Ritmo das Arábias: Uma Noiva Para O Milionário – Livro de Sara Fidélis

Ritmo das Arábias: Uma Noiva Para O Milionário - Livro de Sara Fidélis

Trecho do livro

Notas Iniciais

Querido(a) leitor (a), chegamos ao spin-off dessa série que dominou nossos corações e eu só tenho a agradecer por me acompanharem até aqui.

Escrever essa história me trouxe um misto de emoções, porque ao mesmo tempo em que me trouxe de volta a Dominium, também me levou a lugares novos e a uma cultura totalmente diferente do que costumo escrever.

Foi desafiador, lindo, intenso e estou aqui, agora, com a certeza de que entreguei meu melhor para vocês. Espero que se divirtam com Azal e Andy tanto quanto eu, mas peço que estejam preparados, porque apesar de doce e engraçada, a história também tem suas nuances dramáticas e pode conter gatilhos para algumas pessoas.

Então se você não lida bem com cenas mais tensas, aconselho-o a pular o capítulo 15, no qual Andy relembra algumas coisas do passado.
No final do livro, vocês vão encontrar o primeiro capítulo de cada uma das três histórias que antecederam essa, para relembrar nossos rockstars ou, conhecê-los, se você chegou aqui pelo spin-off.

Nos vemos no final.

Beijos,
Sara Fidélis

Capitulo 1
Andy

8 MESES ANTES

Sinto quando sou colocada em uma cama confortável, as mãos fortes de um homem me cercam até me acomodar. Sinto o cheiro do perfume almiscarado, peito demais, e abro os olhos, assustada, empurrando-o.

Sento na cama olhando ao redor, não reconhecendo o ambiente, e, quando finalmente volto os olhos para o homem, vejo que me encara com uma carranca.

— Estava apenas te ajudando, e essa cama é minha, se não sabe. Deveria ser mais agradecida… — O homem que fala comigo está de pé ao lado da cama. E, por algum motivo, ele não me parece desconhecido.

Olho para o deus egípcio de baixo a cima. Não consigo evitar constatar como ele é perfeito, tão perfeito que parece saído de um filme; os olhos muito pretos me sondam com irritação, e a barba espessa e bem aparada tem a mesma tonalidade escura dos cabelos. Sua pele é morena, e as roupas ao estilo árabe lhe caem com perfeição.

Mas isso não faz com que eu baixe a guarda, ou que o ache menos grosseiro.

— Você estava perto demais. Como vou saber o que pretendia comigo desmaiada? — Ninguém sabe o quanto esse tipo de proximidade me incomoda.

A sobrancelha dele se ergue, e seu tom é recheado de sarcasmo.

— E agora tenho culpa por você ser uma desmiolada que fica desmaiando ao ver artistas?

Quando ele diz isso, lembro exatamente do que aconteceu.

— Eu estava trabalhando como garçonete na festa de um milionário e de repente…

— Você caiu no chão ao ver o Anders, ao invés de fazer o trabalho pelo qual estou te pagando. Se não quer ser carregada e não quer passar por essas situações vergonhosas, não fique desmaiando por aí!

Isso me faz compreender que ele é o anfitrião, Azal Patel, o figurão do petróleo. Só podia ser, essa arrogância toda sempre caminha lado a lado com gente rica como ele.

— Deixa de ser mal-educado — retruco, sentando-me na cama. — Só porque é dono desse palácio se acha a última bolacha do pacote? Eu sou fã deles, admiro o trabalho da banda, tá? Você e sua presunção nem devem saber o que é admirar outra pessoa assim.

O homem meneia a cabeça, mas parece decidir que essa discussão está abaixo do seu nível.

— Espero que fique bem, boa noite… — Ele deixa o quarto sem responder à minha provocação.

Coloco a cabeça entre as mãos, lembrando da situação constrangedora. Jasmim, minha amiga mais próxima, estava no banheiro, e eu, do lado de fora, gritando para que me deixasse entrar, mas então Tray Anders surgiu no corredor. O guitarrista da Dominium falou comigo!

Ele me apelidou de arco-íris por causa dos meus cabelos coloridos, o que culminou em um desmaio. Foi um sonho?

Jas deve estar me procurando…

Ouço vozes do lado de fora da porta e tento me concentrar. Será a Jasmim?

— Jas! Vem cáááá… Juro que sonhei que estava aqui e na minha frente… Acho que era verdade! Jaaaaas! — grito. Preciso, imediatamente, compartilhar com ela o que aconteceu.

Ao ouvir meus gritos, ela entra correndo.


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