Livro ‘Você Acredita Mesmo em Segunda Chance?’ por Fabi Santina

Você Acredita Mesmo em Segunda Chance? Reflita sobre escolhas por amor e amor-próprio após o fim de relacionamentos. Fabi Santina aprende que valorizar-se é essencial para a verdadeira felicidade.

Você já parou para refletir sobre as escolhas extremas que fazemos por amor e aquelas que deixamos de fazer em prol do nosso amor-próprio? O fim de um relacionamento muitas vezes nos oferece uma nova oportunidade: a chance de nos conhecermos melhor, entender nossos sentimentos e buscar os sonhos que podem ter sido postergados para viver os sonhos do outro. É uma oportunidade não só para encontrar um novo amor, mas também para reavivar um antigo com maturidade, evitando os erros do passado. No livro, Fabi Santina percebe que seu amor pelo ex não desapareceu como talvez desejasse, mas descobre que o amor-próprio que estava cultivando era ainda mais importante. Ela não estava disposta a comprometer seu bem-estar e felicidade por ninguém, por mais que os amasse. Afinal, ninguém deve carregar o peso da felicidade alheia – é uma jornada pessoal e intransferível. E você, acredita verdadeiramente em segundas chances?

Editora: Outro Planeta (30 novembro 2020); Páginas: 224 páginas; ISBN-10: 6555352051; ISBN-13: 978-6555352054; ASIM: B08L5LRS5K

Clique na imagem para ler o livro

Sobre o autor: Fabi Santina, aos 27 anos, é uma influenciadora digital, publicitária e escritora aclamada. Com mais de 3,2 milhões de seguidores em suas redes sociais, ela compartilha sua vida online abordando temas como viagens, relacionamentos, moda, beleza e amor-próprio. Após o sucesso do best-seller “Você Acredita Mesmo em Amor à Primeira Vista?”, Fabi descobriu sua paixão pela escrita, enfatizando a importância de acreditar – seja no amor, em segundas chances ou em si mesmo. Instagram @fabisantina

Dedico este livro a todos que apostaram suas fichas em mim e leram meu primeiro livro, fazendo com que eu me tornasse uma autora best-seller. De verdade, obrigada.

Foi uma das maiores conquistas da minha vida.

Uma que eu nem imaginava ser possível.

Nota da autora:
As histórias narradas neste livro são verdadeiras e, por esse motivo, os nomes de algumas das pessoas envolvidas foram substituídos para manter preservada a intimidade de cada um.

PREFÁCIO

Quando recebi a oportunidade de escrever o prefácio desta obra, eu não sabia nem por onde começar, pra ser sincero. Achei uma responsabilidade imensa! É muito gratificante quando uma pessoa que você conhece e admira escreve um livro. E ainda mais gostoso quando você vê os feedbacks das pessoas que o leram. Eu já ouvi coisas do tipo:

“Que livro maravilhoso!”

“Nossa, se eu soubesse que ler um livro era tão gostoso, teria lido antes!”

“Surreal como me identifiquei com essa história! Eu ri, xinguei, senti raiva, chorei de amor e de alegria!”

“Que livro foi esse, pelo amor de Deus? PERFEITO!”

“Nossa, devorei o livro em algumas horas! Estou indo dormir com os olhos inchados de tanto chorar.”

São algumas das mensagens que leio até hoje sobre o livro que antecede a este. O mais gostoso de tudo isso é quando você tem um carinho imenso pela escritora. Quando você sabe quanto ela se dedicou para escrever capítulo por capítulo, nos mínimos detalhes e com um cuidado enorme.

Nós até chegamos a viver dias mais distantes, eu diria, tamanho envolvimento com a história, porque, quando ela estava escrevendo um capítulo mais “tenso”, as emoções voltavam à tona e, sim, ela não queria nem conversar comigo naquele dia… pelo contrário, quase rolavam umas brigas!

Imagine poder ver de perto toda essa dedicação e cuidado na escolha de cada palavra, para deixar do jeitinho que ela queria, para fazer com que você, que está prestes a iniciar esta leitura, sinta, imagine e pense o mais próximo possível do que ela mesma sentiu, viu e pensou no momento exato em que viveu tudo que está escrito aqui.

Sem dúvida, eu só tenho a agradecer por tudo que passamos juntos até hoje. Essa menina que eu conheci, hoje uma mulher, é muito dedicada em tudo que faz.

Se você resolveu comprar este livro ou ganhou de presente, parabéns! Além de uma história muito bem escrita te aguardar, tem um ponto principal que você pode levar como exemplo para a sua vida. Tenho certeza de que em algum momento você vai comemorar com algum personagem e vai sorrir durante a leitura. Sei que terá uma expressão do tipo: “Uau! Como assim?”, e também vai falar para aquele personagem: “Bem feito! T000maaa! Isso aí, Fabiana!”.

Sei que você vai sentir todas essas emoções porque eu tive o privilégio de ler este livro antes de ele ser publicado. E, para ser sincero, eu quase pensei em “embargar” (não autorizar) essa obra. Agora você deve estar se perguntando: “Mas por que você chegou a pensar isso?”. Parece contraditório, né?

Tem só uma maneira de você entender… Tenha uma ótima leitura!

Aproveite, divirta-se e faça desta leitura um momento gostoso do seu dia!

Um abraço daquele personagem que despertou algum tipo de sensação, boa ou ruim, em você durante o primeiro livro… Ele mesmo, ou melhor, eu mesmo: Leandro Munhós. Hoje, fico mais tranquilo de me apresentar aqui pra você, mesmo porque estamos no segundo livro. Talvez no primeiro pudesse ter sido muito arriscado, mas sempre procuro manter essa distância segura por precaução, você aqui lendo o livro e eu provavelmente em casa, em segurança.

PRÓLOGO

Mas que afetam… ah se afetam!

Do que você está falando, Fabiana?

Oras, das redes sociais, da internet, da interação com as pessoas de todos os lugares e de lugar nenhum a todo momento. Sou do tempo em que não existiam computadores e, de repente, eles passaram a existir. Não existia internet, e logo ela também começou a existir — cara, de dificil acesso, discada e tudo mais. Até que ela ficou mais rápida e “todos” passaram a ter acesso a ela. Depois vieram os celulares, as redes sociais, os aplicativos, e de repente me vi no meio de tudo isso. E quando digo no meio de tudo isso, quero dizer no meio mesmo, pois eu trabalho com internet, com redes sociais. Como fui parar aí? Pois é, longa história… Tá, não é tão longa assim.

Minha irmã Nina, que é um ano mais nova do que eu, sempre foi apaixonada por maquiagem. Vaidosa, amava passar batom vermelho desde pequena. Depois, ela foi aprendendo a usar cada vez mais produtos e a testar coisas novas. Aí veio a internet, com vídeos e textos sobre novos produtos, como usá-los, e por aí vai. Se você é da nova geração, isso tudo pode parecer bizarro, mas é sério. Não existia a infinidade de conteúdo que existe disponível hoje e nem era fácil de pesquisar.

Fabiana, já está sofrendo com crise de idade? Tudo bem que você já começou a fazer botox, mas pera lá, o espírito jovem é o que conta!

Quando fiz meu intercâmbio na Austrália, eu tinha apenas dezesseis anos, e ela, quinze. Tínhamos uma amizade muito forte, éramos muito próximas, e, com a minha ausência em casa e o tempo livre depois da escola, ela começou a se aventurar fazendo vídeos de automaquiagem no YouTube. Tudo em segredo, acho que daí surgiu seu nome “artístico”, Niina Secrets, que perdura até hoje. Eu mesma não sabia na época, ela fez escondido, porque era muito tímida e morria de vergonha dos amigos e de todo mundo. Quando pequena, ela era tão tímida que, se precisava falar alguma coisa na escola, tinham que me chamar na sala de aula para ela falar pra mim o que queria, pois ela não falava com mais ninguém.

Quando eu voltei pra casa, seis meses depois, por acidente descobri que ela estava publicando vídeos de maquiagem e, apesar da timidez, estava se saindo superbem! Não contei que eu havia descoberto logo de cara, fiquei com medo de ela ficar brava, se afastar ou quem sabe até parar de fazer os vídeos. Mas com jeitinho eu falei que tinha visto um vídeo dela, que tinha gostado bastante e que eu poderia ajudá-la com a edição, pois na Austrália eu havia aprendido a mexer um pouco em um programa de edição de vídeo, o que para a época era muita coisa.

Então, meu primeiro envolvimento “trabalhando” com a internet foi assim, ajudando a minha irmã na edição de seus vídeos, e aos poucos ela foi perdendo a timidez e gravando com mais frequência e confiança. Na época, o YouTube não era como é hoje, acho que já falei isso, mas é importante deixar claro que não existia a quantidade de vídeos que existem hoje, as produções não eram de superqualidade, ninguém se preocupava tanto com câmera, luz, edição e cenário. As pessoas apenas faziam e as outras assistiam e interagiam. Então, a Nina começou a mostrar mais da sua vida pessoal, da nossa família e me chamava para participar de uns vídeos de vez em quando por pura brincadeira, pois era o que considerávamos na época: brincadeira.

Decidi, então, criar um blog chamado Crie Moda. No primeiro momento para falar sobre moda, mas depois comecei a falar sobre tudo. Sempre fui melhor com palavras escritas (ou digitadas) do que faladas. O blog cresceu muito rápido, até me assustei com a quantidade de visitas que a página tinha logo no começo. Hoje, infelizmente, as pessoas não leem mais o quanto liam na época, ou não têm mais tempo, porque os vídeos tomaram conta. O meu blog ainda existe, na verdade virou um site e mudou de nome, hoje tem o meu nome, Fabi Santina. Mas não tem mais textos e textos, é apenas um espaço meu, onde replico o conteúdo das minhas outras redes.

Com o blog em crescimento e algumas aparições no canal da minha irmã, o público dela — que devia ser cerca de cem mil seguidores, o que já era muito para a época, algo que nós não conseguíamos mensurar — começou a pedir que eu criasse meu próprio canal e gravasse vídeos também. Mas eu? Sobre o quê? Nunca fui superapaixonada por maquiagem. Até os catorze anos, nem gostava de pintar as unhas. Claro que eu já estava melhorando nesse quesito, um pouco por conta da adolescência e muito por ajuda da minha irmã. Mas, ainda assim, do que eu falaria?

Quando finalmente criei a coragem, se é assim que posso expressar o que eu sentia na época, de criar meu canal no YouTube (Fabi Santina), eu já estava na faculdade de Publicidade. Fiz por brincadeira, e meu primeiro vídeo ficou… como posso dizer? UM DESASTRE! Que exagero, Fabiana. Tá, não é tão ruim assim, mas eu estava supertímida, megatravada na frente da câmera e da minha irmã, que me ajudou a gravar. Foi tão difícil que a Nina pegou todos os meus erros de gravação, que foram muitos, e fez um vídeo só disso para o canal dela. Como é bom rir da cara dos outros, né?

Enfim, com o tempo eu fui pegando o jeito. E não muito tempo depois, isso virou um trabalho para nós duas, o que foi uma surpresa. Hoje, muitas pessoas querem ou sonham se tornar youtuber, blogueira ou digital influencer (atualmente existem tantos nomes) para ganhar dinheiro com a internet; naquela época — sim, eu falo “naquela época” porque isso foi entre 2012 e 2013 —, não se sabia que era possível ser remunerado por isso, e muito menos imaginávamos que o que fazíamos viraria uma profissão, a nossa profissão.

Tá, tá, tá. Mas por que eu estou contando tudo isso para você, caro leitor? Afinal, este livro não fala sobre carreira, profissão, tecnologia ou coisas do tipo, este livro fala sobre amor, um amor que existiu, que foi forte, que foi lindo, mas que se desgastou, machucou e acabou. Tá, sinceramente não acabou, no fundo eu ainda sentia o amor, com mais um mix de outros sentimentos bem diferentes, mas o relacionamento, sim, tinha acabado, e pelo que parecia era definitivo.

Eu já havia passado pela fase do choro, do fundo do poço, da sensação de fim do mundo, e já havia superado, tinha conseguido enxergar a luz no fim do túnel e corri até ela. Não estava i00% recuperada do fim do relacionamento, claro que não, isso não é uma coisa fácil de superar. Mas eu já estava bem, pelo menos ao meu ver, em poucos dias havia parado de chorar e decidido seguir com a minha vida.

Mas é aí que entra o “porém”. Como eu trabalhava com internet, expunha muito da minha vida pessoal nos vídeos e fotos que publicava. Ou seja, meu público, que pode até ser você que está lendo este livro agora, sabia da existência do meu namorado. Corrige isso, Fabiana, naquele momento era ex-namorado. Sim, todo mundo que me acompanhava na época conhecia o Leandro, sabia quem ele era e sabia do nosso relacionamento, ou pelo menos do lado bonito que eu expunha do relacionamento. Não estou dizendo aqui que eu sou falsa nas redes sociais, só para deixar claro; assim como a maioria das pessoas, eu só mostrava as coisas boas e bonitas da minha vida. Hoje em dia mostro mais que isso, tento mostrar o mais real possível, mas no fundo, no fundo, ninguém sabe o que realmente se passa na vida, na mente e no coração do outro.

Dias depois do término, houve uma conversa para resolver “pendências”, no primeiro livro contei sobre esse dia em detalhes, me dá nervoso só de lembrar. Naquele dia, ele me perguntou: “Eu sei que você pediu para não mudar nada nas redes sociais por conta do seu trabalho e tudo mais. Mas até quando nós vamos prolongar essa mentira?”. Meu sangue ferveu, e ferveu muito. Na hora eu só conseguia sentir a raiva passando pelas minhas veias, então eu disse: “Pode tirar tudo das suas redes sociais. Foto, status, tudo. MAS TIRA HOJE!”. Resolvemos mais algumas questões, e ele foi embora da minha casa. Só haviam se passado cinco dias desde que tínhamos terminado, eu ainda estava processando as coisas, mas sou taurina (sim, eu gosto de assuntos de signos), e não gosto de deixar barato. Ele conseguiu me irritar, me tirar do eixo, e eu queria deixar claro para ele que eu falava sério. Então, talvez sem pensar nas consequências, peguei meu celular e apaguei todas as nossas fotos de casal do meu Instagram, tirei do ar os vídeos dos quais ele participava e mudei meu status de “namorando” para oculto. PRONTO! Agora era oficial. Ele demorou quase um mês para fazer o mesmo, o que me deixou ainda mais revoltada, porque a minha palavra tinha sido verdadeira.

Eu só não previ que meus seguidores seriam tão rápidos em desconfiar que nós havíamos terminado com o simples fato de algumas fotos do Instagram terem sido deletadas.

Claro que eu sabia que uma hora isso ia acontecer, só não pensei que seria tão rápido, quase instantâneo, e eu ainda não estava preparada para reagir a isso pela primeira vez na minha vida. Se já era difícil explicar a situação para mim mesma, para minha família e meus amigos, imagina para os meus fãs, que só sabiam o lado florido da realidade que eu estava vivendo nos últimos meses? Até hoje eu tenho vídeos daquela época, enquanto ainda namorava, mas já vivia à beira do precipício, e nesses vídeos você não percebe que algo está acontecendo, que eu não estava realmente feliz e que meu namoro, na verdade, estava por um fio. Como eu já disse e repito, eu não estava sendo falsa, eu só estava mostrando a minha melhor versão, o melhor da minha vida e o que eu queria acreditar que ela era.

Eu tinha vinte anos e vivia o primeiro grande amor e a primeira desilusão amorosa. Claramente, um desastre eminente e pouca noção de que caminho seguir. Hoje eu vejo que era nova demais, insegura demais; por outro lado, hoje eu enxergo que passar por tudo isso me tornou mais forte.

Em poucos dias, os únicos comentários que existiam nas minhas redes eram: “Você e o Leandro terminaram?”, “Não está mais namorando?”, “Por que deletou as fotos do namorado?” e coisas do gênero. Como reagir? Responder? Não responder? Fingir que nada aconteceu? Sumir? Eu realmente não sabia qual era a melhor opção, não existe um manual de como agir nessas situações, mas eu tinha que fazer alguma coisa. Então decidi gravar um vídeo breve, rápido, falando sobre três assuntos:

  1. Por que eu andava sumida das redes. E expliquei que tinha me dedicado a trabalhos e estudos da faculdade, por isso havia conseguido antecipar as minhas férias, o que não era mentira, mas também não era i00% verdade. Eu também estava lidando com meus fantasmas internos, mesmo antes de terminar, e, depois disso, não conseguiria simplesmente gravar algo sem deixar transparecer o inferno que eu estava vivendo nos últimos tempos.
  2. Eu estava solteira, sim. Contei às pessoas que o motivo de eu ter apagado as fotos com o namorado era realmente porque nós havíamos terminado o relacionamento. Disse que não entraria em detalhes nem daria explicações, pois era algo pessoal, porém queria deixar claro que havíamos terminado.
  3. Viagem para Nova York. Contei que eu e a minha irmã Nina iríamos para NY comemorar nosso aniversário, falei que nós duas íamos vlogar (fazer vídeos da viagem) e que eu estava indo naquele mesmo dia em que o vídeo estava sendo publicado.
  4. E foi assim que eu resolvi essa questão da era moderna do fim do relacionamento x exposição na internet. Ou pelo menos achei que tivesse resolvido, mas nada é fácil como a gente gostaria que fosse. Fui ingênua? Claro que fui, achei que um vídeo com poucas informações e frases diretas fosse suficiente para resolver tudo, mas mais pra frente eu iria perceber que o meu problema na internet estava só começando…

Tags: ,