Livro ‘A lei da bala, do boi e da Bíblia’ por Adriane Sanctis de Brito

Cultura democrática em crise na disputa por direitos. Em meio à erosão democrática, quatro pesquisadoras do LAUT analisam o discurso jurídico de grupos conservadores no Brasil, que usam estratégias como o “BBB” (bala, boi e Bíblia) para reinterpretar noções progressistas — direitos, laicidade e separação de poderes — de forma antipluralista, favorecendo agendas reacionárias. Temas como o Estatuto do Desarmamento, aborto e marco temporal ilustram como protagonistas de forças de segurança, ruralismo e campo religioso são apresentados como vítimas ou defensores do progresso, enquanto grupos progressistas são vistos como inimigos. Este segundo livro da coleção LAUT, com prefácio de Renáta Uitz, reflete sobre práticas autocráticas e oferece caminhos para fortalecer a resiliência constitucional.

Editora: ‎Tinta-da-China Brasil (6 dezembro 2024); Páginas: ‎277 páginas; ISBN: 978-6584835344; ASIN: B0DPRB4TFW

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Biografia do autor: Adriane Sanctis de Brito é associada ao Departamento de História de Harvard, codiretora do LAUT e autora de Seeking Capture, Resisting Seizure (Max Planck, 2023). Organizou, com Luciana Reis, o livro Direitas, radicalismos e as disputas pela linguagem de direitos no Brasil (2024). Luciana Silva Reis, professora da UFU e pesquisadora associada ao NDD-Cebrap, é cofundadora do LAUT. Organizou, com Adriane Sanctis, Direitas, radicalismos e as disputas pela linguagem de direitos no Brasil (2024). Mariana Celano de Souza Amaral, mestre em Sociologia pela USP e pesquisadora do LAUT, é coautora de O caminho da autocracia (2023). Ana Silva Rosa, doutoranda no Iesp-Uerj e pesquisadora do LAUT, foi visiting researcher no Afro-Latin American Research Institute de Harvard. Renáta Uitz, professora da Universidade de Londres e do Instituto da Democracia (CEU), é uma renomada voz no combate ao autoritarismo na Europa.

Resumo: O livro analisa como o discurso jurídico e político dos grupos da bala, do boi e da Bíblia no Brasil distorce noções constitucionais progressistas, como laicidade e garantia de direitos, para promover agendas conservadoras. As autoras exploram estratégias antidemocráticas e caminhos para resiliência constitucional.


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