Publicado em 1971, Regras para radicais, de Saul Alinsky, surgiu em um contexto de intensa efervescência política, como a Guerra do Vietnã e a luta pelos direitos civis. A obra se tornou referência para ativistas, apresentando princípios teóricos e práticos para a organização de comunidades urbanas nos Estados Unidos. Alessandra Orofino destaca a diferença entre a organização comunitária defendida por Alinsky e o ativismo contemporâneo, que tende a ser mais narcisista e focado em perfis do que em pessoas reais. As lideranças promovidas por Alinsky eram organizadores que ajudavam comunidades a se identificarem e a se mobilizarem coletivamente. A nova edição, que chega ao Brasil, aborda desafios atuais como o poder das big techs e a ascensão da extrema direita, ressaltando que as táticas de Alinsky permanecem relevantes para o fortalecimento das vozes mais vulneráveis na sociedade.
Data da publicação: Boitempo Editorial; 1ª edição (16 setembro 2024); Páginas: 240 páginas; ISBN-13: 978-6557173848; ASIN: B0DDYQMDWZ
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Biografia do autor: Saul Alinsky, nascido em Chicago em 1909, teve sua formação na rua e na Universidade de Chicago, onde estudou criminologia e teve contato com a gangue de Capone. Reconhecido internacionalmente por sua luta pelos direitos dos pobres, organizou a comunidade de Back of the Yards na década de 1930. Em 1940, fundou a Fundação Áreas Industriais, que ajudou a mobilizar comunidades em diversas partes dos Estados Unidos, desde o gueto negro de Rochester até os bairros mexicano-estadunidenses da Califórnia. Seus esforços de organização, que frequentemente resultavam em prisões, foram fundamentais para a elaboração de seu primeiro livro, Reveille for Radical.
Resumo: Regras para radicais, de Saul Alinsky, lançado em 1971, oferece princípios de organização comunitária e ativismo, ressaltando a importância de lideranças que mobilizam coletivamente em desafios atuais.