e um abraço caloroso.

— Kristen, querida! Eu não sabia que viria. Ultimamente tem estado tão enfurnada naquele ateliê, que, às vezes me preocupa. Não imagina como estou feliz por, finalmente, vê-la aqui.

— Supus que já era hora e, também, eu estava com saudade da Lunar. — falei gentilmente, rindo.

— Fico feliz, meu amor. — Ele fita meu cabelo e seus olhos brilham. — Está usando um lenço. — constatou contente. Vejo que, dos seus olhos, minam um pouco de lágrima.

Estou bem empolgada por usar um lenço para enfeitar os cabelos. É o acessório que mamãe mais amava usar e, hoje, eu decidi colocar um.

— Está linda, querida! — sussurrou se recuperando rapidamente.

Ouço um pigarreio vindo do lado.

— Não vai nos apresentar sua filha, Josh? — uma voz rouca e arrogante interrogou.

Antes de encarar o desconhecido, escuto meu pai se pronunciar.

— Ah! Claro! Que indelicadeza a minha. Kristen, querida, quero que conheça o Apollo Amazzotty, um amigo de negócios. Apollo, essa é a minha herdeira e a razão de eu acordar todos os dias e ir tiara aquela empresa. — falou com orgulho.

Assim que me viro para cumprimentar o desconhecido, fico estática com seus olhos negros e intensos me devorando com uma certa curiosidade. Entretanto, sua fisionomia se torna indecifrável imediatamente. Céus! Ele é lindo! Tem o rosto anguloso com linhas perfeitas, o corpo musculoso e uma presença marcante. É impressionante.

Então me recordo que ele está acompanhado e que não deveria estar me olhando de maneira libidinosa.

Sua mão firme toca na minha e eu sinto uma leve corrente me atravessar. Rapidamente, eu me afasto do seu toque e um sorriso devasso preenche seus lábios.

Meu instinto de autoproteção me alertou para o perigo, mas, talvez, já fosse tarde demais quando cruzei meus olhos verdes com os dele.

Mal sabia eu que Apollo Amazzotty já tinha lançado seu poder magnético sobre mim e que seu efeito inesperado e devastador me atormentaria durante os próximos anos.

CAPÍTULO 01

KRISTEN COURTNEY

O som suave dos “bips” chega aos meus ouvidos, despertando-me de um sonho apaziguador. O canto prazenteiro dos pássaros vindo do jardim me traz uma sensação de tranquilidade. Tento retomar o sono novamente, contudo o barulho é insistente e eu logo desperto de vez.

Somente agora me dou conta de que não é o despertador, e sim o meu celular. Por Deus! Pego o aparelho na mesinha do criado-mudo e percebo que é a minha melhor amiga ligando. Ela é sócia do pequeno ateliê de noivas que montamos juntas. Bethany.

Céus! Eu tinha esquecido completamente que temos uma nova cliente marcada para hoje. Jogo a coberta para o lado e salto da cama em um pulo. Atendo a ligação em seguida.

— Bethany! Oi. — tentei aparentar que já estava desperta.

A droga do meu despertador me trolou mais uma vez. Terei que comprar um novo em breve. Porém, ele tem um apelo sentimental e eu não desejo desapegar de algo que tem tanto valor para mim por ser uma das raras lembranças da mamãe. Ela faleceu há 5 anos, vítima de um ataque cardíaco fulminante.

— Kristen Courtney! — seu tom foi repreensivo. — Não acredito que não está pronta com os croquis. Esqueceu que tem horário marcado hoje com uma importante cliente que é uma socialite?

— Ah! Claro que sim. Digo… Não… Não! — exclamei me atrapalhando em todo o processo de me justificar. — Em 40 minutos estarei aí.

Ela me passa um sermão antes de colocar a culpa toda no meu noivo. Jimmy Dawson é um loiro lindo de olhos azuis por quem todas as mulheres se encantam. Bethany me adverte que, por culpa dele, estou perdendo a criatividade, e que se eu não tiver cuidado, ele irá me levar à bancarrota.

Tento justificar, mas ela encerra a ligação, dizendo que chegou outra cliente.

Realmente, saí ontem com o Jimmy, no meio da semana, depois de muita insistência por parte dele. Fomos a um show da sua banda de POP e balada preferida, Pink Sensation. É muito boa, por sinal, e toca desde “YMCA” do Village People à Madonna. Jimmy parecia estar aproveitando muito a noite, já que não parava de dançar e se contorcer como o exímio dançarino que é, chamando a atenção de todos à sua volta. Teve uma hora que ele subiu no palco e dançou com os integrantes da banda, rodopiando com seus lencinhos coloridos que são sua marca. Eu só ria e aplaudia muito a performance dele. Teve um momento em que ele estava tão desorientado que acabou tascando um beijo — um selinho, na verdade — em um dos vocalistas. Esse feito levou muitos fãs à loucura.

Agradeço a Deus neste instante por não ter ingerido uma gota de álcool sequer. Dei preferência a uma boa água com gás. Senão, provavelmente, eu estaria com uma intoxicante dor de cabeça agora.

Eu tive que levar o Jimmy de táxi ao seu apartamento e o depositar na sua cama. Retornei para a mansão às 4 horas da manhã. Sorte que papai não percebeu a hora que eu cheguei. Não é como se ele tivesse Jimmy em alta estima, mas respeita a minha decisão.

Nós já estamos namorando há 7 meses e, finalmente, há 1 mês, ele me pediu em casamento, dando mais um passo importante rumo à nossa felicidade. Eu o conheci em um evento de moda em Nova York onde ganhei um prêmio de “estilista revelação do ano”. O que elevou o nosso trabalho no ateliê à categoria da alta elite. É claro que ser filha do tão famoso Josh Courtney ajudou, imensuravelmente, a solidificar minha carreira como estilista. Porém, não desejo viver na sombra do meu pai. É evidente que precisei de um pequeno capital inicial para montar o negócio.

Eu queria solicitar um empréstimo no banco, no entanto papai ficou muito magoado quando soube da minha intensão. Tive que lhe explicar o meu ponto de vista. Eu queria ganhar reconhecimento do meu trabalho por méritos próprios, não por ser a filha do magnata da indústria de alta tecnologia Courtney. Meu pai compreendeu, contudo, depois de muita insistência, recebi seu dinheiro e não fiz nenhum empréstimo. Aceitei sua oferta desde que o pagasse tudo de volta. A muito contragosto, ele concordou, então fizemos o acordo.

Hoje, há mais de dois anos no mercado, o ateliê e boutique “Dream Bride” já é completamente nosso. É um sucesso.

Saio do meu estupor momentâneo e sigo para o banheiro. Tento correr contra o tempo para não chegar atrasada no ateliê. Faço minhas higienes o mais breve possível e uma leve make. Tento cobrir as olheiras da pouca noite de sono, mas elas se sobrepõem mesmo assim. Deixo para lá e, logo após, corro em direção ao closet. Escolho uma saia tubinho preta e uma blusa com uma estampa suave para combinar. Em seguida, complemento com um blazer mais despojado e opto por sapatos pretos de saltos medianos. Após conferir minha imagem profissional no espelho do amplo closet e a aprovar, pego minha bolsa, a pasta de trabalho com os desenhos dos croquis e caminho para a sala de refeições.

Quando chego à sala, vejo que meu pai já se encontra à mesa, degustando o seu desjejum com croissants, iogurte e uma variedade de frutas. Ele está distraído, lendo o seu jornal matinal na aba “Financeiro” enquanto beberica o seu café puro e meio amargo. Essa é sua rotina diária.

Quando ele percebe a minha presença, deixa o jornal de lado e me dá um sorriso amoroso. É um pai maravilhoso e presente na minha vida. Apesar da morte da mamãe ter sido um baque para todos nós, fomos o alicerce um do outro naquele momento difícil.

Tenho ciência de que o decepcionei quando escolhi cursar a Faculdade de Moda. Desde criança, tenho muitas habilidades em fazer rabiscos precisos e elegantes. Meus primeiros desenhos foram roupas para as minhas bonecas. Minhas amigas da escola ficavam apaixonadas pelas minhas Barbies e seus vestidos sofisticados. E enquanto eu cursava minha Faculdade, montei meu próprio ateliê. Não me arrependo da minha escolha.

Sempre percebi que o papai tinha esperanças de me ver envolvida com os trabalhos da empresa de tecnologia, porém nunca demostrei aptidão para essa área. No entanto, ele faz um excelente trabalho com o seu braço direito na corporação, o Thomas. Esse é meu primo, filho único de um padeiro e uma professora de dança. Deixou a pequena cidade de Lexington, em Nebraska, para cursar sua Faculdade de Gestão de Negócios em San Diego, na State University. Tudo foi arcado pelo meu pai. Como Thomas demonstra ter grande liderança e poder de decisão nos negócios, não me sinto tão culpada por não ter realizado o sonho do papai de ser uma grande executiva na empresa da família.

— Bom dia, papai! — Dou um beijinho em sua bochecha.

— Bom dia, minha princesa linda! — sussurrou.

Vejo sua expressão formar um vinco entre a testa quando ele percebe que eu peguei somente um croissant e fiz menção de sair.

— Aonde pensa que vai, querida? Não vai tomar seu café?

— Ah! Eu tomarei no ateliê, pai. Não quero chegar atrasada. Como temos uma cliente nova hoje, não posso me atrasar.

— Nada disso, mocinha! Sente-se aqui! Não vai fazer desfeita com o seu pai!

Para não o contrariar, eu me sento à mesa e tento degustar o café o mais breve possível.

— Kristen, meu anjo, o croissant não vai sumir do prato. Coma com calma! — disse repreensivo depois de avaliar meu aspecto ao me inspecionar minuciosamente. — Estas olheiras, por acaso, são um indicativo de que você não dormiu em casa, mocinha?


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