Livro premiado de uma das mais importantes escritoras negras da atualidade. “Tituba” de Maryse Condé resgata a vida da mulher negra, nascida em Barbados no século XVII e renascida três séculos depois. O livro narra sua jornada desde a infância marcada pela tragédia até os julgamentos por bruxaria em Salem. Tituba emerge como símbolo de resistência e liberdade, representando a história das mulheres da diáspora e do povo negro. Sua narrativa desafia estruturas cristalizadas e revela a beleza e complexidade daqueles que ousam seguir sua própria verdade. “Para saber de Tituba, a bruxa negra de Salem, é preciso acompanhar quem sabe lidar com a alquimia das palavras. Maryse Condé tem as fórmulas, as poções mágicas da escrita.” – Conceição Evaristo
Páginas: 252 páginas; Editora: Rosa dos Tempos; Edição: 1 (7 de outubro de 2019); ISBN-10: 8501117234; ISBN-13: 978-8501117236; ASIN: B07Y8WF549
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Biografia do autor: Maryse Condé, nascida em Guadalupe em 1937, é uma escritora feminista e professora emérita de francês e filologia românica na Columbia University. Com mais de vinte obras em diversos gêneros literários, recebeu o The New Academy Prize in Literature em 2018, criado como alternativa ao Nobel Prize suspenso devido a denúncias de violência sexual. Seu primeiro livro pela Rosa dos Tempos é uma contribuição significativa para o catálogo da editora.
Resumo: “Eu, Tituba – Bruxa Negra de Salem” é uma obra de ficção histórica escrita por Maryse Condé, que recria a vida de Tituba, uma mulher negra escravizada, desde sua infância em Barbados até seu envolvimento nos infames julgamentos de bruxaria em Salem, no século XVII.
O livro mergulha na vida dessa personagem fascinante, que enfrentou inúmeras adversidades desde cedo, testemunhando a violência e a injustiça da escravidão. Após ser vendida como escrava e levada para a Nova Inglaterra, Tituba é acusada de bruxaria em meio à histeria puritana que dominava a época.
A narrativa, contada sob a perspectiva de Tituba, oferece uma visão envolvente e íntima de sua vida, revelando seus medos, esperanças e lutas em meio a um mundo dominado pela opressão e pelo preconceito. Condé dá voz à Tituba, resgatando-a do silêncio imposto pela historiografia e tornando-a protagonista de sua própria história.
Além de explorar a jornada pessoal de Tituba, o livro também aborda questões mais amplas relacionadas à diáspora africana, à escravidão e à resistência cultural. Condé tece uma narrativa complexa e envolvente que não apenas cativa o leitor, mas também o convida a refletir sobre temas universais de injustiça, liberdade e identidade.
“Eu, Tituba – Bruxa Negra de Salem” é uma obra poderosa que ilumina uma figura muitas vezes esquecida pela história oficial, oferecendo uma homenagem à resiliência e à humanidade daqueles que resistem à opressão e lutam por justiça e liberdade. É uma leitura que não apenas educa, mas também inspira e emociona.