“Despertamos para continuar a dormir.” Apesar de parecer um paradoxo, essa tese é a consequência necessária e radical da teoria psicanalítica dos sonhos. Se o sonho é realização de desejo, por que acordamos no meio da noite, muitas vezes assustados, desconcertados, diante da irrupção de nossos desejos? O que neles pode ser tão revelador, tão insuportável que nos faz despertar? Despertar para quê? Para a realidade? Qual realidade? Levando em consideração os limites incertos entre o sonho e a vigília, podemos dizer que “a realidade é um sonho” e que despertamos justamente para escapar do real insuportável de quando sonhamos. Na clínica, não é a realidade que nos desperta, já que a realidade é acessada pela tela da fantasia que a enquadra. O que nos desperta é a palavra. Essa é uma das teses que Carolina Koretzky demonstra neste livro. Analisando os diversos obstáculos aparentes ou definitivos à teoria do sonho como realização de desejo…
Editora: Autêntica; 1ª edição (28 fevereiro 2023); Páginas: 256 páginas; ISBN-10: 6559282171; ISBN-13: 978-6559282173; ASIN: B0BQKNBTWH
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Biografia do autor: CAROLINA KORETZKY é psicanalista, doutora em psicanálise pela Universidade Paris 8 e membro da Escola da Causa Freudiana e da Associação Mundial de Psicanálise. Atualmente, ensina no Departamento de Psicanálise da Universidade Paris 8 e no mestrado em Teoria Psicanalítica Lacaniana na Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina. Entre suas publicações se destacam a obra Théâtre et psychanalyse. Regards croisés sur le malaise dans la civilisation (coorganização, 2016) e o texto “Le deuil, le rêve et son au-delà” (em Lire Lacan au XXIe siècle, 2019). YOLANDA VILELA é mestre em psicanálise pela Universidade Paris 8 e doutora em Literatura Comparada pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (FALE/UFMG). Também é psicanalista da Escola Brasileira de Psicanálise da Associação Mundial de Psicanálise (EBP/AMP). Para a Autêntica traduziu: Lacan, o escrito, a imagem, vários autores (2012); A razão, de Pascal Quignard (2013) e Jacques, o Sofista: Lacan, logos e psicanálise, de Barbara Cassin (2017).