Em Depois do trovão, Micheliny Verunschk — autora premiada com os prêmios São Paulo de Literatura, Jabuti e Oceanos — revisita a violenta formação do Brasil, tendo como pano de fundo a Guerra dos Bárbaros (sécs. XVII e XVIII), quando a Coroa portuguesa incentivou a dizimação de povos indígenas no Nordeste. O romance acompanha Auati, filho de uma indígena com um frei jesuíta, que é levado pelo pai para participar das expedições e acaba transformado em Joaquim Sertão. Entre ser vítima e agente da barbárie, ele enfrenta dilemas de identidade e brutalidade. Com uma linguagem que mescla português arcaico, tupi-guarani e línguas indígenas, a autora mergulha na tradição de Guimarães Rosa e Maria Valéria Rezende, criando uma obra que ecoa O som do rugido da onça e Caminhando com os mortos, e reflete sobre a humanidade no sertão.
Editora: Editora Companhia das Letras – 13 junho 2025; Páginas: 228 páginas; ISBN: 978-8535940541; ASIN: B0F4M33Z1J
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Biografia do autor: Micheline Verunschk (Recife, 1972) é escritora e historiadora, autora de romances, contos e poesias. Venceu o Prêmio São Paulo de Literatura com Nossa Teresa: vida e morte de uma santa suicida (2014) e o Prêmio Jabuti de melhor romance com O som do rugido da onça (2021), obra também finalista do Oceanos. Em 2024, conquistou o Prêmio Oceanos com Caminhando com os mortos (2023). Seu romance mais recente é Depois do trovão (2025), publicado pela Companhia das Letras.
Resumo: Em Depois do trovão, Micheliny Verunschk narra a história de Auati, filho de indígena e jesuíta, forçado a lutar na Guerra dos Bárbaros, refletindo sobre identidade, violência e a formação do Brasil.
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