Klaus Lehmann é o idealizador da Lehmann Private Security Agency, uma agência de segurança privada que atende a algumas das famílias de empresários mais ricos e influentes dos Estados Unidos. Apesar de atuar como CEO da empresa que fundou ao lado de seus irmãos e primos, Klaus odeia tal título. Em sua concepção, ele é uma peça importante dentro de toda a engrenagem, como todos os demais funcionários, e não superior, como a maioria das pessoas fazia parecer ao rotular alguém como CEO. Nicole Collins é a herdeira do Collins International, o banco fundado pelos seus tataravós e administrado com mãos de ferro por seu pai, Nicholas Collins, que sonha um dia confiar os negócios da família às mãos de sua brilhante filha mais velha, quando se aposentar. Além de herdeira, no entanto, Nicole também é o desejo proibido de Klaus e protagonista dos seus pensamentos mais eróticos…
ASIN: B0926VC9HD; Número de páginas: 307 páginas; Data da publicação: 9 abril 2021
Trecho do livro
Klaus Lehmann é o idealizador da Lehmann Private Security Agency, uma agência de segurança privada que atende a algumas das famílias de empresários mais ricos e influentes dos Estados Unidos. Apesar de atuar como CEO da empresa que fundou ao lado de seus irmãos e primos, Klaus odeia tal título. Em sua concepção, ele é uma peça importante dentro de toda a engrenagem, como todos os demais funcionários, e não superior, como a maioria das pessoas fazia parecer ao rotular alguém como CEO.
Nicole Collins é a herdeira do Collins International, o banco fundado pelos seus tataravós e administrado com mãos de ferro por seu pai, Nicholas Collins, que sonha um dia confiar os negócios da família às mãos de sua brilhante filha mais velha, quando se aposentar. Além de herdeira, no entanto, Nicole também é o desejo proibido de Klaus e protagonista dos seus pensamentos mais eróticos.
Klaus sabe muito bem que nada além uma relação profissional pode acontecer entre os dois. Ele é o chefe de segurança da família Collins, e misturar trabalho e prazer é algo que ele não pretende fazer sob nenhuma hipótese.
Até que uma noite em Los Angeles muda tudo.
O dever de Klaus é proteger Nicole de todos os perigos que o sobrenome de sua família pode suscitai; mas nenhum dos dois esperava que ele cumpriria seu dever enquanto a mantinha suada e satisfeita em sua cama.
Klaus é o primeiro livro da série Family Business, que contará a história dos integrantes da família Lelunaim.
Coloquei Hannah perfeitamente acomodada no banco de trás do meu SUV, depositando um beijo demorado em sua testa enquanto ela esfregava os olhos sonolentos. Ela bocejou, girando o rosto para o outro lado e deixando claro que não interromperia sua soneca da tarde só porque eu precisava trabalhar em pleno sábado e arrastá-la comigo.
Estar à frente dos negócios da família não era tão simples quanto meus irmãos e primos costumavam pensar, mas era algo que eu fazia com imensa satisfação. A agência de segurança privada foi uma ideia minha, e eu tive sorte o bastante de conseguir arrastar toda a família Lelunaim para embarcar comigo nessa loucura. Não foi uma tarefa fácil, é claro, porque convencer todos eles a se mudarem da Alemanha para os Estados Unidos, pareceu loucura, num primeiro momento, mas valeu muito a pena quando a empresa começou a crescer de forna contínua e novos funcionários se faziam sempre necessários.
Tirei o carro da minha vaga, colocando-o na pista e me dirigindo até o endereço mais que conhecido ao qual eu precisava ir. Meu celular tocou através do sistema Bluetooth do carro, interrompendo a playlist de canções de ninar de Hannah, e uma breve olhada no painel me mostrou de quem se tratava.
— Eu te liguei há quase uma hora — eu disse assim que atendi a chamada, fazendo com que minha voz saísse num tom falso de mau humor.
— E eu estou fazendo a gentileza de retornar. O que você quer? — Hans devolveu do outro lado da linha, e eu poderia jurar que escutei a voz da namorada dele ao fundo.
Reprimi a vontade de revirar os olhos, convencendo a mim mesmo de que toda minha implicância com relação à moça se devia aos meus instintos protetores de irmão mais velho. E eu tinha jurado a mim mesmo, e também ao meu irmão e irmã, que jamais me meteria na vida amorosa de nenhum dos dois. De novo.
— Não importa mais. Eu precisava de alguém pra tomar conta de Hannah ou ir até a casa dos Collins no meu lugar, mas agora já estou arrastando a pobrezinha comigo pro trabalho.
— Se você quiser, pode deixar Hannah comigo e Vanessa. Quanto a ir à casa dos Collins no seu lugar, eu prefiro levar uma injeção na testa e ter que pagar por ela. Você sabe que não me envolvo com aquela gente.
Meu irmão do meio nutria um certo asco por pessoas que possuíam dinheiro demais em suas contas bancárias, essa era a verdade, apesar de nem sempre ele ter se sentido assim. Houve um tempo em que ele planejou se casar com a filha e única herdeira de um empresário do ramo da comunicação, Julia Zane. Mas ela tinha outras coisas em mente.
— Nem todos os bilionários do mundo são como Carlisle e Julia Zane, Hans. Achei que tivéssemos deixado isso bem claro.
— E eu achei que tivéssemos deixado claro que Nicole Collins estava fora de cogitação. Mas, ao que parece, isso só está claro pra mim.
Soltei o ar pela boca, no que deveria ser um ruído de desdém.
— Te vejo segunda, Hans. — Então encerrei a chamada.
Mas… porra! Ele estava certo. Em partes, pelo menos. Eu sabia muito bem que não deveria fazer nada quanto à atração surreal que sentia por Nicole Collins. Sim, ela era linda, inteligente, sagaz, e eu sentia uma vontade absurda de correr minhas mãos por todo seu corpo curvilíneo e delicado, provando o gosto dos seus lábios rosados e de toda ela. Mas eu não podia. Por inúmeros motivos.
Havia os pontos principais, que consistiam em frequentemente eu precisar refrear esses instintos por causa de Hannah. Ser pai mudou minha perspectiva com relação a casos de uma noite só, porque entre a empresa e minha filha, restava pouco tempo livre para qualquer outra coisa. Relacionamentos a longo prazo também eram complicados, porque eu precisava ter certeza de que Hannah seria aceita e, aparentemente, amar a filha de uma estranha com o homem com quem você estava indo para a cama não era uma coisa fácil, natural ou atraente.
Como se nada disso bastasse, eu ainda precisava considerar o relacionamento profissional entre mim e Nicole. Se é que eu poderia chamar o que tínhamos de relacionamento. Nós nos víamos esporadicamente, na empresa ou na casa da família dela, ela era educada, como seria com qualquer outro ser que respira e pode se comunicar através de palavras ou língua de sinais, e então… nada. Enquanto eu precisava lutar contra minhas urgências e me valer da minha máscara de indiferença, eu duvidava muito de que a senhorita Collins ao menos soubesse meu primeiro nome.
Para eles eu era apenas Lehmann, mesmo que outros cinco membros da minha família, com esse mesmo sobrenome, trabalhassem na agência em cargos de suma importância. Para Nicole Collins eu era Lelunann, o chefe de segurança de sua família, quem fornecia os meios de mantê-los protegidos de quaisquer atentados comuns a tuna família que valia bilhões de dólares.
Eu sabia que um envolvimento entre mim e Nicole Collins era impossível, o que não impedia que ela aparecesse frequentemente nas minhas fantasias noturnas, com os olhos azuis brilhando de excitação e os cabelos loiros esparramados sobre os meus travesseiros.
— Nós fizemos o update de todo o sistema de segurança e também trocamos as câmeras externas, como o Sr. Collins solicitou — expliquei a Katherine Collins, que ficou responsável por me receber para que eu pudesse supervisionar os ajustes trimestrais que o sistema de segurança da casa de sua família requeria. Para a minha sorte, sua filha mais velha, Nicole, não estava por perto, e eu jamais me atreveria a perguntar seu paradeiro. — Três novas câmeras rotativas foram instaladas do lado de fora, e o tempo de armazenamento na memória interna foi acrescido. Qualquer tentativa de manipulação nas câmeras ativa um alarme silencioso e dois seguranças vão estar com vocês em questão de minutos, caso aconteça.
— Obrigada, Lehmann — ela agradeceu, o rosto moldando um sorriso bonito e afável que deixava claro de onde Nicole herdara beleza e amabilidade, apesar de fisicamente existirem diferenças entre elas. Os cabelos loiros e brilhantes eram os mesmos nas duas, mas Katherine Collins exibia um lindo par de olhos castanhos e gentis, diferentes dos azuis vibrantes que Nicole certamente herdara do pai. — Às vezes eu me esqueço de toda essa segurança nos cercando. E te digo isso como um elogio. Você executa um ótimo trabalhado para não fazer tudo isso parecer uma prisão.
— Não há nada pelo que agradecer, Sra. Collins. — Eu devolvi o sorriso, com um movimento de cabeça. — Agora, se me der licença, eu preciso buscar Hannah na cozinha. A senhora quer guiar o caminho?
— Claro, acompanho você — ela assentiu, caminhando pelos corredores, comigo ao seu encalço. — Hannah está crescendo tanto. É um piscar de olhos, Lehmann. Ontem Nicole era do tamanho de Hannah, correndo pelos corredores. Hoje, já é uma mulher de negócios. Com Nate e Natalie na faculdade… a casa ficou vazia muito rápido.
Eu gostaria de dizer a ela que era impossível o fato de Nicole e Hannah serem do mesmo tamanho “até ontem”. Eu me encarregava da segurança da família Collins há pouco mais de um ano, e desde que meus olhos encontraram Nicole pela primeira vez, eu vi uma mulher atraente que provavelmente pareceria linda esparramada sobre lençóis de seda, ou mesmo sendo prensada contra meu corpo e a primeira superfície plana que eu visse pela frente.
— Sei o que quer dizer — escolhi responder. — Parece que foi ontem que peguei Hannah nos braços pela primeira vez, e apesar de ainda a enxergar como um bebê, sei que ela está crescendo… — admiti, meio a contragosto.
Hannah estava caminhando para os seis anos de idade, e eu ainda conseguia me lembrar do tempo em que ela não sabia uma única palavra e se locomovia pela casa apoiada em ambas as mãos e nos joelhos.
Quando chegamos à cozinha, a ausência de Hannah foi notável no mesmo instante. Ainda assim, a senhora Collins e eu relanceamos o olhar pelo ambiente espaçoso, e meus olhos pescaram o prato vazio que antes continha um pedaço de bolo chocolate, servido a Hannah assim que chegamos.
— Bertha? — a senhora Collins chamou, e a cozinheira aparentemente na casa dos cinquenta anos se virou para fitá-la. — Onde está Hannah?
— Ela disse algo sobre ver as sereias na piscina — a mulher respondeu. — Como Nicole e Amber estão lá, não achei que fosse um problema.
Nicole.
Claro que minha fascinação por ela não poderia ser algo exclusivo, e minha filha também precisava compartilhar o sentimento. Sereia? Eu não poderia concordar e me preocupar mais.
A senhora Collins acenou para Bertha, me convidando a segui-la com um gesto de cabeça, e eu obedeci. Esperava mesmo que Nicole e Amber estivessem na piscina, caso contrário, isso significaria que Hannah estava lá sozinha, e apesar de ela ser responsável e obediente em 95% das vezes… bem, ela ainda era tuna criança de pouco mais de cinco anos.
— Hannah? — eu chamei no instante em que vislumbrei o corpinho pequeno à beira da piscina, perto demais para sua segurança, se não fosse o fato de Nicole e Amber estarem com os braços apoiados à borda, dando atenção à minha garotinha.
Ela se virou para me encarar, abrindo o sorriso mais lindo do mundo inteiro.
— Tô aqui, papai.
Eu me apressei em sua direção, e ela fez o mesmo. Eu sabia que ela não estava perdida e, logicamente, sabia que não estava correndo perigo, ainda assim, meu peito se encheu de alívio ao ver seus cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo balançarem enquanto ela corria até mim e seus bracinhos circundavam minhas pernas.
Eu a peguei nos braços, meu polegar acariciando sua bochecha macia.
— Você me assustou. O que nós conversamos sobre não sair sem avisar?
— Mas eu avisei a Bertha, papai — respondeu, as mãozinhas brincando com os pelos da minha barba.
— Eu sei, mas fico preocupado se não te encontro no lugar onde você deveria estar, entende?
Ela anuiu com um movimento de cabeça.
— Sim. Mas foi bem rapidinho. — Hannah diminuiu o tom de voz. — Eu só queria ver as moças bonitas na piscina. — Então seus olhos foram parar em Nicole, e eu me impedi de imitar o gesto, apertando-a um pouco mais em meu abraço.
A visão de Nicole Collins usando nada além de um biquíni não podia ser nada saudável para mim, de modo que me virei para a mãe dela, em vez de encará-la.
— Sinto muito por isso, senhora Collins. Hannah passa um pouco dos limites, às vezes, mas eu prometo que não vai mais acontecer. A babá dela ligou avisando que estava doente em cima da hora, e não consegui ninguém pra ficar com ela ou…
— Não tem problema, Lehmann — ela me interrompeu, em seu tom compreensivo e conciliador. — Hannah é sempre bem-vinda. …