SEGUNDO VOLUME DA DUOLOGIA "A DAMA MAIS...". A dama mais apaixonada é uma história contada em três partes, repleta de diálogos espirituosos, conspirações e romances improváveis. “Leitura obrigatória para fãs de romances de época.” – Kirkus Reviews “Rico em inteligência e romantismo, A dama mais apaixonada é um livro inestimável.” – Booklist Três estrelas do Romance de Época se unem para transportar você a um mundo de tentação, paixão e amores inesperados. Quando os sobrinhos do proprietário de terras escocês Taran Ferguson se recusam a se casar para dar continuidade à linhagem da família...
Capa comum: 288 páginas Editora: Editora Arqueiro; Edição: 1 (9 de setembro de 2019) Idioma: Português ISBN-10: 8530600215 ISBN-13: 978-8530600211 Dimensões do produto: 23 x 1,8 x 16 cm Peso de envio: 390 g
Leia trecho do livro
… Paul. Ele talvez não arremesse troncos, mas basta lhe dar uma tesoura e é capaz de fatiar uma vespa em pleno voo. Nos dias de hoje, isso é o equivalente a matar dragões.
— J.Q.
… Alessandro, porque nos conhecemos em um encontro às cegas, e, embora não tenha sido em um castelo na Escócia, pode-se argumentar que nossos personagens se encontraram em uma situação igualmente feliz.
— E.J.
… o bom Dr. Brockway, a quem perdoo por não ter engordado um quilo sequer desde o dia em que nos casamos. E essa é a maior prova de amor que uma mulher pode dar.
— C.B.
PRÓLOGO
Alguns diziam que a lendária tempestade de 1819, que veio do norte com grande alarido, trouxe a loucura em sua esteira. Outros, que a única loucura vista naquela noite nasceu em uma garrafa de uísque contrabandeada. E havia ainda os que alegavam que a magia se adiantou à neve, varrendo os corredores do castelo Finovair e provocando ares de grandeza em seu proprietário…
Ou algo assim.
O que se sabe com certeza é que era um dia frio de dezembro quando Taran Ferguson levou os homens de seu clã até o cume de uma colina, de onde podiam ver o castelo Bellemere cintilando como uma joia na noite escura das Terras Altas. Como seus homens contaram mais tarde, o vento soprou o tartã xadrez que cobria os ombros de Taran, enquanto ele forçava seu magnífico corcel a empinar e logo retornar à posição inicial.
Ele quase se desequilibrou da montaria, verdade seja dita, mas isso foi parte do milagre: mesmo tendo bebido uma garrafa de uísque, Taran permaneceu em cima da sela.
— Esta noite, temos diante de nós uma tarefa sagrada e gloriosa — bradou ele. —Nossa causa é justa, nosso propósito é nobre! Lá embaixo está o conde de Maycott… o conde inglês de Maycott!
Os homens responderam com brados. E talvez um ou dois arrotos.
— O conde fica lá, sentado entre suas taças de ouro e sua porcelana elegante — continuou Taran, falando com pompa —, chamando as famílias mais elegantes das Terras Altas para irem comer e dançar com ele, na expectativa de cair em nossas graças.
Os homens de seu clã o encararam, carrancudos: nenhum deles, incluindo Taran, havia sido convidado ao castelo do conde. Não que desejassem, ou pelo menos era o que diziam a si mesmos.
— Mas nenhum intruso inglês vai seduzir uma moça escocesa enquanto eu estiver no comando — gritou Taran. — A Escócia é para os escoceses!
Houve outro brado de aprovação dos homens.
— Vocês sabem muito bem que venho lançando sementes por aí desde que minha querida esposa faleceu, cerca de vinte anos atrás — continuou Taran. — Mas, lamentavelmente, vocês também sabem que nenhuma delas deu frutos, já que é necessário um campo muito fértil para nutrir uma semente tão poderosa quanto a de um Ferguson. — Taran teve o bom senso de não reparar em como aquela declaração foi recebida. — Minha linhagem está ameaçada de extinção. Extinção! E para onde, eu lhes pergunto, para onde vocês irão quando eu me for? Como ficarão seus filhos sem um Ferguson para ser senhor de suas terras e cuidar de seu bem-estar?
— Um lugar melhor do que este em que estamos agora — murmurou um dos homens, envolvendo-se mais no tartã para se proteger do vento uivante. Taran o ignorou. — No entanto, nem tudo está perdido! Vocês sabem que tenho dois sobrinhos. filhos das minhas irmãs mais novas.
— Um lugar melhor do que este em que estamos agora — murmurou um dos homens, envolvendo-se mais no tartã para se proteger do vento uivante.
Taran o ignorou.
— No entanto, nem tudo está perdido! Vocês sabem que tenho dois sobrinhos, filhos das minhas irmãs mais novas.
A declaração gerou murmúrios de desagrado. Uma das irmãs de Ferguson havia se casado com um refugiado da Revolução Francesa, um nobre sem um tostão no bolso. A outra fora desposada por um conde, sujeito que acabou se mostrando não apenas desagradável como também inglês.
Taran ergueu a mão para silenciar os resmungos.
— É o sobrinho meio francês, Rocheforte, que vai herdar meu castelo. — Ele fez uma pausa dramática. — Pensem nisso, camaradas. Se meu sobrinho francês se casar com uma escocesa, o filho dele será um de nós… um verdadeiro escocês! — Taran brandiu a espada com tanta veemência que quase caiu, mas no último instante conseguiu se equilibrar. — Ou praticamente isso. E o mesmo vale para meu sobrinho inglês.
— Lamento dizer, mas seu sobrinho inglês está comprometido com uma inglesa! — gritou um dos homens. — O primo da minha esposa mora em Londres e escreveu para ela falando a respeito.
— Oakley ia casar — retrucou Taran bruscamente —, mas flagrou sua prometida ensaiando com seu professor de dança passos que jamais seriam vistos em um salão de baile. — Ele fez uma pausa dramática. — Seu professor de dança francês!
— Não acabou de dizer que seu outro sobrinho é francês? — perguntou um dos homens, esfregando as mãos no kilt para se aquecer.
Taran descartou a pergunta com um gesto.
— Lamento dizer, mas não se pode confiar em nenhum dos dois rapazes para encontrar uma noiva digna de Finovair. E eles devem se casar, ou nossos direitos de nascimento virarão pó.
— Falta pouco para isso… — murmurou alguém.
— É nossa incumbência… — Taran fez uma pausa, tão satisfeito com o termo que achou que valia a pena repeti-lo — … é nossa incumbência, meus caros companheiros, nos certificarmos de que meus dois sobrinhos se casem com escocesas ou ao menos com alguém com determinação o bastante…
— Vá direto ao ponto, pelo amor de Deus! — gritou alguém com os dedos congelados e com uma esposa esperando em casa. — O que estamos fazendo aqui?
Ninguém poderia culpar Taran por deixar escapar uma boa deixa.
— O que estamos fazendo? — perguntou ele de volta. — O que estamos fazendo? —Taran ficou de pé nos estribos e, novamente brandindo a grande espada dos Fergusons acima da cabeça, gritou: — Estamos indo buscar as noivas!