Livro ‘O som do rugido da onça’ por Micheliny Verunschk

Vencedor do Jabuti, o romance dá voz a duas crianças indígenas levadas à Europa no século XIX. Com lirismo, Micheliny Verunschk entrelaça passado e presente em uma potente reflexão sobre memória e colonialismo.

Em O som do rugido da onça, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Romance Literário, Micheliny Verunschk reconstrói, com lirismo, a história real de duas crianças indígenas raptadas no Brasil do século XIX por Spix e Martius, naturalistas alemães que as levaram à Europa, onde morreram pouco depois. No romance, as crianças ganham voz e nomes — Iñe-e e Juri —, em uma narrativa que desafia a historiografia oficial. A trama se entrelaça ao presente por meio de Josefa, jovem brasileira que, ao ver a imagem de Iñe-e em uma exposição, confronta as ausências de sua própria história. Com uma prosa poética e potente, o livro reflete sobre colonialismo, pertencimento, apagamento e a força da memória, oferecendo uma nova perspectiva sobre o passado e suas repercussões no Brasil atual.

Editora: Companhia das Letras; 1ª edição (9 março 2021); Páginas: 168 páginas; ISBN-10: 6559210219; ISBN-13: 978-6559210213; ASIN: B08WHXNDDN

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Biografia do autor: Micheline Verunschk (Recife, 1972) é escritora e historiadora, autora de romances, contos e poesias. Venceu o Prêmio São Paulo de Literatura com Nossa Teresa: vida e morte de uma santa suicida (2014) e o Prêmio Jabuti de melhor romance com O som do rugido da onça (2021), obra também finalista do Oceanos. Em 2024, conquistou o Prêmio Oceanos com Caminhando com os mortos (2023). Seu romance mais recente é Depois do trovão (2025), publicado pela Companhia das Letras.

Resumo: Vencedor do Jabuti, o romance dá voz a duas crianças indígenas levadas à Europa no século XIX. Com lirismo, Micheliny Verunschk entrelaça passado e presente em uma potente reflexão sobre memória e colonialismo.

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