Livro ‘Um Milhão de Promessas’ por Cinthia Freire

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Às vezes, quando o caos ameaça me enlouquecer, quando minhas pernas ardem pelo esforço exigido por mim, quando a dor já não é mais capaz de silenciar o ódio que pulsa em minhas veias, eu vou até ela.


Não preciso dizer nada, apenas pulo sua janela, me aninho em sua cama, fecho meus olhos e a ouço... sua voz.

A minha coisa favorita no mundo, a brisa nos dias quentes da minha alma perturbada.
Desde sempre ela foi o antídoto para o mal que me rodeia, para a sujeira que parece impregnar tudo em mim, para a fúria em minha mente.

Porém, ela tem se tornado mais do que isso. Ela vem sendo a calmaria para meu coração agitado, a promessa de um futuro, um que eu nem sei se existirá um dia.

Sei que ela sabe. Mesmo que eu nunca tenha dito nada, ela apenas sabe. Como se sentisse a minha dor e compreendesse os meus medos.

Nesses dias, ela segura minha mão e lê para mim e, como num conto de fadas, eu me deixo acreditar que tudo vai ficar bem.

Mesmo que, no fundo, eu saiba que são apenas palavras e que elas não têm o poder de me salvar.
Ninguém tem.

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