UMA NOITE DE PRAZER. UMA GRAVIDEZ INESPERADA. UMA UNIÃO ENTRE UM CANDIDATO AO GOVERNO DO TEXAS, ARROGANTE E PODEROSO E UMA ÓRFÃ LINDA E DISPOSTA A SER FELIZ. Aviso: O Dono do Texas, livro 1 da série Alma de Cowboy, é um volume único. Por ser com casais diferentes, cada livro da saga pode ser lido separadamente, mas é provável que o posterior contenha spoilers dos anteriores. Hudson Gray, um bilionário do petróleo conhecido como “O Dono do Texas”, tem o mundo aos seus pés, mas aparentemente isso não é o bastante. Ele quer PODER e ordena à sua assessora que faça de tudo para que ele vença as eleições para governador do estado da estrela solitária. Mas o CEO cowboy não contava com uma surpresa: em uma de suas viagens pelo país para fazer política, ele conhece uma garota linda e inteligente, que mudará sua vida para sempre.
ASIN: B08XN4B3FS; Número de páginas: 431 páginas; Data da publicação: 25 fevereiro 2021
Trecho do livro
NOTA DA AUTORA:
O Dono do Texas é o primeiro livro da minha nova série Alma de Cowboy e contará a história de Hudson Gray, um CEO texano arrogante e acostumado a ter o mundo aos seus pés e Antonella Cox, uma jovem que é pega de surpresa em um turbilhão.
No decorrer do livro, vocês conhecerão os irmãos do cowboy-delícia: Bryce, Jaxson e Reed, assim como o primo Callum.
Cada um deles terá sua própria história no futuro, de modo que esse primeiro livro é somente a porta de entrada para que conheçam esses texanos quentes. Suas passagens aqui serão breves.
Eu amei escrever a história desse casal improvável e espero que apreciem também.
Um beijo carinhoso e boa leitura.
D.A. Lemoyne
Hudson
Grayland² – Texas
Não perco o controle com facilidade. Sou famoso pelo mau humor, arrogância e paciência curta.
Nenhum desses rótulos é exatamente lisonjeiro — tampouco inadequado — mas apesar disso, não me lembro de já ter partido para o confronto físico com alguém.
Agora, no entanto, enquanto observo meu primo Callum, vestido apenas com uma cueca boxer e minha esposa completamente nua sobre ele, agradeço a Deus por não andar armado.
Descobrir uma traição de Evelyn, incrivelmente, não me causa estranheza. Desde o início ela se mostrou insatisfeita com o casamento. Eu andava tão ocupado com o trabalho, que quando ela se aproximou, eu a analisei como faço com minhas transações financeiras e decidi que nossa união seria satisfatória o bastante.
Ela vem de uma boa família, é sofisticada e bonita. Isso aliado a um sexo dentro da média, riscou outro item do meu plano de vida, mas eu nunca a amei.
Assim, não chega sequer a me incomodar que tenha me traído. O problema é com quem ela me traiu.
É tudo sobre ele. Meu sangue.
O homem que cresceu ao meu lado e compartilhou dores e alegrias. Aquele em quem sempre confiei tanto quanto nos meus três irmãos.
Por minha vontade, viro as costas e vou embora, mas de jeito nenhum sairei sem que saibam que os peguei em flagrante. Não tem nada a ver com ciúmes, mas tudo sobre a sensação de ser atraiçoado pelo meu melhor amigo.
Bato palmas para lhes chamar a atenção.
Evelyn desperta rapidamente, sentando-se na cama com a culpa estampada no rosto. Callum, demora um pouco mais.
— Hudson, eu posso explicar — ela diz, ao mesmo tempo que meu primo pergunta.
— O que diabos está acontecendo aqui?
— Fodam-se os dois. Vocês se merecem — falo.
Viro as costas para sair, enquanto ela ainda me chama uma última vez.
— Hudson…
— Nunca mais se aproxime de mim — interrompo, com gelo escapando de cada palavra. — Meus advogados entrarão em contato para tratarmos do divórcio.
Capítulo 1
Hudson
Dallas Texas
Dois anos depois
— Ela finalmente assinou.
— Quanto isso vai me custar?
— Muito mais do que havíamos pensado a princípio, mas você ainda deu sorte que ela nem desconfia das suas intenções em se tornar governador. Eu não tenho dúvidas de que se soubesse, o preço subiria.
Balanço a cabeça, concordando com a minha assistente e também única amiga, Dominika. Claro que tem razão. Estou há exatos dois anos tentando me livrar de Evelyn e ela não recua.
Nesse meio tempo, muita coisa mudou, principalmente meus objetivos.
Estava entediado com a carreira de CE0 da indústria petroleira apenas. O que mais eu poderia querer? Sou o homem mais rico do Texas — daí o apelido que a mídia me deu de o dono do Texas — e um dos cinco mais dos Estados Unidos.
Eu precisava de algo que realmente me estimulasse, assim, decidi focar em uma meta mais grandiosa: quero ser o próximo governador do estado.
Como tudo em minha vida, criei um plano para atingir o alvo. Um que não inclui uma ex-esposa gananciosa perturbando minha assistente quase todos os dias.
— Então finalmente acabou? Sou um homem livre?
— Sim. Completamente. Vamos comemorar?
Ao invés de responder, ergo uma sobrancelha.
Ela me conhece bem demais para saber que não perco tempo com essas bobagens. Sua sugestão foi uma espécie de piada. Dominika tem um senso de humor estranho.
— Tudo bem, vou beber uma garrafa inteira de champanhe francês e colocar na sua conta. Um brinde ao fim dos telefonemas com sua ex gritando no meu ouvido.
— Faça isso. — Autorizo. Ela realmente merece por ser meu escudo contra Evelyn, durante o tempo em que ficamos separados até a assinatura do divórcio hoje.
Depois que a flagrei na cama do meu primo, nunca mais fiquei em um mesmo ambiente com ela sem um advogado presente. No começo, minha agora ex-esposa tentou de tudo para conseguir uma reaproximação, mas quando percebeu que não teria mais volta, se dedicou ao que realmente a interessava: arrancar a maior quantidade de dinheiro possível com o fim do nosso casamento.
— Ele telefonou novamente. — Dominika avisa e sei de quem está falando. Callum. — Não perguntou por você. Era sobre a propriedade ao norte do estado. Seu primo quer saber se aceitará sua oferta e lhe venderá sua parte.
— Por que eu venderia? Não preciso de mais dinheiro do que já possuo.
Ela suspira e sei que a irritei. É isso o que acontece quando você é amigo de alguém por tempo demais. Aprende a decifrar até seus suspiros.
— Não seja irracional. Vocês precisam chegar a um acordo. Venda seu terreno ou compre o dele, mas se quer um conselho, venda. Você não precisa daquilo.
— Não gosto de me desfazer dos meus bens.
— Você está sendo intransigente. Não há sentido em estender a briga pessoal de vocês em uma disputa de negócios. Ele não é um concorrente qualquer, mas seu sangue. No seu lugar, eu também não sei se o perdoaria, mas essa guerra entre vocês está trazendo sofrimento para sua avó e irmãos também. Eles sentem sua falta.
Ela sabe que acertou um nervo exposto.
Até o incidente com Evelyn, eu não passava um fim de semana sem visitá-los. A cidade em que vivem, Grayland, pertence à minha família há gerações. Tanto eu quanto os meus irmãos e Callum temos propriedades rurais enormes lá e nos arredores. Apesar da minha vida sempre atribulada, eu gostava da sensação de voltar para casa aos fins de semana. Não importa o quão caras sejam as minhas roupas, eu sempre serei um cowboy.
Agora, quase não volto mais para a minha terra. Eu falo com meus irmãos esporadicamente. Com vovó, há um contato diário por telefone ou mensagens, mas não é a mesma coisa.
Minha avó criou meu primo junto com todos nós, já que no acidente de barco que vitimou meus pais, também estavam os dele. De uma hora para outra, vovó, que já era viúva, se viu sozinha com cinco rapazes. Eu, meus três irmãos e meu primo. Há cerca de cinco anos, ainda trouxe para juntos de nós Rebecca³, a garotinha que foi encontrada vagando abandonada em nossa cidade.
Apesar de não ser particularmente carinhoso, me fazia bem encontrar minha família com frequência.
Atualmente, essas viagens se limitam ao almoço de Ação de Graças e Natal e ainda assim, me mantenho o mais afastado possível do bastardo traidor.
— Se há uma coisa em comum em todos os membros do clã Gray, é o orgulho. — Dominika continua, se mostrando mais impaciente.
— Não é uma questão de orgulho somente. Ele era um irmão para mim.
— Eu sei, mas aquela bruxa acabou separando a família, não percebe isso?
Minha assistente não conhece os detalhes do que presenciei naquele dia no rancho de Callum, mas sabe o suficiente da traição de Evelyn e do meu primo.
Sei que ela tem razão quando diz que houve perdas de todos os lados. Nós éramos muito unidos. Embora minha relação com meus irmãos estivesse longe de ser uma enseada calma, nos mantínhamos perto uns dos outros, para o bem ou para o mal.
Desde a minha separação de Evelyn, Dallas, que sempre foi um lugar em que eu somente trabalhava durante a semana, acabou se tornando meu lar em definitivo.
Meus parentes optaram por condenar Evelyn e acreditar na palavra de Callum, de que nunca houve nada entre os dois, mas eu sei o que vi.
— Tudo pronto para minha viagem a Chicago? — Pergunto e ela comprime os lábios, sabendo que assim estou abortando qualquer tentativa de falar novamente sobre meu primo.
— Sim. Já enviei para seu e-mail todo o cronograma das reuniões. Esses encontros serão fundamentais para que consolide as últimas alianças para a campanha. Com Evelyn fora da estrada, sua caminhada para o topo será limpa e reta.
— Com ou sem Evelyn, eu não tenho nada a esconder.
— Veremos, chefe. De qualquer modo, terei que revirar seu passado do avesso no decorrer dos próximos meses.
— Isso não me agrada.
— O que prefere: eu ou os democratas?
— Pelo amor de Deus, Dominika! Do jeito que você fala parece que fiz parte de um cartel de drogas na adolescência. Minha vida pode não ser um livro aberto porque não me agrada a ideia de bisbilhoteiros noticiando cada passo que dou, mas também não escondo segredos obscuros.
— Não diga isso em voz alta, futuro governador. As mulheres preferem os bad boys, que atravessaram a juventude partindo o coração de uma conquista diferente em cada esquina. Apesar de que, nesse quesito, você não deixa nada a desejar. Minha irmã me contou a quantidade de namoradas e casinhos que teve na universidade.
Dominika é a irmã caçula de uma colega de faculdade e quando precisei de uma assistente, me foi altamente recomendada, apesar de estar recém-formada. Trabalhamos juntos já há cerca de quatro anos e a admiração que tenho pela profissional que ela é, acabou se transformando em amizade.
— Seu papel não é julgar o meu passado. Organize minha campanha e tente não meter esse nariz sardento onde não é chamada. Ela sorri e dá de ombros. Infelizmente, sei que vasculhará a minha vida amorosa inteira, incluindo ensino médio e faculdade. Se existe alguém comprometido com seu trabalho tanto quanto eu, é minha assistente. Seu dever no momento é me fazer vencer a campanha eleitoral e ela não desistirá até alcançar o objetivo.
— Daqui a uns dias você oficializará sua candidatura ao governo. Eu gostaria muito de ver a cara da Evelyn quando perceber que poderia lucrar mais com o divórcio.
— Ela não poderá me prejudicar. Meus advogados a fizeram assinar um acordo de confidencialidade. Se abrir a boca em um site de fofoca ou para um repórter, haverá um desconto de vinte por cento na pensão a que tem direito. E se der mais entrevistas, trinta por cento e assim sucessivamente, além de uma substancial multa no valor total do acordo de divórcio.
Na verdade, eu não queria qualquer tipo de arranjo com minha ex, mas acabei seguindo o conselho da banca jurídica que contratamos especialmente para a candidatura, mantendo essa possibilidade de punição contra Evelyn durante seis anos. Esse será o tempo necessário para que eu finalize minha campanha, cumpra meu mandato como governador e ainda tenha um tempo de descanso contra possíveis indiscrições dela.