Livro ‘Mulheres Que Correm Com Os Lobos’ por Clarissa Pinkola Estés

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Os lobos foram pintados com um pincel negro nos contos de fada e até hoje assustam meninas indefesas. Mas nem sempre eles foram vistos como criaturas terríveis e violentas. Na Grécia antiga e em Roma, o animal era o consorte de Artemis, a caçadora, e carinhosamente amamentava os heróis. A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés acredita que na nossa sociedade as mulheres vêm sendo tratadas de uma forma semelhante. Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Seu livro, Mulheres que correm com os lobos, ficou durante um ano na lista de mais vendidos nos Estados Unidos. Abordando 19 mitos, lendas e contos...
Páginas: 576 páginas  Editora: Rocco; Edição: 1 (17 de setembro de 2018)  ISBN-10: 853252978X  ISBN-13: 978-8532529787

Biografia do autor: Clarissa Pinkola Estés, Ph.D., é uma acadêmica de renome internacional, poetisa premiada, psicanalista junguiana diplomada e cantadora (guardiã das velhas histórias na tradição latina)É autora do clássico Mulheres que correm com os lobos (além de diversos outros livros), que ganha sucessivas reimpressões pela Rocco desde o seu lançamento. 

Leia trecho do livro

A Mulher Selvagem

“A Mulher Selvagem nos abraçará enquanto estivermos chorando. Ela é o Self instintivo. Ela consegue suportar nossos gritos, nossos uivos, nosso desejo de morrer sem morrer. Ela sabe aplicar os melhores remédios nos piores lugares. Ela ficará sussurrando e murmurando nos nossos ouvidos. Ela sentirá dor pela nossa dor. Ela o suportará. Não fugirá. Embora haja cicatrizes inúmeras, é bom lembrar que, em termos de resistência à tração e capacidade de absorver pressão, UMA CICATRIZ É MAIS FORTE DO QUE A PELE”.

“Vamos cantar sua carne de volta aos nossos ossos. Despir quaisquer mantos falsos que tenhamos recebido. Assumir o manto verdadeiro do poder do conhecimento e do instinto. Invadir os terrenos psíquicos que nos pertenceram um dia. Desfraldar as faixas, preparar a cura. Voltemos agora, mulheres selvagens, a uivar, rir e cantar para Aquela que nos ama tanto.”

La Loba

“La Loba canta sobre os ossos e, enquanto ela canta, a carne começa a recobri-los. Nós também “nos tornamos” à medida que derramamos a alma sobre os ossos que encontramos. Enquanto vertemos nossos anseios e nossas mágoas sobre os ossos do que costumávamos ser quando jovens, do que tínhamos conhecimento há séculos, e sobre a aceleração que pressentimos no futuro, ficamos de quatro, inabaláveis. À medida que derramamos a alma, somos revitalizadas.”

Criatividade Feminina

“A criatividade não é um movimento solitário. O que quer que seja tocado por ela e quem quer que a ouça, que a veja, que a sinta, que a conheça serão alimentados.

Ficamos tão vivas que retribuímos distribuindo vida. Produzimos rebentos, florescemos, nos dividimos e nos multiplicamos, impregnamos, incubamos, comunicamos, transmitimos”. 

Nós criamos algo pela nossa própria capacidade interna de criar. Como uma fonte que jorra constantemente, ela alimenta um grande rio que flui e escorre pelo terreno da nossa psique. Se o rio está represado, ele não pode fluir. Se o rio está poluído, envenenado, nenhuma vida pode nascer e se sustentar nele.

Portanto, cuide do seu rio, limpe-o se necessário, libere-o de todo lixo tóxico, mantenha-o sempre fluindo livremente e nade em suas águas claras, como uma bênção que a natureza feminina nos deu.

A Mulher-Borboleta: o corpo da mulher selvagem

“No corpo não existe nada que ‘devesse ser’ de algum jeito. A questão não está no tamanho, no formato ou na idade, nem mesmo no fato de ter tudo aos pares, pois algumas pessoas não têm. A questão selvagem está em saber se esse corpo sente, se ele tem um vínculo adequado com o prazer, com o coração, com a alma, com o mundo selvagem. Ele tem alegria, felicidade? Ele consegue ao seu modo se movimentar, dançar, gingar, balançar, investir? É só isso o que importa.

A Mulher Selvagem aparece em muitos tamanhos, formas, cores e condições. Mantenha-se alerta para poder reconhecer a alma selvagem em todos os seus inúmeros disfarces”.


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