Livro ‘Minha por Contrato’ por Jéssica Macedo

Baixar PDF 'Minha por Contrato' por Jéssica Macedo

Casar era algo que eu nunca tinha imaginado fazer. A vida de solteiro me proporcionava muitos benefícios e eu usufruía muito bem de todos eles. Nasci numa família influente, dona de uma companhia aérea, e sempre tive tudo, mas a política me deu poder. Porém, sempre fui um homem muito ambicioso. Eu queria mais, almejava a presidência do país. Acreditava ser a melhor escolha, não apenas pelo meu ego, mas pelos meus feitos políticos. Entretanto, muitos membros do partido pareciam discordar da minha candidatura. Não era o homem perfeito aos seus olhos, mesmo com todo o dinheiro e influência. Eles preferiam outro candidato, alguém que prezasse pelos valores tradicionais, um homem comprometido com a família. Eu precisava ser casado. Mas o dinheiro poderia solucionar tudo, sem que eu tivesse que mudar meu estilo de vida. Um casamento por contrato era o que eu precisava…

Data da publicação: ‎Portal: Selo Segredo; 1ª edição (18 novembro 2020); Páginas: ‎431 páginas; ASIN: B08NW68F4F

Clique na imagem para ler o livro

Biografia do autor: Jéssica Macedo é mineira, de 26 anos, e Under 30 da Forbes Brasil, a lista dos jovens mais promissores do país. Mora em Belo Horizonte, Minas Gerais. De dentro de seu apartamento, na companhia do marido e de três gatos, ela produz uma série de livros fantasia, romances de época e contemporâneos, e, principalmente, obras da literatura hot, um verdadeiro fenômeno editorial entre o público feminino, vendidas em um ritmo intenso nas plataformas digitais. Autora best seller da Amazon, iniciou sua experiência no mundo da escrita aos nove anos e tornou-se autora aos 14, com o lançamento do seu primeiro livro “O Vale das Sombras”. Com mais de 100 obras publicadas, é escritora, editora, designer e roteirista. Ajudou a adaptar um dos seus romances “Eternamente Minha” para um longa-metragem lançado na plataforma Cinebrac. Hoje, Jéssica é o principal nome de um time de autores, a maioria mulheres, que compõem o catálogo do Grupo Editorial Portal, que ela fundou a partir das experiências vividas em outras editoras. @autorajessicamacedo

Trecho do livro

Nota da Autora

Para o melhor desenvolvimento da história, sem que envolva ideologias ou gere discussões que não competem a uma obra como essa, não se seguiu à risca as diretrizes políticas dos Estados Unidos, nem foram aprofundados os trâmites judiciários. Essa é uma obra de romance, e não cabe a ela a discussão política, ideológica ou o levantamento de bandeira partidária.

Prólogo

Ouvi os sons do trânsito, mas não dei qualquer importância. Dentro da limusine do governador eu tinha privacidade, pois os vidros escuros impediam que eu fosse visto por curiosos.

Agarrei-a pelo cabelo e fiz com que tombasse a cabeça para o lado, expondo o seu pescoço. Subi com a língua pela base da garganta da mulher no meu colo e cheguei até a orelha. Mordisquei, fazendo com que ela soltasse gemidos baixos e se arrepiasse toda.

— Max! — sussurrou o meu nome, quando desci a boca até o decote do vestido enquanto minhas mãos percorriam suas costas e agarravam seu traseiro.

Lambi o vale entre seus seios enquanto subia o vestido de tubinho até a sua cintura. Ela rebolou no meu colo, esfregando seu sexo na ereção na minha calça. Meu pau pulsava alucinado, a vontade de meter nela era grande e não tive qualquer cerimônia ao abrir a minha calça e colocar uma camisinha.

Encaixei a garota em mim e a segurei, impedindo-a que caísse para frente quando o carro parou, no que imaginei ser um sinal de trânsito. Molhada e quente, ela se remexeu em mim, quicando levemente e aumentando a velocidade de acordo com o comando das minhas mãos. Minha mãe dizia que eu gostava de ter o controle de tudo, e de fato era verdade, principalmente no sexo.

A mulher se debruçou sobre mim e aumentou o ritmo com que rebolava no meu colo. Não consegui conter o gemido.

— Senhor, estamos chegando. — A voz de George, meu assessor, ecoou dentro do carro. — Droga! — praguejei. Odiava deixar assuntos pela metade. — Mais rápido, garota! — Enterrei os dedos na sua cintura e fiz com que aumentasse a velocidade até que me fizesse gozar.

— Ah, Vossa Excelência! — Ela gritou quando imaginei que estivesse se aproximando do ápice.

Dei uma palmada na bunda dela e a mantive imóvel enquanto ejaculava.

Depois que terminei, tirei-a do meu colo, fazendo com que se sentasse ao meu lado na limusine. Peguei um lenço umedecido, me limpei, e ajeitei a calça.

O carro parou e puxei um espelho de um dos compartimentos do veículo para checar meu penteado e verificar se não estava desgrenhado antes de descer.

— Você fica aqui. — Virei-me para a garota, que nem me recordava o nome.
Ajeitei minha gravata, segundos antes de George abrir a porta.

— Livre-se dela — falei para meu assessor em meio a um sorriso largo que dirigi para as câmeras quando observei que os fotógrafos e repórteres de várias redes de televisão se acumulavam diante da entrada do local onde aconteceria a festa do partido político ao qual eu era filiado.

Ele me olhou de esgueira, mas não balançou a cabeça em negativa ou bufou, como imaginei que fosse fazer. George sabia que erámos observados e que qualquer uma das nossas atitudes poderia gerar alguma interpretação, positiva ou negativa, por parte do público e da mídia.

Eu amava ser governador, amava o status e o poder, mas havia um preço a ser pago que era ser vigiado o tempo todo, por todas as pessoas.

Segui pela escada de mármore até a entrada do enorme e luxuoso hotel. Parei no alto da escada e acenei, posando para algumas fotos, interagindo com as pessoas que carregavam cartazes e gritavam meu nome.

Ajeitei minha gravata, segundos antes de George abrir a porta.

— Livre-se dela — falei para meu assessor em meio a um sorriso largo que dirigi para as câmeras quando observei que os fotógrafos e repórteres de várias redes de televisão se acumulavam diante da entrada do local onde aconteceria a festa do partido político ao qual eu era filiado.

Ele me olhou de esgueira, mas não balançou a cabeça em negativa ou bufou, como imaginei que fosse fazer. George sabia que erámos observados e que qualquer uma das nossas atitudes poderia gerar alguma interpretação, positiva ou negativa, por parte do público e da mídia.

Eu amava ser governador, amava o status e o poder, mas havia um preço a ser pago que era ser vigiado o tempo todo, por todas as pessoas.

Segui pela escada de mármore até a entrada do enorme e luxuoso hotel. Parei no alto da escada e acenei, posando para algumas fotos, interagindo com as pessoas que carregavam cartazes e gritavam meu nome.

George seguiu ao meu lado e entramos juntos no hall muito iluminado, decorado com um enorme lustre de cristal. O chão do local era feito com quadriculados brancos e pretos, como um tabuleiro de xadrez. Não poderia ser mais adequado para a ocasião.

Percebi que tinha algo no meu bolso. Enfiei a mão para checar e senti uma renda fina, provavelmente era a calcinha da mulher com quem eu havia acabado de transar.

Rapidamente, peguei a peça e a enfiei no bolso do blazer do George. Sorri para ele e dei tapinhas no seu peito, como se o estivesse cumprimentando, quando os demais convidados para a festa do partido notaram a minha presença.

— Governador Maxwell Mazzi! — Senador Benjamin Miner.
Estendi a mão para cumprimentar o homem de cabelos grisalhos quando ele se aproximou de mim.

Aquela festa, apesar do clima aparentemente amistoso, era muito importante, pois seriam decididos ali os candidatos que concorreriam as primárias. Eu já havia externado para alguns dos meus aliados minha vontade de ser o representante do partido nas eleições do ano seguinte, porém não era o único com a ambição de se tornar o próximo presidente dos Estados Unidos.

— Achei que não fosse vir a festa. — Ele caminhou ao meu lado até chegarmos ao grande salão, mobiliado com mesas e um pequeno palco, onde foi colocado um púlpito e hasteada uma enorme bandeira do país, para os discursos.

— Não perderia por nada. Sabe bem do poder e da influência política que eu tenho, além de todo meu peso na Flórida, que é um estado decisivo para a eleição presidencial.

— Seu ego não me deixa esquecer disso. — Ele riu em um tom de brincadeira, mas por trás da piada, havia um quê de verdade.

Sempre fui um narcisista, mas, ao contrário do que muitos pensavam, não era um dos meus defeitos, mas, possivelmente, uma das minhas grandes qualidades. Esse sentimento fazia com que eu acreditasse no meu próprio potencial e não limitasse as minhas metas. Sempre fui um homem que correu atrás do que quis e conseguiu tudo. Não tinha dúvidas de que chegaria ao Salão Oval e me sentaria na cadeira presidencial como o próximo governante do país.

Caminhei ao lado de Benjamin até a mesa onde estavam sentados o presidente do partido e importantes empresários coligados. Eu os cumprimentei com cordialidade e troquei meia dúzia de palavras apenas para interagir e segui com Benjamin até a mesa onde estavam alguns membros do legislativo, bem como o prefeito de Miami e alguns dos meus colegas de partido mais próximos.

— Governador!

— Prefeito. — Balancei a cabeça antes de puxar a cadeira e me sentar ao lado dele.

— Todos estávamos nos perguntando se irá confirmar a sua candidatura para as primárias.

— Sim! E espero contar com o apoio de vocês para ser escolhido e seguir para a disputa presidencial.

— Acha mesmo que tem alguma chance? — Riu a senadora Kelly Garcia, mexendo em seu cabelo castanho. Ela era latina e havia sido eleita, principalmente, por essa parcela da população que era muito forte em alguns estados, como, por exemplo, na Flórida, que eu governava.

— Por que eu não teria? Sou um governador forte, com muitos projetos. Tenho feito um governo impecável à frente da Flórida, com muitos avanços em todas as áreas, assim como havia prometido na minha campanha.

— Uma coisa é ser eleito governador de um estado como a Flórida. Quero ver só angariar os votos dos delegados de estados mais tradicionalistas, como o Texas. Não acho que tenha o perfil que nosso candidato precisa, e , se isso acontecer, teremos uma derrota esmagadora.

— Por que acha que eu não tenho um perfil de Presidente?

— Não tem o melhor histórico.

— Minha carreira política é impecável.

— Não estou me referindo a ela.

— Acho que não estou compreendendo, Kelly. — Minha vontade era cruzar os braços e lançar para ela um olhar ameaçador, porém, anos como político, sabia muito bem que a forma como meu corpo se portava poderia causar determinadas interpretações. Não achei adequado parecer ameaçador naquele momento.

— Seu histórico pessoal não é dos melhores, Governador. Já tem trinta e cinco anos, mas ainda é um arruaceiro. É solteiro e é flagrado com uma mulher diferente a cada vez, além dos escândalos sexuais. Não importa o perfume caro que usa, ainda cheira a sexo e prostitutas. Por mais progressistas que possam ser os discursos de alguns, a família americana ainda é a base. Querem um Presidente que reflita isso, que pense na esposa e nos filhos. — Ela girou na cadeira e apontou discretamente para um homem sentado no outro lado do salão.

O sujeito tinha cabelos grisalhos, e uma aparência de quem já havia passado dos cinquenta anos, porém tinha um sorriso carismático. Eu me lembrava de tê-lo visto em algumas ocasiões.

— O Senador James Rufies pretende concorrer nas primárias?

— Sim. — Foi Benjamin quem respondeu.

— Se quer ter alguma chance de chegar à cadeira presidencial, precisará vencê-lo. Ele é casado há vinte anos e tem três adoráveis filhos.

— Eu não preciso ser casado para ser um bom Presidente.

— Diga isso aos eleitores. — Kelly deu de ombros.

Eu a odiei naquela noite. Odiei mais ainda pelo tanto que me fez pensar. Eu me achava o melhor candidato para concorrer à presidência pelo partido, porém precisaria convencer outras pessoas disso.


Tags: ,