Um relato memorialístico pungente e sensível sobre ancestralidade, feminismo e antirracismo na criação de filhos. No mais pessoal e delicado de seus livros, a filósofa Djamila Ribeiro revisita sua infância e adolescência para discutir temas como ancestralidade negra e os desafios de criar filhos numa sociedade racista. O relato se dá na forma de cartas a sua saudosa avó Antônia ― carinhosa e amorosa, conhecedora de ervas curativas e benzedeira muito requisitada. A cumplicidade que sempre houve entre avó e neta é o que permite que a autora rememore episódios difíceis, como a perda do pai e da mãe, as agressões que sofreu como mulher negra no Brasil e os desafios para integrar a vida acadêmica. Djamila também fala de relacionamentos amorosos e experiências profissionais, das músicas, das leituras e das amizades que a acompanharam em sua construção pessoal ― e da percepção paulatina de que a memória das lutas e das conquistas das pessoas negras que vieram antes de nós é a força que nos permite seguir adiante.
Editora: Companhia das Letras; 1ª edição (30 julho 2021); Páginas: 200 páginas; ISBN-10: 655921091X; ISBN-13: 978-6559210916; ASIN: B0974VY5GX
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Biografia do autor: DJAMILA RIBEIRO nasceu em Santos, em 1980. É professora da PUC-SP, colunista do jornal Folha de S.Paulo e coordena a coleção Feminismos Plurais, da editora Pólen. É autora de O que é lugar de fala (2017), Quem tem medo do feminismo negro? (2018) e Pequeno manual antirracista (2019), que já venderam mais de 500 mil exemplares.