Livro ‘Cinco segredos da riqueza’ por Craig Hill

Baixar PDF 'Cinco segredos da riqueza: Que 96% das pessoas não sabem' por Craig Hill

Se você desse uma quantia de dinheiro a diversas pessoas, o que aconteceria depois de um ano? 80% das pessoas gastariam todo o dinheiro. 16% das pessoas conseguiriam um pequeno ganho, investindo na poupança. 4% das pessoas multiplicariam entre duas a dez vezes esse valor. Porque isso acontece? Porque 96% das pessoas não aprenderam a praticar os cinco princípios abordados neste livro, que resultam em uma multiplicação sobrenatural e geracional de seus bens. Descubra os cinco princípios bíblicos que todos podem aplicar, mas que a maioria não aplica em sua vida, que podem mudar radicalmente sua situação financeira atual e o futuro de seus filhos e netos. Faça parte dos 4%.

Editora: Universidade da Família; 1ª edição (24 fevereiro 2021); Número de páginas: 143 páginas; ISBN-13: 978-8581250533; ASIM: B08WYJYDSX

Leia trecho do livro

INTRODUÇÃO

HÁ MUITOS ANOS, fiquei impressionado quando vi uma apresentação de vídeo do autor do best-seller Pai Rico, Pai Pobre, Robert Kiyosaki, na qual ele citava uma estatística muito interessante. Kiyosaki afirmava que a tendência das pessoas é de usar o dinheiro de formas muito diferenciadas, dependendo da educação e da inteligência financeira que possuem. Qual seria o resultado, daqui a um ano, se déssemos, hoje, 20 mil reais para 100 pessoas e disséssemos a elas que usassem o dinheiro como quisessem? Segundo Robert Kiyosald, 80 das 100 pessoas não teriam mais nada em um ano. Dezesseis teriam entre R$ 20.600,00 e R$ 21.000,00 ou a quantia que pode ser adquirida colocando o dinheiro em um banco para render juros. Quatro delas teriam entre 4o mil e 2 milhões de reais (de duas a cem vezes mais).

A pergunta óbvia que surge então é a seguinte: “O que os 4% sabem e praticam que os 96% não sabem?”. Kiyosaki continua afirmando que a resposta tem a ver com funções aritméticas incluídas na inteligência financeira de cada pessoa. Aparentemente, 8o% das pessoas são muito boas na subtração; 16% compreendem alguma coisa sobre adição; e somente 4% aprenderam multiplicação.

Em resumo:

80% — (gastam) 16% + (poupam) 4% x (multiplicam)

Neste livro, vamos contrastar a forma de pensar e as práticas dos 4% com as dos 96%. Embora os 16% estejam em algum ponto entre um extremo e outro e compreendam alguma coisa do primeiro segredo que os 4% conhecem, eles na verdade não aprenderam a praticar os cinco segredos dos 4% que levam à geração de riqueza. Neste livro, juntaremos os 16% que poupam com os 80% que gastam e contrastaremos estes 96% com os 4% de ricos. Em primeiro lugar, vamos dar uma olhada em uma compreensão fundamental que os 4% parecem possuir.

SABEDORIA VERSUS RIQUEZA

Descobrimos que, em geral, os 4% valorizam mais o conhecimento e a sabedoria do que a riqueza, a posição ou o poder. Quando Salomão, filho do rei Davi, assumiu o trono no antigo Israel, ele fez um pedido muito interessante a Deus. A Bíblia registra o seguinte:

2 Crônicas 1.7-12
Naquela mesma noite, apareceu Deus a Salomão e lhe disse: Pede-me o que queres que eu te dê. Respondeu-lhe Salomão: De grande benevolência usaste para com Davi, meu pai, e a mim me fizeste reinar em seu lugar. Agora, pois, ó Senhor Deus, cumpra-se a tua promessa feita a Davi, meu pai; porque tu me constituíste rei sobre um povo numeroso como o pó da terra. Dá-me, pois, agora, sabedoria e conhecimento, para que eu saiba conduzir-me à testa deste povo; pois quem poderia julgar a este grande povo? Disse Deus a Salomão: Porquanto foi este o desejo do teu coração, e não pediste riquezas, bens ou honras, nem a morte dos que te aborrecem, nem tampouco pediste longevidade, mas sabedoria e conhecimento, para poderes julgar a meu povo sobre o qual te constituí rei, sabedoria e conhecimento são dados a ti, e te darei riquezas, bens e honras, quais não teve nenhum rei antes de ti, e depois de ti não haverá teu igual.

Aqui vemos Salomão, mais tarde conhecido como o homem mais rico da terra em sua época, pedindo a Deus sabedoria e conhecimento em lugar de bens, riqueza ou honra. Eu descobri que isso é comum aos 4%. Habitualmente, os 96% buscam riqueza, poder ou posição, enquanto os 4% aspiram por sabedoria e conhecimento. Na realidade, é isso o que permite que os 4% alcancem riqueza, posição e poder. Por exemplo: o fato (bastante conhecido) é que, se toda a riqueza fosse completamente retirada de uma das pessoas com a mentalidade dos 4%, ele (ou ela) recuperaria tudo em apenas alguns poucos anos. Por outro lado, se uma das pessoas com a mentalidade dos 96% tirasse a sorte grande e ganhasse uma bolada multimilionária numa loteria acumulada, é bem provável que tudo se acabasse em poucos anos. Por quê? Porque o indivíduo dos 96% não possui o conhecimento ou a sabedoria para reter a riqueza, e o dos 4% possui naturalmente o conhecimento e a sabedoria para gerar e manter a riqueza. A riqueza revela-se aos sábios e permanece encoberta àqueles que não têm sabedoria.

Um amigo ucraniano compartilhou comigo o seguinte fato: um amigo dele, americano, muito rico, voou em seu jatinho particular transcontinental para uma cidade da Rússia, a fim de observar e considerar a ideia de apoiar financeiramente o ministério cristão no qual meu amigo estava envolvido. Enquanto esteve lá, meu amigo convocou uma reunião com o americano rico e diversos candidatos a empresários russos da cidade. Cada um dos homens de negócio compareceu ao encontro com a esperança de que o americano rico se interessasse por seus negócios particulares e provesse a eles fundos para investimentos.

Todavia, um empresário russo compareceu sem nenhuma pretensão de investir, apenas com o desejo de aprender com o americano rico e ter acesso à sabedoria dele. Quando o rico homem de negócios perguntou a cada um dos candidatos a empresários o que os impedia de crescer em seus respectivos negócios, cada um deles respondeu que a falta de financiamentos era responsável por deter seu progresso. Somente esse homem disse que era a falta de sabedoria que o estava refreando. Ele estava convencido de que Deus liberaria recursos financeiros suficientes para expandir seus negócios quando alcançasse o caráter e a sabedoria necessários para lidar com o capital e os negócios em expansão. Ele disse ao americano rico: “Eu não necessito do seu dinheiro. Eu preciso da sua sabedoria e dos seus conselhos”. Essa atitude impressionou tanto o homem de negócios americano que ele decidiu ser mentor do russo, transmitindo a ele sua sabedoria e sua experiência. Entretanto, ele optou por não fornecer recursos financeiros a nenhum deles.

Diversos anos já se passaram desde essa visita inicial do homem de negócios americano. Eu perguntei ao meu amigo o que ocorreu nos negócios de cada um dos empreendedores que participaram daquela primeira reunião. Meu amigo me contou que o homem que buscou sabedoria está administrando hoje um negócio multimilionário de crescimento rápido que já se expandiu para diversas cidades da Rússia. Os outros empresários ainda estão “esperando investimentos” para dar o pontapé inicial. Então, o que você precisa para seguir em frente em seu negócio ou na sua vida financeira: mais sabedoria e caráter ou mais dinheiro?

A SABEDORIA INCLUI TANTO O ESPÍRITO COMO A VERDADE

Outro amigo meu, Earl Pítts, falou-me a respeito de uma conversa interessante que teve com seu contador judeu, muitos anos atrás. Depois de conversar sobre seus impostos, Earl perguntou se poderia fazer a ele uma pergunta pessoal. O contador ficou contente por poder ajudar.

Então Earl perguntou:

— Eu presumo que você tenha clientes tanto judeus quanto cristãos. Estou certo?

— É claro — respondeu o contador.

— Diga-me honestamente — continuou Earl — quem é mais próspero? Quem tem demonstrações financeiras de maior valor: seus clientes judeus ou cristãos?

Como se poderia suspeitar, o contador deu risada e respondeu:

— Meus clientes judeus, é claro. Aproximadamente dez por um em importância.

Então, Earl indagou:

— Mais uma pergunta: como você mesmo é judeu, por que você acha que isso é assim? Qual é sua opinião pessoal?

O contador pensou por um instante, então pegou a Bíblia de Earl, que ele levava consigo, e disse algo parecido com o seguinte:

— Vocês, cristãos, tendem a viver conforme o que está na segunda parte deste livro, enquanto nós, judeus, vivemos normalmente de acordo com o que está escrito na primeira parte. Infelizmente, para os cristãos, a maioria dos princípios financeiros está na primeira parte deste livro. Assim, nós, judeus, cremos nesses princípios e permanecemos neles, enquanto vocês, cristãos, parecem ignorá-los e desconsiderá-los porque são do Antigo Testamento. Mas eu creio que a fidelidade a esses princípios é o que faz as pessoas prosperarem financeiramente.

Desde que ouvi isso pela primeira vez de meu amigo Earl, já escutei, diversas vezes, explanações de amigos judeus semelhantes ao que segue: “Na verdade, eu não compreendo totalmente as suas crenças cristãs, mas, pelo que entendo, parece que a maioria dos cristãos tem a ideia de que podem violar os princípios básicos descritos na Bíblia e, depois, são perdoados por causa da graça de Deus por meio do sacrificio de Cristo. Assim, acreditam que tudo estará em ordem. Além do mais, parece-me que a maioria dos cristãos acha que não precisa prestar nenhuma atenção aos princípios financeiros explicados em Provérbios ou no restante do Antigo Testamento porque fazem parte da ‘Lei’. Como os cristãos estão ‘em Cristo’ e não estão mais ‘debaixo da lei’, não sentem necessidade de permanecer nesses princípios financeiros do Antigo Testamento. Ao contrário, nós judeus acreditamos que de fato temos que praticar e permanecer nestes princípios da Lei. Assim, na minha opinião e de acordo com a minha experiência, permanecer nos princípios financeiros bíblicos produz prosperidade muito maior do que ignorá-los e desconsiderá-los”.

Minha observação pessoal tem sido a de que muitos evangélicos e cristãos renovados gostam de estudar a Bíblia. Muitos podem lhe dizer exatamente em que parte se encontra determinada passagem e até citar o versículo para você. Entretanto, frequentemente, à medida que estudam a passagem bíblica, tais cristãos na prática violam os princípios de vida contidos nela. Por outro lado, muitos judeus não sabem apontar em que parte da Bíblia se encontra determinada passagem, mas, por causa da cultura e dos ensinamentos familiares, eles inerentemente praticam o princípio contido nela.

Por exemplo: em Provérbio 22.7, lemos que “o que toma emprestado é servo do que empresta”. É comum, nos nossos dias, que um banqueiro judeu conceda um empréstimo hipotecário (seja o credor) para um cristão que crê na Bíblia (o devedor) e lidera um grupo de estudos bíblicos semanalmente em sua casa sobre princípios financeiros. O cristão que fez o empréstimo de dinheiro pode apontar onde se encontram passagens na Bíblia a respeito de dívidas, enquanto o banqueiro judeu talvez não saiba localizá-las. Mas quem é o mestre e quem é o escravo? Quem está ganhando dinheiro e quem está gastando dinheiro? Na realidade, o judeu que emprestou dinheiro escolheu ser o mestre enquanto o devedor cristão escolheu ser o escravo. Então, o que é melhor: estudar a Bíblia e não praticar os princípios contidos nela ou viver segundo os princípios e não estudar a Bíblia? Eu sugiro que façamos ambas as coisas: que estudemos e pratiquemos esses princípios.

Neste livro, nós nos esforçaremos para manter o equilíbrio entre “espírito e verdade”, pois é nele que está a sabedoria.

Jesus nos falou em João 4.23:

Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.

O que significa adorar em espírito e em verdade? Eu creio que signifique o seguinte. Há princípios básicos imutáveis que governam todas as áreas da vida no planeta Terra. No mundo físico, a gravidade seria um desses princípios. A gravidade afeta todos, em todo lugar, e traz consequências quando violada. Isso é o que eu chamo de “princípio da verdade”. Por outro lado, nós também entendemos que Deus nos criou para termos um relacionamento com ele e experimentarmos milagres sobrenaturais em nossa vida. Milagres tendem a acontecer pela fé. A expectativa de milagres e a fé em milagres seriam um “princípio do espírito”.

Portanto, suponha que lhe sejam oferecidas duas opções de conseguir uma carona de carro até uma alta montanha por um caminho muito estreito e com bastante vento. A primeira opção inclui ir num carro guiado por um motorista que já enfrentou muitos acidentes de carro, não respeita os limites de velocidade, a manutenção do automóvel ou a gravidade — mas é um grande homem de fé que ouve a Deus, tem um discernimento espiritual incrível e experiências frequentes de milagres em sua vida. A segunda opção inclui andar de carro com um motorista que não conhece a Deus, não é um homem espiritual, não tem fé, não crê em milagres, mas é um motorista cuidadoso, não teve acidentes de carro no passado, mantém o seu automóvel diligentemente em ordem e respeita os limites de velocidade.

Com qual dos dois motoristas você preferiria andar? Eu creio que a maioria de nós escolheria uma terceira alternativa. Talvez você dissesse: “Será que eu poderia ter um motorista que fosse um homem de fé espiritual, mas também guardasse os princípios da ‘verdade’ de dirigir um carro com segurança e fosse um motorista experiente em montanhas?”. Assim, quando se trata do assunto finanças, precisamos aprender a caminhar de forma equilibrada, em espírito e em verdade.


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