Livro ‘Juventude sem Deus’ por Ödön von Horváth

"Juventude sem Deus", publicado em 1938 na Holanda e proibido na Alemanha nazista, explora a crise de um professor sob o regime opressor de Hitler. Elogiado por autores como Hermann Hesse e Thomas Mann, é um clássico da literatura alemã.

Juventude sem Deus, publicado em 1938 na Holanda após ter sido proibido na Alemanha, narra a crise de consciência de um professor em meio ao ambiente opressor do regime racista e colonialista de Hitler. Adaptado para o cinema e o teatro, o livro foi amplamente elogiado por figuras como Hermann Hesse, Thomas Mann e Joseph Roth, e também admirado por Natalia Ginzburg e Peter Handke. Embora ainda seja pouco conhecido no Brasil, esta obra é considerada um clássico da literatura em língua alemã.

Editora: ‎Todavia; 1ª edição (10 julho 2024); Páginas: ‎176 páginas; ISBN-13: 978-6556926582; ASIN: B0D5Z1MQZ5

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Biografia do autor: Ödön von Horváth nasceu na Croácia em 1901. Estudou teatro e se estabeleceu como dramaturgo em Berlim, onde produziu peças que satirizavam e criticavam tanto a história alemã quanto o contexto sociopolítico de sua época.

Resenha: Juventude sem Deus: Um retrato perturbador da perda de valores em tempos de crise

“Juventude sem Deus”, de Ödön von Horváth, é um romance impactante que retrata a crise de valores e a perda da inocência em uma sociedade corrompida pelo autoritarismo.

Contexto Histórico:

Publicado originalmente em 1937, na Holanda, após ser proibido na Alemanha nazista, o livro segue a jornada de um professor que se vê confrontado com a ascensão do regime totalitário e a crescente desumanização de seus alunos.

Narrativa Angustiante:

A narrativa, em primeira pessoa, expõe a angústia do professor diante da doutrinação ideológica e da violência que permeiam o ambiente escolar. Ele se vê dividido entre a necessidade de proteger seus alunos e o medo de se opor ao sistema.

Temas Abordados:

A obra explora temas como a manipulação da juventude, a alienação social e a fragilidade da moralidade em tempos de crise.

Linguagem Crua e Direta:

Horváth utiliza uma linguagem direta e crua para retratar a realidade brutal da época. A ausência de Deus no título não se refere apenas à falta de fé religiosa, mas também à perda de valores humanistas e éticos em uma sociedade dominada pelo ódio e pela intolerância.

Relevância e Reflexão:

“Juventude sem Deus” é um livro perturbador e relevante, que nos leva a refletir sobre os perigos do fanatismo e a importância de preservar a liberdade de pensamento. A obra de Horváth serve como um alerta sobre a necessidade de proteger a juventude da manipulação ideológica e de cultivar valores como a compaixão, a empatia e o respeito pela vida.


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