Você sabe falar a linguagem de amor de seu filho? Cada criança possui uma linguagem de amor principal e específica, uma maneira pela qual ela compreende melhor o amor do pai e da mãe. Este livro ensinará você a reconhecer e falar a linguagem de amor fundamental de seu filho ou filha, e o informará sobre as outras quatro linguagens de amor pelas quais as pessoas entendem e oferecem amor. Todos precisamos aprender a amar e ser amados. Pautados em décadas de experiência em aconselhamento, os autores poderão instruir você a experimentar um nível novo de relacionamento com seu fIlho ou filha: mais próximo, mais íntimo e mais prazeroso...
Editora: Mundo Cristão; 2ª edição (3 outubro 2017) Páginas: 208 páginas ISBN-10: 8543302536 ISBN-13: 978-8543302539 ASIN: B075MR48X8
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Desde a década 1970, o Dr. Gary Chapman vem investindo no estudo de como potencializar a alegria, satisfação e compreensão quando se trata de relacionamento humano. Autor do celebrado best-seller As cinco linguagens do amor, traduzido para 32 idiomas, Chapman acredita que “o amor não depende exclusivamente das emoções. Amor é o que você faz e diz, não apenas o que você sente”. Há décadas, Chapman, o “Doutor Casamento”, viaja pelo mundo desafiando casais a buscar saúde emocional para seus casamentos e tem impactado multidões com seus livros inspirativos. Seu portfólio inclui obras direcionadas para os solteiros, homens casados e pais de crianças e adolescentes. O respeitado autor já escreveu mais de 30 livros, todos sobre relacionamento afetivo, o que faz dele um dos maiores nomes no gênero. Casado há mais de 45 anos com Karolyn, Chapman têm dois filhos adultos e atualmente vive em Winston-Salem, Carolina do Norte (EUA), onde serve como pastor sênior associado na Calvary Baptist Church.
Leia trecho do livro
SUMÁRIO
Introdução: Falando a linguagem do amor de seu filho Uma palavra de Gary
1. O amor é o alicerce
2. Primeira linguagem do amor: Toque físico
3. Segunda linguagem do amor: Palavras de afirmação
4. Terceira linguagem do amor: Tempo de qualidade
5. Quarta linguagem do amor: Presentes
6. Quinta linguagem do amor: Atos de serviço
7. Como descobrir a principal linguagem do amor de seu filho
8. A disciplina e as linguagens do amor
9. O aprendizado e as linguagens do amor.
10. Ira e amor.
11. Linguagens do amor em famílias em que um dos pais está ausente
12. Linguagens do amor no casamento
Epílogo: O que ainda está por vir Para pais e filhos: O jogo do mistério das linguagens do amor Leitura adicional
Introdução
Falando a linguagem do amor de seu filho
Seu filho se sente amado?
“Claro”, você responde. “Digo a ele todos os dias.” Mas você está comunicando esse amor de uma forma que ele entenda?
Cada criança tem uma linguagem de amor específica por meio da qual ela entende melhor o amor do pai ou da mãe. Este livro lhe mostrará como reconhecer e falar a principal linguagem do amor de seu filho, bem como as outras quatro lin- guagens do amor que poderão ajudá-lo a saber que você o ama. Conforme veremos, para tornar-se um adulto generoso, amoroso e responsável, seu filho precisa saber que é amado.
Este livro lhe apresentará as cinco linguagens do amor das crianças e o ajudará a determinar as linguagens principais por meio das quais seu filho ouve seu amor. Leia atentamente os cinco capítulos (2 a 6) que descrevem essas linguagens, para que seu filho se beneficie com as cinco maneiras de receber amor. Pratique todas as cinco linguagens do amor e tenha a certeza de que seu filho se sentirá amado por você. Como auxílio, cada capítulo termina com ideias práticas para você falar a respectiva linguagem do amor com seu filho.
De que modo, porém, você poderá saber qual é a linguagem do amor de seu filho? Leia o capítulo 7 para encontrar ideias.
Todos os aspectos do desenvolvimento da criança exigem um alicerce de amor. Por ser um livro sobre como aprender a amar melhor seu filho, As 5 linguagens do amor das crianças inclui sugestões completas para ser um bom pai ou uma boa mãe. A medida que trabalhar nessas áreas mais importantes, você descobrirá que os relacionamentos de sua família ficarão mais fortes e também mais descontraídos e divertidos.
A seguir, uma palavra pessoal de Gary para que você inicie este “curso de línguas” cujo objetivo é melhorar a maneira como transmite amor a seus filhos.
Uma palavra de Gary
O sucesso de As 5 linguagens do amor foi gratificante. Milhões de casais leram o livro e, melhor ainda, também puseram em prática os princípios ali contidos. Meus arquivos estão repletos de cartas de casais do mundo inteiro, expressando gratidão pela diferença que as linguagens do amor têm produzido nos casamentos. A maioria diz que o fato de aprender a principal linguagem do amor do cônjuge mudou radicalmente a atmosfera emocional de seu lar, e alguns afirmaram que o livro salvou seu casamento.
Esta obra teve origem nos muitos pedidos que recebi para “escrever um livro sobre as cinco linguagens do amor das crianças”. Pelo fato de minha carreira profissional estar focada no aconselhamento para melhorar a vida conjugal, a princípio relutei em escrever sobre filhos, apesar de ter recebido centenas de informações de pais que aplicaram o conceito das linguagens do amor às crianças.
Quando a Northfield Publishing me encomendou um livro dessa natureza, entrei em contato com Ross Campbell, um amigo de muitos anos, e convidei-o para ser meu coautor. O dr. Campbell trabalhou muitos anos em medicina psiquiátrica, concentrando-se nas necessidades das crianças e dos adolescentes. Sua contribuição tem sido inestimável.
Sabendo que aquele primeiro livro sobre as linguagens do amor ajudou o casamento de muita gente, espero que este também ajude um grande número de pais, professores e outras pessoas que amam as crianças e trabalham com elas, para que se tornem mais eficientes na arte de suprir as necessidades de amor desses pequenos.
GARY CHAPMAN, PHD
1
O amor é o alicerce
Brad e Emily não conseguiam entender o que havia de errado com o filho de 8 anos, Caleb. Ele sempre havia sido um aluno acima da média e fazia os deveres de casa, mas naquele ano estava com problemas na escola. Depois que a professora passava um exercício, ele lhe pedia que o explicasse novamente. Recorria a ela oito vezes por dia para pedir mais explicações. Seria um problema de deficiência auditiva ou de compreensão? Brad e Emily submeteram o filho a um teste de audição, e um conselheiro escolar aplicou-lhe um teste de compreensão. Caleb tinha audição normal, e sua capacidade de compreensão era típica de um aluno do terceiro ano.
Outros fatos a respeito do filho intrigavam os pais. Às vezes, o comportamento de Caleb parecia quase antissocial. A professora almoçava cada dia ao lado de um aluno, mas algumas vezes Caleb empurrava os colegas para poder ficar perto dela. No recreio, ele deixava as outras crianças de lado sempre que a professora aparecia no parquinho. Corria até ela para fazer uma pergunta sem importância e fugia dos colegas. Quando a professora participava de um jogo durante o intervalo, o garoto tentava segurar a mão dela.
Os pais de Caleb já haviam conversado três vezes com a professora, mas nenhum dos três conseguiu identificar o problema. O menino, uma criança independente e feliz nos dois anos anteriores, parecia agora apresentar um “comportamento pegajoso”, sem nenhum sentido. Também estava brigando com muito mais frequência com a irmã mais velha, Hannah, embora Emily e Brad achassem que o filho estava apenas atravessando uma fase passageira.
Quando o casal compareceu ao meu seminário “O casamento que você sempre quis” e contou-me sobre Caleb, ambos se mostraram preocupados, querendo saber se tinham uma criança rebelde nas mãos ou talvez um filho com problemas psicológicos.
— Dr. Chapman, sabemos que este é um seminário sobre casamento, e talvez a nossa pergunta não seja apropriada — disse Emily —, mas Brad e eu pensamos que o senhor poderia nos dar alguma orientação. A seguir, eles descreveram o comportamento preocupante do filho.
Perguntei se o estilo de vida da família havia mudado naquele ano. Brad contou que era vendedor e ficava de plantão fora de casa duas noites por semana, mas nas outras noites permanecia em casa entre 18h e 19h3o, tempo em que lia e-mails e mensagens de texto e via um pouco de televisão. Em outras épocas, nos fins de semana, ele quase sempre levava Caleb consigo aos jogos de futebol. Porém, naquele ano ainda não havia feito isso.
— Minha vida anda muito conturbada. Prefiro ver os jogos pela televisão.
— E você, Emily? — perguntei. — Sua vida sofreu alguma mudança nos últimos meses?
— Sim — ela respondeu. — Há três anos, quando matriculamos Caleb no jardim de infância, comecei a trabalhar meio período. Este ano, porém, estou trabalhando em tempo integral e chego mais tarde em casa. Na verdade, minha mãe busca Caleb na escola, e ele fica com ela durante uma hora e meia até que eu vá buscá-lo. Nas noites em que Brad está fora da cidade, Caleb e eu jantamos com meus amigos e depois voltamos para casa.
Já estava quase na hora de retomar o seminário, mas senti que começava a entender o que se passava com Caleb. Fiz, portanto, uma recomendação.
— Quando eu estiver falando a respeito de casamento, quero que cada um de vocês pense em como os princípios que vou apresentar poderão ser aplicados em seu relacionamento com Caleb. No final desse evento, gostaria de saber a que conclusão chegaram.
Eles pareceram um pouco surpresos por eu ter encerrado a conversa sem apresentar nenhuma sugestão, mas ambos estavam dispostos a atender ao meu pedido.
No fim do dia, enquanto os outros participantes do seminário se enfileiravam para deixar o local, Brad e Emily correram em minha direção como se tivessem descoberto algo.
— Dr. Chapman, acho que acabamos de descobrir o que se passa com Caleb — Emily disse. — Quando o senhor estava falando sobre as cinco linguagens do amor, nós dois concordamos que a principal linguagem do amor de nosso filho é tempo de qualidade. Ao pensar nos últimos quatro ou cinco meses, percebemos que temos dado a ele um tempo de qualidade inferior ao que costumávamos oferecer. Quando eu estava trabalhando meio período, pegava Caleb na escola todos os as, e quase sempre fazíamos alguma atividade juntos no caminho de volta para casa. Resolvíamos algumas coisas, parávamos no parque ou tomávamos sorvete juntos. Ao chegar em casa, Caleb jogava um pouco no tablet. Depois do jantar, eu o ajudava nos deveres de casa ou via um filme com ele, principalmente nas noites em que Brad estava ausente. Tudo mudou desde que entrei no novo emprego, e percebi que tenho passado menos tempo com ele.
Olhei para Brad, que disse:
— Da minha parte, percebi que costumava levar Caleb aos jogos de futebol, mas, desde que parei de fazer isso, não substituí esse tempo com ele por nenhuma outra atividade. Realmente, não temos passado muito tempo juntos nos últimos meses. Preciso pensar em alguma forma de “estar com ele” mesmo quando viajo.
— Acho que vocês descobriram uma parte das verdadeiras necessidades emocionais de Caleb — eu lhes disse. — Se conseguirem suprir essa necessidade de amor que ele sente, penso que haverá grande chance de perceberem uma mudança em seu comportamento.
Sugeri algumas maneiras estratégicas de expressar amor por meio da linguagem do tempo de qualidade e pedi a Brad que separasse um período em sua agenda para passar com Caleb, mesmo a “longa distância”. Incentivei Emily a encontrar meios de realizar as mesmas atividades de antes com o menino. Ambos pareceram ansiosos para transformar aquela descoberta em ação.
— Talvez existam outros fatores envolvidos — prossegui —, mas, se derem a seu filho grandes doses de tempo de qualidade e misturá-las com as outras quatro linguagens do amor, acredito que verão uma mudança radical nas atitudes dele.
Despedimo-nos. Não ouvi mais falar de Emily e Brad e, para ser sincero, até os esqueci. Porém, cerca de dois anos depois, quando retornei a Wisconsin para outro seminário, eles se aproximaram de mim, relembrando-me nossa conversa. Estavam muito sorridentes. Depois de trocarmos abraços, eles me apresentaram alguns amigos que haviam convidado para o seminário.
— Falem-me sobre Caleb — eu disse.
Ambos sorriram e disseram:
— Ele está ótimo. Pensamos várias vezes em escrever ao senhor, mas não levamos a ideia adiante. Voltamos para casa e seguimos suas orientações. Estabelecemos o propósito de oferecer longos períodos de tempo de qualidade ao nosso filho nos meses seguintes. Depois de duas ou três semanas, vimos uma expressiva mudança em seu comportamento na escola. Aliás, a professora nos chamou novamente e ficamos preocupados. Mas dessa vez ela queria saber o que havíamos feito para provocar tal transformação em Caleb.
A professora contou-lhes que o comportamento negativo do menino havia cessado: ele não estava mais empurrando as outras crianças no refeitório para poder ficar perto dela e deixou de procurá-la durante a aula para fazer uma pergunta atrás da outra. Então, Emily explicou que, depois de assistirem ao seminário, ela e o marido passaram a falar a “linguagem do amor” de Caleb. E completou:
— Contamos à professora como começamos a dar grandes doses de tempo de qualidade ao nosso filho.
Aquele casal aprendeu a se expressar na linguagem do amor do filho. Aprendeu a dizer “eu te amo” de uma forma que Caleb pudesse entender. Essa história me incentivou a escrever este livro.
Falar a principal linguagem do amor de seu filho não significa que ele não se tornará rebelde mais tarde. Significa que ele saberá que você o ama, e isso fará que ele sinta segurança e esperança em sua companhia. O uso da linguagem do amor adequada pode ajudar você a educar seu filho, tornando-o um adulto responsável. O amor é o alicerce.
Na criação de filhos, tudo depende do relacionamento de amor entre pais e crianças. Nada dará certo se as necessidades de amor do garoto ou da menina não forem supridas. Somente a criança que se sente genuinamente amada e cuidada consegue manifestar o que há de melhor em si mesma. Você pode amar seu filho de verdade, mas, se não falar a linguagem que lhe transmita amor, ele não se sentirá amado.