Romance sólido e cativante, Pequeno país vendeu mais de 1 milhão de exemplares na França e foi traduzido para quarenta idiomas. O “pequeno país” é o Burundi, na região central da África, onde nasceram Faye e seu personagem (e narrador), Gaby, um garoto de 10 anos. Gaby é filho de um casal de classe média morador de Bujumbura, sendo a mãe negra e nascida em Ruanda e o pai, branco e francês. Pequeno país é ambientado em 1993, no momento da eclosão de uma guerra civil entre os tútsis e os hútus. O texto evoca uma infância idílica que aos poucos vai se transformando numa sequência de situações desafiadoras. Além dos perigos e tragédias do ambiente de confronto armado, Gaby se vê diante da corrosão da própria família. Ao mesmo tempo, o personagem vive, na companhia de um grupo de amigos, as delícias de uma infância passada em contato com uma natureza exuberante à beira do imenso lago Tanganica…
Editora: Carambaia; 1ª edição (12 setembro 2023); Páginas: 208 páginas; ISBN-13: 978-6554610322; ASIN: B0CFM51N6B
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Biografia do autor: Gaël Faye é rapper e escritor. Nasceu em Bujumbura, em 1982, filho de mãe ruandesa e pai francês. Escreveu seu primeiro poema aos 13 anos. No mesmo ano, mudou-se para a França, fugindo da guerra civil, para ir viver com a mãe. Até hoje Faye vive entre Versalhes, na região de Paris, e Kigali, a capital do Burundi. Gaël Faye é casado e tem três filhos. Formado em economia, trabalhou durante alguns anos na City, distrito financeiro de Londres, emprego que abandonou para se dedicar à música. Antes do livro, o título “Pequeno país” foi de uma canção presente num dos cinco álbuns que lançou entre 2013 e 2022. Depois do romance, Faye publicou, em 2020, o livro infanto-juvenil em versos O tédio das tardes sem fim. Pequeno país foi traduzido para cerca de 40 idiomas, entre eles o kirundi, língua oficial de Ruanda. Marília Garcia é poeta, tradutora e editora. Publicou, entre outros, os livros Expedição: nebulosa (2023) e Câmera lenta (2017), pelo qual ganhou o Prêmio Oceanos de Literatura. Já traduziu autores como Annie Ernaux, Emmanuel Hocquard e Sylvia Plath, além de uma série de livros infantis. Kalaf Epalanga Ângelo (Benguela, 1978) é músico, poeta, cronista e ficcionista angolano radicado em Berlim. É autor do livro de crônicas Estórias para meninos de cor (2011) e do romance Também os brancos sabem dançar (2018). Colabora com diversos jornais e revistas de Portugal, Angola e Brasil.