(Trilogia do Amor). O amor foi de fato ridicularizado — não apenas a mensagem para “amar seus inimigos”, da revolução não violenta encabeçada por Martin Luther King, mas também a mensagem de construir amor-próprio, autoestima saudável e comunidades amorosas. Como a busca por poder subsumia a busca por libertação na luta antirracista, havia pouca ou nenhuma discussão sobre o propósito e o significado do amor na experiência negra, do amor na luta pela libertação. O abandono de um discurso sobre o amor, de estratégias para criar uma base de autoestima e autovalorização que reforçasse as lutas pela autodeterminação, proporcionou o enfraquecimento de todos os nossos esforços para criar uma sociedade na qual a negritude pudesse ser amada por pessoas negras, por todo mundo. A difamação do amor na experiência negra, em todas as classes sociais, tornou-se terreno fértil para o niilismo, para o desespero, para a violência terrorista contínua e o oportunismo predatório…
Editora: Editora Elefante; 1ª edição (31 março 2024); Páginas: 242 páginas; ISBN: 9786560080263; ASIN: B0CW1K2RCS
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Biografia do autor: Bell Hooks, nascida Gloria Jean Watkins em 25 de setembro de 1952, é uma escritora, ativista e professora americana renomada. Reconhecida por sua contribuição à teoria feminista e estudos culturais, hooks aborda questões de raça, gênero e classe em sua obra. Seus escritos incluem “Feminist Theory: From Margin to Center” e “Ain’t I a Woman?: Black Women and Feminism”. Hooks é uma voz influente na busca por justiça social e igualdade.
Resumo: O texto discute como o amor foi negligenciado na luta pela libertação negra, resultando em falta de autoestima e comunidades amorosas. A ausência desse discurso contribuiu para niilismo e violência, impedindo a autorrealização. Reconhece-se a necessidade de uma ética do amor como base para a resistência eficaz e propõe um retorno ao amor próprio e à valorização da negritude para alcançar a autodeterminação.