Buda dançando numa boate é um livro para ajudar você a perceber que a espiritualidade de que todos nós precisamos está em tudo – e não só em uma meditação aos pés do Himalaia. Aqui você vai aprender a olhar o mundo e os acontecimentos sob uma perspectiva leve e bem-humorada que vai fazer com que você coloque em marcha as mudanças que deseja – sejam elas grandes ou pequenas. Para que a sua vontade de mudar não se perca quando… a vida acontecer. Viva simples, ame grande, e confie que o resto vem.
Capa comum: 192 páginas Editora: Buzz Editora (1 de julho de 2019) Idioma: Português ISBN-10: 6580435011 ISBN-13: 978-6580435012 Dimensões do produto: 16,6 x 11,8 x 1,2 cm
Leia trecho do livro
é o fim do mundo, meu filho!
O que tem de errado se o Buda
estiver dançando numa boate?
OSHO
Na televisão, notícia de tiroteio em algum lugar do interior dos Estados Unidos. O sujeito entra numa escola, sai dando tiro para todo lado sem motivo aparente e, ao final, se mata.
Do canto da sala a sua mãe diz: “no meu tempo não existia isso”. Já a avó murmura, balançando a cabeça: “o mundo está acabando mesmo…”
Quem nunca ouviu essa frase da avó, do tio, da mãe? E cá entre nós, se você já passou dos 25, talvez até mesmo tenha observado um belo dia, com um pequeno choque, a mesma frase pulando para fora da sua própria boca sem você sentir…e talvez tenha sido neste dia que você se deu conta de que estava ficando velho adulto.
Apesar dos crimes malucos, tsunamis, terremotos, terrorismo, Trump presidente, corrupção, vamos começar esse livro com uma boa notícia: não, não é o fim do mundo.
Mas é, sim, o recomeço do mundo. O mundo que nós conhecemos está mudando e, cá entre nós, já não era sem tempo.
Estamos saindo de uma época esquisita – a tal “Era de Peixes” – em que a gente precisava de intermediários para tudo.
Para chegar a Deus (aquele senhor barbudo sentado num trono em cima de uma nuvem), por exemplo, precisávamos passar pelo padre, o cardeal, o bispo, o Papa, um monte de anjos e santos, como se Deus fosse um tipo de popstar cheio de groupies e seguranças o tempo todo o protegendo…da gente!
Para chegar no Conhecimento, ou aprender qualquer coisa, a gente precisava ir à escola, faculdade, fazer pós-graduação, mestrado e doutorado.
Assim como acontece com os peixes, tudo era feito em “cardume”. Nosso sistema educacional era focado na homogeneização das crianças: todas usando o mesmo uniforme, estudando as mesmas coisas – independente
das suas aptidões, talentos e sonhos – cantando o hino nacional enquanto a bandeira era hasteada toda segunda-feira de manhã.
Até para rezar tínhamos que usar palavras decoradas, e falar com Deus como se estivéssemos falando com o nosso tataravô em um outro século, cheios de temor, pompa e um linguajar rebuscado e rococó…
Não é que já estejamos totalmente na tal Era de Aquário, onde vale a interdependência, onde cada um acessa o que quiser – seja Deus, o Conhecimento ou o que for –, como quiser, a sua própria maneira.
Estamos exatamente no momento da transição.
Meu filho ainda vai a uma escola tradicional (mas já pode escolher a cor da camiseta do uniforme, dependendo do humor do dia, e também pode usar a bermuda que quiser). Ele é obrigado a estudar matemática sem gostar muito, mas também toca ukulele desde os seis anos.
Pode ser que um dia, em apuros, ele reze dizendo “pô, Papai do Céu, quebra essa pra mim!”.