Entre 7 de abril de 2018 e 8 de novembro de 2019, o ex-presidente Lula ficou preso por 580 dias na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Durante esse período, o Brasil vivia profundas transformações políticas, incluindo a ascensão da extrema direita. Milhares de pessoas se mobilizaram em apoio a Lula, enviando cerca de 25 mil cartas e diversos objetos simbólicos — livros, poemas, bordados, flores secas, imagens religiosas e até roupas feitas à mão. O livro Querido Lula: cartas a um presidente na prisão reúne 46 dessas mensagens, revelando a solidariedade e o afeto de brasileiros e brasileiras de diferentes origens. As cartas, mais que simples comunicações, são gestos simbólicos e afetivos, que demonstram a tentativa de superar a distância e se fazer presente, como destaca o artista Emicida no prefácio. A obra oferece um retrato sensível da relação entre Lula e o povo durante seu cárcere, revelando esperança, luta e humanidade em meio à adversidade.
Editora: Boitempo; 1ª edição (31 maio 2022); Páginas: 240 páginas; ISBN-10: 6557171569; ISBN-13: 978-6557171561; ASIN: B0B2T79SYV
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Sobre o autor: Maud Chirio é historiadora e socióloga, professora na Universidade Gustave Eiffel (França) e especialista na ditadura militar brasileira (1964–1985), com foco nas Forças Armadas, repressão e extrema direita. Graduada e doutora em História pela Universidade Paris I Panthéon-Sorbonne, publicou sua tese sobre conflitos no Exército em três idiomas, sendo premiada no Brasil. É copresidente da Rede Europeia pela Democracia no Brasil e participa de redes acadêmicas internacionais. Chirio é organizadora do livro Querido Lula: cartas a um presidente na prisão (Boitempo, 2022), que reúne mensagens enviadas a Lula durante seu cárcere. Ela também escreve regularmente na mídia sobre política brasileira.
Resumo: Querido Lula reúne cartas enviadas ao ex-presidente durante seus 580 dias de prisão, revelando afeto, solidariedade e resistência de milhares de brasileiros que se fizeram presentes por palavras e gestos.