STORM – Livro Beauty Slut

STORM - Livro Beauty Slut

Trecho do livro

Ei, amores. Antes de começarem a leitura, quero frisar uma coisa, sunshines:

A personagem principal da história, Brooke, no início do livro, vive em um relacionamento extremamente tóxico e abusivo. Quem já viveu uma situação semelhante (como a autora que vos fala) sabe como é difícil perceber a situação real da coisa e como é extremamente difícil sair disso. Eu sei que dá um nervoso tremendo ler certas situações, mas peço que tenham empatia e não desistam do livro apenas por causa disso, porque você pode estar perdendo a chance de se apaixonar.

Ademais, aproveitem a leitura e saibam que eu amo cada um(a) que deu uma chance ao meu bebê.

— Vai se toder! — Christian Aiken grita, chamando a atenção de todos ao nosso redor para nós.

A música alta cessa imediatamente mediante ao possível barraco.

As órbitas azuis estão focadas em mim, enquanto, gradativamente, o garoto semicerra os olhos, deixando claras a fúria e a repulsa que sente de mim.

Seus gestos não me causam nada mais nada menos que preguiça. Por isso, não consigo evitar um revirar de olhos longo, demonstrando a porra do meu tédio com relação ao circo que Christian está armando.

A lona já está armada; a plateia aguarda o espetáculo; e nós, os palhaços, estamos prestes a dar um show que toda Universidade irá comentar durante todo o resto da semana.

Cada gota de sangue que circula em minhas veias ferve e uma onda gigantesca de adrenalina passeia dos meus pés à minha cabeça no mesmo momento em que o idiota à minha frente me provoca com um sorriso torto, falando uma quantidade de merdas absurdas.

Tudo o que tenho vontade de fazer é pular no pescoço dele e sufocá-lo até a morte.

Ninguém vai sentir falta desse filho da puta mesmo.

Porém, ao invés disso, continuo olhando em sua direção, mantendo uma postura inabalável diante ao seu estúpido show de horrores, demonstrando que nada do que ele diga irá me afetar.

— Acho melhor você ficar calminho, Aiken — aconselho tranquilamente.
Ele ri.

— Isso só vai acontecer quando eu acabar de arrebentar essa sua cara fodida. — Dá um passo à frente, ficando mais próximo de mim.

Diversos pares de olhos arregalados nos acompanham como se o espetáculo estivesse prestes a chegar ao ápice do seu esplendor.

Essa não seria a primeira vez que eles me veriam acabar com o maldito rosto bem apessoado de Christian Aiken. Entretanto, eu não vou cometer essa burrice novamente. Até porque da última eu quase fui expulso.

E mesmo que eu queira compulsivamente socá-lo neste momento, não posso me dar esse maldito luxo.

— Eu não estou nem um pouco a fim de acabar com a sua raça hoje — suspiro em desdém. — Me deixa em paz, cara. Para o seu próprio bem.

Não espero que ele rebata. Apenas giro os meus calcanhares e, sem olhar para trás, saio andando. Todavia, após poucos passos dados em direção à saída, sinto quando sou puxado pela parte de trás da minha jaqueta, o que faz com que volte ao mesmo lugar de antes.

Maldito idiota provocador!

— Vai mesmo dar para trás, Blackwell? — provoca, cerrando seus punhos nas laterais de seu corpo.

Aiken é alguns centímetros mais baixo do que eu, mas, aparentemente, em sua cabeça fodida, o fato é apenas um mero detalhe que não será capaz de atrapalhá-lo no processo de acabar comigo.

— Mas que inferno, Aiken. — Reviro os olhos. — Você deve estar mesmo a fim de levar umas porradas hoje, não é possível.

Agora, poucas pessoas dão atenção para o show. Os palhaços não são tão engraçados quanto elas achavam que eram e, aparentemente, Christian sabe disso. Seus olhos passeiam pela grande sala da fraternidade quando, outra vez, o DJ dá play em mais uma das músicas animadas do seu repertório.

Eu sei bem como funciona a mente doentia desse desgraçado, por isso tenho a plena certeza de que ele quer apenas que seu nome circule pelo campus mais do que o assunto da semana de provas.

Então, quando percebo que ele não fará nada além de chamar a atenção para nós, usando-me como uma maldita peça em seu tabuleiro desprezível e sem valor, eu, novamente, viro as costas e ando por entre a multidão de estudantes, até que, finalmente, consigo chegar ao lado de fora, onde Brian está, praticamente, transando com uma menina em cima de sua moto.

Meu amigo arrasta as suas mãos pelo corpo da loira, apalpando-a sem pudor a fim de conhecer cada curva existente na estrutura corporal da garota que parece ter sido desenhada de forma minuciosa e bem detalhada.

— Você demorou, caralho — reclama quando os lábios da loira descem até o seu pescoço marcado pelos vários chupões desferidos ali.

Certamente, ela estava a fim de cruzar os rastros de seus beijos por um caminho perigoso, capaz de levar um homem ao céu ou ao inferno.

— E você se aproveitou bastante da minha demora, pelo visto — respondo, com um meio sorriso nos lábios.

— Deveria estar fazendo o mesmo. A sua garota cansou de esperar.

Dou de ombros, demonstrando que isso não é algo que me incomoda.

— Quem sai no prejuízo é ela. Vai comigo ou prefere ficar e aproveitar o resto da noite, garanhão? — Arqueio uma das minhas sobrancelhas, sorrindo em escárnio, já sabendo exatamente a sua resposta.

— É lógico que eu não vou com você, porra. — Revira os seus olhos. — Só preciso de uma parada para me animar. — Sorri sugestivamente para mim.

Sei bem do que Brian está falando, por isso olho para a menina rapidamente e, logo, ele entende o recado e diz:

— Me espera lá dentro, gata. Já passo para te pegar.

Um sorriso malicioso escapa dos lábios vermelhos da garota enquanto ela morde o seu lábio inferior sensualmente.

Sem questionar, a linda loira sai rebolando e devo dizer que ela está de parabéns.

— O que vai querer hoje? O de sempre? — questiono.

Brian assente ao mesmo tempo em que um sorriso torto cresce em sua boca.

Sem mais demora, enfio uma mão no bolso da minha jaqueta para tirar de lá um saquinho transparente, no qual balinhas coloridas estão dançando, prontas para serem consumidas.

Cuidadosamente, olho ao nosso redor para ter certeza que ninguém nos espia e, quando percebo que tudo está seguro, entrego os comprimidos para ele, recebendo simultaneamente uma nota de cem dólares em troca.

— Não me ligue se tiver a porra de uma overdose — falo, colocando um cigarro entre os lábios para acendê-lo.

Sullivan dá uma risadinha praticamente inaudível.

— Tchau, Blackwell. Amanhã a gente se vê.

Assinto, mas não digo nada, apenas o observo entrar outra vez dentro da casa de fraternidade Omega Chi Delta, onde a festa ainda acontece, estando agora em seu ápice.

Trago o meu cigarro e solto a fumaça densa vagarosamente, vendo-a se misturar com a névoa pesada do clima frio de Londres, torcendo para que, de qualquer forma, a nicotina aqueça os meus órgãos que, no momento, estão aparentando estar em uma temperatura abaixo de zero.

— Sozinho, Blackwell? — Ouço uma voz manhosa atrás de mim.

Viro em direção à voz sem cogitar ter outra atitude e semicerro os olhos para Louise quando a vejo mexendo em seus cabelos escuros.

Sexy.

— Agora não mais, certo? — Um sorriso preguiçoso cresce no canto dos meus lábios.

— Depende. — Aproxima-se de mim sorrateiramente. — Você quer estar sozinho?

Imediatamente, nego.

Seus lábios carnudos se curvam, mostrando seus belos dentes brancos e alinhados quando um sorriso aparece em sua boca e os braços finos se enroscam ao redor do meu pescoço.

— Que tal me tirar daqui? Meus pais estão viajando e eu adoraria ter você me fodendo a noite toda — sussurra a última parte rente ao meu ouvido.

Desvio os meus olhos dos seus por meio segundo, tendo a certeza que nada do que aconteça nessa festa será melhor do que estar dentro de Louise Moon.

— Seu pedido é uma ordem — declaro, observando seus olhos escurecerem de desejo.

Talvez Louise não seja a garota mais leal ou honesta da Universidade, mas, sem dúvida alguma, foder com ela é a melhor coisa que temos no campus, por hora.

Sem esperar muito, logo me afasto da morena para subir em minha moto, coisa que ela faz em seguida, e, sem pensar em qualquer outra coisa, acelero para poder, em alguns minutos, estar na cama com a garota mais gostosa da UCL.


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