Eu já morri é o oitavo livro do paraense Edyr Augusto. Em 17 histórias, esse autor mais uma vez retrata com olhar ferino personagens singulares da cidade de Belém. São moradores de rua, figuras humildes, prostitutas, viciados, compondo um caleidoscópio de um submundo descrito em relatos ágeis e diretos, que prendem a atenção do leitor de forma quase magnética. Edyr Augusto tem uma carreira consolidada como autor de histórias ácidas e cruas, situadas na Amazônia, mas que poderiam se passar em qualquer grande centro urbano. Ler seus livros é sofrer um tratamento de choque: a velocidade brutal aliada à barbárie potencializa ao extremo o realismo presente em cada frase seca e cortante de suas narrativas. O estilo implacável, mordaz e direto é como um soco no estômago: “Meus livros falam sempre sobre pessoas. Pessoas que são atingidas por golpes de violência, pessoas que são atingidas em seu âmago…
Editora: Boitempo Editorial; 1ª edição (26 agosto 2022); Páginas: 125 páginas; ISBN-10: 6557171690; ISBN-13: 978-6557171691; ASIN: B0B7QQZK68
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Biografia do autor: Edyr Augusto nasceu em Belém (PA) em 1954. Jornalista, escritor, dramaturgo e diretor de teatro, trabalhou como radialista e redator publicitário e também produziu jingles. Suas narrativas estão todas ancoradas na realidade paraense. É autor de Os éguas (1998), Moscow (2001), Casa de caba (2004), Um sol para cada um (2008), Selva concreta (2012) Pssica (2015) e Belhell (2020), todos publicados pela Boitempo. Em 2013, com a publicação de Os éguas na França (com o título Belém), o autor ganhou destaque na cena literária parisiense. O livro recebeu, em 2015, o prêmio Caméléon de melhor romance estrangeiro, na Université Jean Moulin Lyon 3. Desde então, seus romances vêm sendo traduzidos para o francês.