As acadêmicas feministas desenvolveram um esquema interpretativo que lança bastante luz sobre duas questões históricas muito importantes: como explicar a execução de centenas de milhares de “bruxas” no começo da Era Moderna, e por que o surgimento do capitalismo coincide com essa guerra contra as mulheres. Segundo esse esquema, a caça às bruxas buscou destruir o controle que as mulheres haviam exercido sobre sua própria função reprodutiva, e preparou o terreno para o desenvolvimento de um regime patriarcal mais opressor. Essa interpretação também defende que a caça às bruxas tinha raízes nas transformações sociais que acompanharam o surgimento do capitalismo. No entanto, as circunstâncias históricas específicas em que a perseguição às bruxas se desenvolveu ― e as razões pelas quais o surgimento do capitalismo exigiu um ataque genocida contra as mulheres ― ainda não tinham sido investigadas…
Editora: Elefante; Edição: 1ª (26 de novembro de 2018); Páginas: 460 páginas; ISBN-10: 8593115039; ISBN-13: 978-8593115035; ASIN: B07S96GVKD
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Biografia do autor: Silvia Federici nasceu na Itália, em 1942; é pesquisadora e, atualmente, professora emérita na Universidade Hofstra, em Nova York. Em 1967, mudou-se para os Estados Unidos, onde pouco depois participou da fundação do International Feminist Collective e batalhou a favor do salário para trabalhos domésticos. Nos anos 1980, a ativista feminista viveu na Nigéria, onde deu aulas na Universidade de Port Harcourt e ajudou a criar o Committee for Academic Freedom in Africa. É também autora de Calibã e a bruxa (Elefante, 2017) e O ponto zero da revolução (Elefante, 2019).