
“Reencantar o mundo” ressignifica as categorias marxistas, reinterpretando-as em uma perspectiva feminista. “Acumulação” é um desses conceitos, assim como “reprodução”. “Luta de classes” é um terceiro, inseparável do quarto, “capital”. Para Federici, a “teoria do valor do trabalho” ainda é a chave para entender o capitalismo, embora sua leitura feminista redefina o que é trabalho e como o valor é produzido. Ela mostra, por exemplo, que a dívida também é produtiva para o capital: uma poderosa alavanca de acumulação primitiva — empréstimos estudantis, hipotecas, cartões de crédito e microfinanças — e um mecanismo de divisões sociais. A reprodução (educação, assistência médica, pensões) tem sido financeirizada. Esse cenário vem acompanhado de uma deliberada etnografia da vergonha, sintetizada pelo Grameen Bank, que toma até as panelas dos “empreendedores”…
Editora: Editora Elefante; 1ª edição (3 maio 2022); Páginas: 333 páginas; ISBN-10: 6587235719; ISBN-13: 978-6587235714; ASIN: B09Z6YDGJ2
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Biografia do autor: Silvia Federici nasceu na Itália, em 1942; é pesquisadora e, atualmente, professora emérita na Universidade Hofstra, em Nova York. Em 1967, mudou-se para os Estados Unidos, onde pouco depois participou da fundação do International Feminist Collective e batalhou a favor do salário para trabalhos domésticos. Nos anos 1980, a ativista feminista viveu na Nigéria, onde deu aulas na Universidade de Port Harcourt e ajudou a criar o Committee for Academic Freedom in Africa. É também autora de Calibã e a bruxa (Elefante, 2017) e O ponto zero da revolução (Elefante, 2019).
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