O retorno de Marianinho a Luar-do-Chão não é exatamente uma volta às suas origens. Ao chegar à ilha natal, incumbido de comandar as cerimônias fúnebres do avô Mariano – de quem recebeu o mesmo nome e de quem era o neto favorito -, ele se descobre um estranho tanto entre os de sua família quanto entre os de sua raça, pois na cidade adquiriu hábitos de um branco. Aos poucos, Marianinho percebe que voltou à ilha para um renascimento. Uma série de intrigas e de segredos familiares envolvem o pai do protagonista, Fulano Malta, sua avó Dulcineusa, os tios Abstinêncio, Ultímio e Admirança, e também as nebulosas circunstâncias em torno da morte de sua mãe, Mariavilhosa. O rapaz descobre também que o falecimento do avô permanece estranhamente incompleto. -se de um momento de passagem, crucial para o protagonista e para o seu lugar de origem…
Editora: Companhia das Letras; 1ª edição (12 dezembro 2016); Páginas: 264 páginas; ISBN-10: 8535928391; ISBN-13: 978-8535928396; ASIN: B009WW7S0M
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Biografia do autor: Mia Couto é um escritor moçambicano, nascido em Beira em 5 de julho de 1955. Seu nome de batismo é António Emílio Leite Couto, mas adotou o pseudônimo de Mia Couto ao publicar seus primeiros trabalhos. Filho de um jornalista português e de uma moçambicana, Mia Couto cresceu em Lourenço Marques (atual Maputo) e estudou medicina na Universidade de Maputo. No entanto, ele abandonou a faculdade para se dedicar à escrita e ao jornalismo. Ao longo de sua carreira, ele trabalhou como jornalista, editor e diretor de informação. A obra de Mia Couto é influenciada pelas tradições culturais africanas, pela língua portuguesa e pelas experiências vividas durante a guerra civil moçambicana. Ele é conhecido por sua linguagem poética e inventiva, que mescla palavras em português com elementos das línguas bantu e expressões populares. Entre seus livros mais conhecidos estão “Terra Sonâmbula” (1992), “O Último Voo do Flamingo” (2000) e “O Beijo da Palavrinha” (1990). Em 2013, ele foi premiado com o Prêmio Camões, um dos mais importantes prêmios literários da língua portuguesa. Além de escritor, Mia Couto é ativista ambiental e foi nomeado Ministro da Cultura de Moçambique em 2015. Sua obra literária é amplamente reconhecida e traduzida em diversos idiomas ao redor do mundo.