Livro ‘Ricos Indecentes de Amor’ por Laurelin Paige

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A conclusão da história best-seller Ricos Indecentes da USA Today. Descobri o segredo de Donovan Kincaid. É indecente, obsceno e rico ― tão indecente e obsceno quanto ele ― e me assombra tanto quanto ele sempre me assombrou. Mesmo depois de saber o que sei agora, ainda quero conversar com ele, encostar nele. Mas há um oceano entre nós, e não sei se pode ser atravessado com algo tão fácil quanto uma ligação ou uma viagem de avião. Mesmo assim, estou disposta a tentar. Ele ainda não sabe, mas, desta vez, sou eu que detenho o poder. E talvez, apenas talvez, se tudo fosse esclarecido e nossos segredos fossem conversados, ainda haveria uma chance para nós. E esta coisa indecente e obscena entre nós pode acabar sendo amor, no fim das contas.

Editora: AllBook; 1ª Edição (30 junho 2020); Páginas: 244 páginas; ISBN-10: 658662407X; ISBN-13: 978-6586624076

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Biografia do autor: Laurelin Paige é autora best-seller do The New York Times e do USA Today da Trilogia Fixa. Ela adora um bom romance e fica tonta sempre que há beijos, para constrangimento de suas três filhas.

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Prólogo

Levei o copo de uísque aos lábios, dando outro gole enquanto a música Frou Frou, no Spotify do celular, recomeçava a tocar. Quantas vezes se podia ouvir uma música? Se houvesse um limite, eu estava me aproximando do meu.

Pressionei a face na janela de meu quarto e observei a rua solitária abaixo. O vidro estava frio em minha pele, um grande contraste com o líquido queimando em meu peito. O inverno tinha acabado de chegar em tempo para o feriado de Ação de Graças. As poucas pessoas na rua até tão tarde estavam empacotadas com luvas, cachecóis e gorros puxados até as orelhas.

Eu ainda não tinha roupa de inverno suficiente. Não havia necessidade de luvas quentes em LA, e eu só estava em Nova York desde setembro. Minha irmã já havia me dado urna bronca por isso quando chegara mais cedo naquela noite, e uma ida às compras estava na agenda do dia seguinte.

Logo, meu guarda-roupa seria renovado. Audrey se certificaria disso. Em certa noite, ela já tinha arrumado os móveis de minha sala e organizado o resto dos porta-retratos e enfeites que eu não me incomodara em desempacotar.

Se ao menos ela pudesse consertar meu interior com tanta facilidade como fazia com a parte de fora…

Não, eu que precisava consertar essa confusão.

Refleti sobre a conversa que tivera com Audrey antes de ela ir dormir em meu quarto de hóspedes.

— Vai prestar queixas? — ela tinha perguntado.

— Não quero prestar queixas. — Eu queria explicações. Queria teorias confirmadas. Não queria mais distancia entre nós.
Não queria nenhuma distância.

Ela havia sorrido como se entendesse, e porque era minha innã, talvez entendesse, sem que eu precise explicar.

— Então vá para a França. Faça-o te contar o que está havendo.

— Ele também não merece isso. Pode fugir o quanto quiser. Não vou atrás. Tenho mais respeito por mim mesma para fazer isso.

— Que bom. Também te respeito. — Ela deu risada. — Provavehnente, não é a melhor ideia ir atrás de alguém que, obviamente, estava te perseguindo por dez anos, de qualquer forma.

— Provavelmente, não. — Embora eu não estivesse muito preocupada com ele. Sim, ele era perigoso. Perigoso para mim. Mas não me faria mal. Não desse jeito. Não o tipo de mal que alguém conseguiria enxergar.

— Vai saber o que fazer — ela dissera no fim. — Sempre sabe.

Eu já sabia o que tinha que fazer. Só… precisava ser ousada o bastante para fazer.

Outro gole de uísque. A antiga música tocou inteira de novo.

Desta vez, quando a pausa silenciosa acabou, soltei meu copo e peguei o celular. Desliguei a música, abri meus contatos e apenas estremeci um pouco quando encontrei seu nome.

Tinham se passado duas semanas. Eu não precisava fazer isso agora. Mas era melhor ser agora.

Apertei o botão ligar e aguardei.

Tocou urna vez. Duas. Ali, já tinha passado da meia-noite. Ele estaria acabando de acordar. Outro toque. Será que estava sozinho? Mais um toque.

Então sua voz.

Correio de voz, na verdade. Não esperara exatamente que ele atendesse, e era mais fácil deixar uma mensagem.

Mesmo assim, de alguma forma, era decepcionante. Como se uma pequena parte de mim tivesse esperança de que ele visse meu nome e corresse para ouvir minha voz. Será que eu não me apressaria para atender se fosse ele ligando?

Talvez não.

Provavelmente não.

O bipe soou e me pegou de surpresa. Mas eu já estava preparada para o que ia falar.

— Donovan. Sou eu. Sei sobre o arquivo que tem sobre mim. Precisamos conversar.


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