Uma leitura d’A Montanha Mágica para o século XXI. Em O escândalo da distância, João Pedro Cachopo analisa A montanha mágica, de Thomas Mann, e revela como o romance, cem anos após sua publicação, continua relevante no século XXI, marcado pela aceleração tecnológica e radicalização política. Embora seja reconhecido por suas reflexões filosóficas sobre a morte, o tempo e o amor, Cachopo foca na dramatização da questão sobre as vantagens e os inconvenientes da distância para o pensamento. Para ele, a montanha não é apenas um símbolo da lucidez, mas também da alienação e inação. A resposta não está na dicotomia entre montanha e planície, mas na busca pela “boa distância” na planície. O livro explora a trajetória de Mann durante a escrita de A montanha mágica (1912-1924), sua relação com a Primeira Guerra Mundial e o impacto das novas tecnologias, como o gramofone, a fotografia e a radiografia, na visão do corpo, do desejo e do tempo.
Editora: Tinta da China Brasil (4 novembro 2024); Páginas: 176 páginas; ISBN-13: 978-6584835351
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Biografia do autor: João Pedro Cachopo é professor de Filosofia da Música na Universidade Nova de Lisboa, com interesses em musicologia, filosofia e estudos de mídia. Autor de obras como Callas e os Seus Duplos e A Torção dos Sentidos, traduzido para o inglês como The Digital Pandemic. Ele também co-editou diversos livros e traduziu autores como Georges Didi-Huberman, Jacques Rancière e Theodor W. Adorno. Seu trabalho explora a revolução digital, a relação entre as artes e questões de performance e remediação. Instagram @jpcachopo
Resumo: Em O escândalo da distância, João Pedro Cachopo analisa A montanha mágica, de Thomas Mann, explorando a relevância da obra no século XXI, seu impacto filosófico e a relação com as novas tecnologias.